K., chegamos hoje a Wellington
depois de três dias de uma viagem linda e tranquila. Ainda não andamos pela
cidade e conhecemos apenas o trajeto até o hotel onde nos hospedamos e o que
vimos muito nos agradou. Acho que vamos gostar muito de Wellington.
Estou aqui no hotel dando uma
geral nas notícias pelo mundo e fiquei surpreso com a rapidez dos
acontecimentos políticos na Austrália. O sistema australiano é tão dinâmico que
não precisou de uma eleição para mudar o primeiro-ministro, apenas uma convenção
do Partido Trabalhista onde Kevin Rudd obteve 57 votos contra 45 de Julia
Gillard. Bastou as pesquisas de opinião indicarem que o PT australiano (que não
tem a mínima semelhança com o PT brasileiro) poderia sofrer uma derrota nas
eleições de setembro próximo, para trocarem o primeiro-ministro. É notável
também como o processo é civilizado, sem ataques pessoais, acusações ou
propaganda enganosa e visando unicamente o bem do país.
Quando eu cheguei na Austrália,
Kevin Rudd era o primeiro-ministro e foi substituído por Gillard num processo
semelhante. Agora deu o troco e Gillard, ao contrário do que fazem os políticos
brasileiros que quando perdem uma eleição partem logo para outra tentando
conquistar um outro mandato seja lá do que for, já declarou que vai abandonar a
política. Seu curto governo, aliás, não comprometeu em nada o desenvolvimento
da Austrália e ela e Rudd concordam em muitos pontos importantes, como a
aliança militar com os Estados Unidos e o estreitamento das relações comerciais
com a China. Acho que a sua queda de popularidade tem a ver com o afrouxamento
da política de imigração facilitando a vinda de elementos indesejáveis, como os
muçulmanos. Kevin defende intransigentemente a política de que a Austrália
pertence aos australianos e quem quiser viver nela tem que obedecer às leis e
se adaptar à cultura do país, no que está muito correto. Seja bem-vindo,
portanto.
Enquanto isto, a baderna
impera no Brasil em meio ao futebol. A situação lá é muito confusa com a
polícia atacando violentamente os manifestantes pacíficos e deixando os
vândalos baderneiros destruidores à vontade. Atacam principalmente os
jornalistas da imprensa séria que quer mostrar a verdade para o mundo. Veja que
vídeo incrível:
Será que isto era necessário?
A quem interessa tão violenta repressão contra manifestantes pacíficos que
estão no seu direito de protestar e jornalistas honestos que estão no seu
direito de bem informar? Advinha a quem interessa!
Está me parecendo que o Brasil
está mostrando suas duas faces, uma admirável retratada pelos manifestantes
pacíficos que não suportam mais os descalabros da política avacalhada do PT
& Asseclas e outra terrível do banditismo consentido por esses mesmos grupos
políticos que estão no poder. A meu ver, os grupos violentos estão agindo a
mando e a serviço do governo com o intuito de desmoralizar o movimento. Em que
tudo isto vai terminar, eu não tenho a menor ideia.
Bem, vou descansar um pouco da
viagem para depois conhecer Wellington de perto.
Grande abraço,
Título e Texto: Otacílio Guimarães, 28-06-2013
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