sábado, 15 de junho de 2013

Na mesma moeda

João Bosco Leal

Acompanhando o noticiário sobre as invasões de terras por índios com apoio e incentivo de ONG’s Internacionais, do CIMI – Conselho Indigenista Missionário da Igreja Católica e da FUNAI – Fundação Nacional do Índio, fico imaginando como se sentem os produtores rurais invadidos em relação à incapacidade e à falta de interesse do Poder Executivo em simplesmente fazer cumprir a lei.
E para os que dizem que essa invasão não é crime, que a terra era dos índios, lembro que todas as áreas possuem documentos originários do Governo, que titulou ou vendeu terras devolutas há décadas ou, em muitos casos há até mais de um século, quando tinha interesse em colonizar as regiões centrais e norte do país e para isto incentivou a criação de novas fronteiras agrícolas.
Ora, se os títulos originais das terras são do Governo Federal, autorizado pelo Congresso Nacional a emiti-los, invadi-las ou dizer que eram de índios é desacreditar todo o Congresso, o Poder Executivo e o Judiciário do país, que, ao longo dos séculos montou a estrutura democrática e capitalista hoje vigente no país e que os ideólogos socialistas hoje no poder pretendem destruir.
Mas se isso ainda não convence, outro questionamento que coloco é sobre os diversos direitos que estamos criando dentro de um mesmo país, quando exigimos regimes de cotas raciais ou de qualquer outro tipo nas escolas e direitos distintos aos índios que podem invadir, destruir e roubar sem serem expulsos e presos por isso, pois independente de raça, cor da pele ou mesmo ideologia, somos todos brasileiros e – pelo menos em tese -, deveríamos ter os mesmos direitos e obrigações. A lei precisa ser igual para todos.
O que estamos discutindo é o direito de propriedade, sem o qual deixaria de existir a estrutura social capitalista em que vivemos, e esta é a verdadeira intenção dos ideólogos de outro regime que estão por trás dessas invasões e dos incentivos ao descumprimento de mandados judiciais.
Em um de seus textos Rodrigo Constantino disse que “Tem uma turma da elite culpada que chama isso de justiça, desde que não cheguem até a SUA linda casinha no conforto urbano, protegido pela polícia “fascista”…”.
Imagino qual seria o tratamento dado aos produtores rurais que invadissem, destruíssem e roubassem as sedes dessas ONG’s, as chácaras, seminários e prédios onde residem os Salesianos, os padres que comandam o CIMI, e as casas onde residem os dirigentes, antropólogos e ambientalistas da FUNAI.
Certamente a Presidente da República não iria convocar ministros para se reunir com todos os lados envolvidos declarando que, com isso, estava buscando uma solução pacífica. Não iria gastar milhões com o envio e manutenção de homens da Força Nacional de Segurança para ficarem simplesmente observando as áreas invadidas sem nada fazer e até protegendo os invasores.
E é assim porque a cúpula do Poder Executivo no país – que a comanda – é ideologicamente favorável à destruição do regime capitalista, para a implantação do socialismo (quem sabe Bolivariano). Nos países onde isso já ocorreu, a destruição do sistema produtivo foi o caminho mais utilizado – como nos exemplos mais recentes, de países vizinhos e da América Central -, pois como sua consequência ocorre a miséria, abrindo as portas para os ideólogos socialistas alegarem ser a mudança de regime a única solução.
O pagamento na mesma moeda, com produtores rurais invadindo, destruindo e saqueando a estrutura que está por trás disso, certamente provocaria uma solução mais rápida, equilibrada e definitiva.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal, 14-06-2013

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