Esqueça a sandes de frango e o bacalhau à
brás sem sabor. A TAP convidou cinco chefes portugueses com estrelas Michelin
para, ao lado de Vítor Sobral, assinarem pratos a bordo dos aviões
Na foto: Rui Silvestre,
Henrique Sá Pessoa, José Avillez, Fernando Pinto, Vítor Sobral, Rui Paula e
Miguel Laffan, as caras desta parceria. Foto: Henrique Casinhas/Observador
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Da próxima vez que chegar o tabuleiro
cinzento a bordo de um avião da TAP, poderá estar a provar um prato assinado
por um chefe português distinguido com uma estrela Michellin. Seja em classe
económica ou executiva, a companhia aérea anunciou esta segunda-feira no Museu
da Cidade, em Lisboa, que “a partir de setembro, todos os meses estará a
bordo a criação de cada um dos chefs Michelin que aceitaram este
desafio: promover o melhor da gastronomia portuguesa”. Os ditos chefes são José
Avillez (Belcanto), Rui Silvestre (Bon Bon), Rui Paula (Casa de Chá da Boa
Nova), Henrique Sá Pessoa (Alma) e Miguel Laffan (L’And Vineyards).
O convite foi feito pelo chefe Vítor
Sobral, consultor gastronómico da TAP, “que quer dar a conhecer os
sabores portugueses pela mão dos mais conceituados chefes nacionais”.
“Não sabem onde se meteram porque vamos apertar convosco”, brincou Vítor Sobral
na apresentação da parceria que promete pôr fim à sandes de frango e ao
bacalhau à brás sem sabor.
A nova tripulação de jaleca não só vai
criar refeições que permitam aos passageiros da TAP conhecer melhor os sabores
e aromas da culinária portuguesa, como promover e incentivar pequenos
produtores nacionais. Ah e, quem sabe, dar a conhecer o famoso arroz de lulas
de Rui Paula ou o leitão confeitado com puré de batata doce de Henrique Sá
Pessoa.
“Isto vale mais do que pelo facto de servir refeições, até porque temos consciência de que nunca conseguimos mostrar o melhor de nós a bordo graças às condições complicadas — as refeições ficam dentro de estufas e são feitas de um modo mais industrial. Este projeto existe sobretudo para sensibilizar as pessoas do trabalho de vários chefes que promovem a gastronomia portuguesa”, defende José Avillez em declarações ao Observador.
E qual é o segredo para servir uma boa
refeição em altitude? “O truque diria que será escolher pratos bem
simples para não haver tanta margem de erro no reaquecer“, confessa o chefe
do Belcanto. No âmbito do projeto, intitulado Saboreie
as estrelas, a TAP ainda dará voz a outros talentos da gastronomia – jovens
recomendados pelos chefes — que poderão apresentar as suas criações e sugestões
para o serviço a bordo. Já a carta de vinhos, por sua vez, vai ser reformulada
para dar a oportunidade a pequenos e médios produtores portugueses de promover
a sua marca a nível internacional.
Segundo Fernando Pinto, presidente da
TAP, a companhia aérea em 2016 serviu a bordo dos seus aviões 14
milhões de refeições, perto de 2 milhões de litros de água engarrafada e
1,7 milhões de litros de sumos e refrigerantes, quase 37 mil quilos de café,
175 mil litros de cerveja e 1,2 milhões de garrafas de vinho nacional,
“constituindo-se desta forma como a maior montra da gastronomia e dos produtos
portugueses e da sua degustação”.
“A TAP, como os portugueses, tem uma
paixão enorme por Portugal. Não só trazemos o mundo a Portugal como, connosco,
esta paixão não conhece fronteiras e vamos levá-la a todo o mundo”, concluiu o
presidente da TAP.
Título e Texto: Sílvia Silva, Observador,
3-4-2017
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