Maria Lucia Victor Barbosa
Os fatos têm se precipitado no
Brasil de modo espantoso. A cada dia acontece um episódio contundente na esfera
política, como se as páginas da história fossem escritas aceleradamente,
enquanto a economia esboroa infelicitando a vida da população.
No dia 13, desse agitado mês
de março, um protesto espontâneo e gigantesco encheu as ruas brasileiras.
Milhões de pessoas clamaram de forma pacífica contra a corrupção, centrando
foco nos responsáveis que roubam da população uma vida digna para encher os
próprios bolsos.
Fora Dilma. Fora Lula. Fora
PT. Foram esses os brados que ecoaram Brasil afora no maior movimento de massa
já havido no País. Impressionou São Paulo, onde um mar de gente tomou conta da
Avenida Paulista entupindo também as ruas laterais. No Rio de Janeiro a orla de
Copacabana foi ocupada de ponta a ponta por cidadãos indignados com as
falcatruas governamentais. E não só nas capitais, mas nas cidades de porte
médio ou do interior, a mesma manifestação apartidária, composta por pessoas de
todas as classes sociais e não só pela “elite branca de olhos azuis” como
querem fazer crer inutilmente os petistas fanáticos ou temerosos de perder a
boa vida que a corte lhes proporciona, tingiu as ruas de verde e amarelo.
Foram às ruas homens,
mulheres, crianças, idosos, pessoas em cadeiras de rodas, todos coesos, todos
centrados no mesmo objetivo: livrar-se de uma governanta incompetente que não
governa, assim como do seu partido, o mais corrupto de nossa história, e do
presidente de fato, Lula da Silva. Este, além das acusações de grossa
corrupção que surgem nas delações premiadas, chegou ao ponto de assaltar o
acervo governamental dizendo que era presente do povo brasileiro.
O verdadeiro tesouro, composto por objetos valiosos ofertados por governantes estrangeiros ao governo brasileiro, Lula escondeu em um cofre do Banco do Brasil convertido em caverna do Ali-Babá. Naturalmente, ele desconhece que a Constituição reza que um presidente da República só pode considerar como seus presentes algo até R$ 100,00. Será que Lula roubou também cinzeiros dos hotéis de luxo por onde tantas vezes passou?
Em contraste com a esbórnia da
corrupção avulta a figura de Sérgio Moro, juiz competente, íntegro, corajoso
que tem posto na cadeia ricos e poderosos demonstrando que a lei é para todos.
Por isso, multidões em todos os recantos pátrios o aclamaram provocando a
fúria, o despeito, a inveja petista.
Inclusive, como o ministro
Joaquim Barbosa, o juiz Moro tem sido ameaçado de morte. Ele que se cuide
porque os membros do “exército de Stédile” que Lula convocou ou suas milícias,
os camisas-vermelhas, são violentos, boçais, truculentos e capazes de tudo para
servir à jararaca de ovos de ouro que os sustenta. Isto foi demonstrado, por
exemplo, quando as milícias lulistas atacaram senhoras de idade para
arrancar-lhes das mãos a bandeira do Brasil.
Os fatos acontecem como
turbilhões diários. Não me deterei nos acontecimentos de ontem ou de dias
atrás. Mas se 13 de março foi marcante como nosso maior ato de civismo, dia 16
o País sofreu o golpe dado por Lula da Silva. Ironicamente, os petistas e a
governanta se referiam ao pedido de impeachment como golpe, mas foram eles, a
mando do chefe, que perpetraram um golpe ao por em prática o plano B
arquitetado desde o ano passado: a nomeação de Lula como ministro.
Alguém duvida de que agora
seja ele o presidente de fato, melhor, o ditador? Aliás, nunca deixou de mandar
na criatura, uma espécie de marionete em suas mãos. Porém, aboletado no
Palácio, ao mesmo tempo em que foge vergonhosamente do Juiz Moro passa a
comandar o país usando novamente sua errática e populista política econômica.
Enquanto isso, ele se prepara para envergar a faixa presidencial em 2018. Não
que precise dela como agora, mas porque gosta de ostentá-la como uma caricia ao
seu ego descomunal. Ele conta com políticos venais, um Supremo que deu a
entender é camarada e com instituições que se calam.
Lula deu uma monumental e
venenosa cusparada na cara do povo. Atingiu não só os milhões que foram às
ruas, mas, os mais de 70% que o repudiaram nas pesquisas de opinião. Uma
cusparada perigosa porque jararaca é bicho peçonhento. Estamos de luto. Estamos
precisando urgentemente de um antídoto.
Título e Texto: Maria Lucia Victor Barbosa, Socióloga,
16-3-2016
Relacionados:
É uma forma ainda assim educada de nomear os burros
“Efeito Antártida” na política brasileira = “Valor presente” na política brasileira
“Efeito Antártida” na política brasileira = “Valor presente” na política brasileira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-