Almir Papalardo
O senador Delsuicídio Amaral, ontem teve a oportunidade de provar do mesmo
veneno que é dado aos aposentados do RGPS.
É o seguinte: Os aposentados,
todas as vezes em que há discussão e votação de matérias do seu interesse,
engolem forçados, desiludidos e constrangidos, uma “taça de vinho amargo”,
quando fiéis aliados do governo pegam no microfone somente com o intuito de torpedeá-los.
Não nos dão um mínimo de trégua!! Insensíveis aos nossos direitos, jogam “pá de
cal” em nossos sepulcros, matando nosso justo, mas inalcançável, desejo de
alforria!
É nessa hora que nossas
esperanças caem por terra ouvindo palavras derrotistas e obstrutivas, de que
aposentados não podem receber os mesmos aumentos do SM, porque, certamente,
quebrará o país! Desdizendo suas tolas e fúteis afirmações, vemos, para nossa tristeza e de todo o povo brasileiro, o erário público
escoando-se cada vez mais intensamente pelos ralos da gastança inútil!
Ontem, ao passar a noite preso
numa sala da PF do Estado do Paraná, naturalmente com um aparelho de televisão
ao seu dispor, não deixou de assistir à sessão plenária do Senado, onde iriam
decidir o seu destino. Justamente neste momento, estava provando do mesmo
veneno que ele também, friamente, nos dá para engolir, sentindo-se traído por
aqueles que poderiam lhe salvar! Esperava ouvir de todos a sentença:
“soltem-no”, recusando-se a escutar “prendam-no”… Que decepção! Saibam todos
que o mesmo acontece com os aposentados, há dezoito anos consecutivos!
Qual não foi o seu desespero e
desalento ao ver cinquenat e nove senadores, um a um, votarem pela sua
permanência na prisão, onde, somente treze amigos (o número treze será coincidência?),
votaram pela sua soltura!
Aqui se faz aqui se paga!
Esses cento e sessenta parlamentares que sepultaram a nossa esperança de conter
a avalanche que nos soterrou na última votação, que ponham suas barbas de
molho, porque o castigo pode vir a cavalo...
Título e Texto: Almir Papalardo, 27-11-2015
Eu posso imaginar o sentimento embora eu ainda não tenha me aposentado. Eu sempre acreditei que aqui se faz e aqui se paga mas confesso que nos últimos anos estava completamente descrente. No fundo, mesmo diante destes últimos acontecimentos, ainda não me convenci de que a farra dos ratos caminha para o fim. Ainda tem muita lambança pra limpar. Muito rato pra prender. Esta espécie se reproduz muito rápido e se esconde onde menos se imagina.
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Circe Aguiar