Luciano Henrique
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José Serra e Kátia Abreu |
Antes de tudo já adianto que
não defendo qualquer tipo de violência ou agressão por questões de discussão
política. Porém, ontem ficará marcado como o dia em que o Sr. José Serra tomou
uma lição dolorida. Não teria tomado se tivesse prestado atenção a este blog.
Leite derramado.
O caso é que ontem aconteceu
um jantar de confraternização de fim de ano na casa do senador Eunício Oliveira
(PMDB-CE). Enquanto Kátia Abreu (ministra da Agricultura e sicária de Dilma)
conversava com senadores, Serra brincou: “Kátia, dizem por aí que você é muito
namoradeira”.
O presidente do Senado, Renan
Calheiros, avisou: “Serra, a ministra se casou neste ano”.
Kátia berrou: “Nunca lhe dei
esse direito nem essa ousadia. Por favor, saia dessa roda, saia daqui
imediatamente”. E jogou o conteúdo de um copo de vinho em sua cara. Ele saiu de
fininho.
Fingida, ela jogou para a
galera ao afirmar que “toda mulher sabe o que um comentário desses significa”.
E fez o draminha habitual: “Que ódio me deu”.
No Twitter, ela continuou
jogando frames negativos sobre Serra, como ” “infeliz, desrespeitoso, arrogante
e machista”.
E o que fez Serra ter merecido
tomar tal surra política? A arrogância tucana típica de se recusar a entender o
óbvio: não existe comunicação inocente com bolivariano (por ser um sicária de
Dilma, Kátia, negue o quanto quiser, é uma bolivariana. Existe unicamente um
confronto de frames e nada mais.
Nas eleições de 2014, Dilma
praticou o mesmo jogo contra Aécio. Quando ele usou o termo “leviana”, a
campanha da petista fingiu que isso significava “prostituta”, e, então, tirou
três pontos de Aécio só por ter conseguido aumentar sua rejeição entre as
mulheres, principalmente ao vendê-lo como “agressor de mulheres”.
Aécio só teria revertido o
frame se esfregasse a agressão cometida contra Maria Corina Machado nas fuças
de Dilma, bem como lembrado o caso de Eduardo Gaievski, assessor de Gleisi
Hoffman, preso por estuprar meninas e abrigado pelo partido até o dia em que
foi preso. Como não quis ir para esta guerra de frames, perdeu pontos
importantes e, como de costume, fez papel de bobo perante um petista.
E quem não se lembra de como
Jandira Feghali simulou que o grito “vá para Cuba” no início de dezembro de
2014, lançado por manifestantes nas galerias do Congresso, significava
“vagabunda”? Com isso, ela conseguiu que a Polícia do Senado praticasse um
massacre contra os manifestantes. Novamente, os frames deram o tom.
Se tivesse prestado atenção a
esses dois casos, Serra não teria feito sua brincadeirinha. Ao contrário,
pensaria sua comunicação com uma política bolivariana como se fosse um “jogo”.
Assim, ele não daria pretexto para o showzinho de encenação – na verdade, um
ataque político para atacar um opositor do Planalto – engendrado por Kátia
Abreu. Totalitária, esta última sabe que precisa de pretextos assim para
validar atos de violência. Como um patinho, Serra deu pretexto.
Ao entrar em uma interação com
uma política bolivariana utilizando uma comunicação inocente, quando deveria
entrar em um jogo – até porque para o bolivariano a linguagem não é uma
ferramenta, mas uma arma – não para dar pretextos, mas para consegui-los.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 11-12-2015
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