quinta-feira, 5 de abril de 2012

Os oníricos coveiros do Expresso

CM84
A liberdade de opinião sobre a realidade, deve subordinar-se a essa mesma realidade. O que em literatura é ficção, na informação é mentira. Os devaneios oníricos relativamente à política em geral e economia e finanças em particular, têm sido “pedra de toque” no Expresso dos últimos anos. Comprovando-se que 40 anos num órgão de informação são suficientes para sintomas de senilidade.
A complacência com o governo anterior e a intransigência para o atual são perfeitamente legítimas. São opções a respeitar. Porém, há também que respeitar a realidade. É uma fraude, a ideia que todos os direitos em termos patrimoniais, nos são acessíveis por disposições legislativas. As perdas, sim. Foi devido a decisões políticas sistemáticas que nos endividámos sem crescer, empobrecendo… é como um veneno sem antídoto. Não dá para voltar atrás pelo mesmo processo com que seguimos em frente… até ao abismo. Se caímos, temos, para subir, que trepar. Isso exige esforço e sacrifício.
Mas o Expresso tem defendido a teoria de uma oposição “desmiolada” que entende: "que com um Conselho de Ministros de esquerda, o 'bem' seria reposto e o 'mal' inconstitucionalizado."
A vigilância sobre este governo não deve ser descurada e, as críticas implacáveis; mas apresentar o delírio como solução e a ficção como realidade, é má-fé, ou demente senilidade.
Título e Texto (com a devida autorização): CM84, no Expresso online, 05-04-2012 

Caro CM84, ao procurar o site do Expresso para linkar o seu comentário me deparei com este título:
Os grifos e os comentários em azul são meus.
O ministro da Administração Interna disse, ontem na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, que a intervenção da PSP na manifestação do Chiado foi "legítima" para fazer face a um quadro de "agressões e de perturbação da ordem pública"
E poderia ser diferente? Poderia um ministro desautorizar a Polícia de Segurança Pública?
Miguel Macedo assumiu ainda que assina por baixo as conclusões do relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre os incidentes, que aponta para abertura de um processo disciplinar contra o agente que agrediu a fotojornalista ao serviço da France Press, assim como a abertura de um inquérito para aprofundar outras situações.
O ministro endossa as conclusões do relatório que lhe foi encaminhado - não foi ele que relatou, não foi ele que concluíu. Um agente será processado.
As agressão ao fotojornalista da Lusa, a uma senhora que passeava no Chiado e a um transeunte que apresentou queixa junto da PSP são os outros três casos registados pela IGAI e que serão agora aprofundados. A hipótese de abertura de mais processos disciplinares não está, por isso, afastada.
O ministro da Administração Interna, que recebeu terça-feira o relatório do IGAI, esteve quarta-feira na Assembleia da República a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias. O pedido foi feito pela bancada do Bloco de Esquerda e Cecília Honório exigiu, na comissão, que o Governo desse "garantias para que no futuro o direito a manifestação e a liberdade de informação não saiam beliscadas" por uma "inadequada acção policial".
Essa malta do BE devia, já que tem tanta coragem em insultar, sim, eu disse, insultar governantes e instituições, devia, eu dizia, ter os mesmos c... para "exigir garantias do direito à manifestação e à liberdade de informação", por exemplo, em Cuba, Coreia do Norte, Síria... enfim, em todos os países do bem, os países exemplos de prosperidade, democracia e liberdade - inclusive para insultar e instigar a violência.
Miguel Macedo tinha ordenado a abertura de um processo de inquérito aos incidentes de 22 de março, no Largo do Chiado, em Lisboa, no dia da greve geral convocada pela CGTP.

Deputada Cecília Honório, foto: Gonçalo Vilaverde, Global Imagens

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