Jonathas
Filho
É mais do que sabido que vive muito quem não
morre.
E sem morrer, estamos aqui nós... parecendo
sós, porém, isso só acontece com alguns.
Tenho mulher e filhos, mas mesmo quando
estou “só”, eu estou sempre acompanhado de uma pessoa maravilhosa, que me curte
de montão: eu mesmo! Narcisismo à parte, antes comigo mesmo do que mal
acompanhado. Deepak Chopra, M.D., diz em um dos seus excelentes livros sobre
física quântica que “a maior parte das
pessoas vive suas vidas ou no passado ou no futuro, mas que a vida dele está
supremamente concentrada no presente.”
No romance de Herman Hesse, Siddharta
Gautama respondendo a uma pergunta do barqueiro Vasudeva, diz que o rio está em
toda parte ao mesmo tempo. Na nascente e na foz, no leito e nas margens, na
correnteza e na calmaria do espelho d’água, no barco, no mar e que só existe
para o rio, o presente.
Nem as noções do passado com todos os tipos
de lembranças, boas ou más, tampouco nas ideias do futuro, do receio de
surpresas e do medo do enfrentamento a elas.
Siddharta, ao examinar sua vida, entendeu
que ele é igual ao rio e que os espaços das idades desde o nascimento,
infância, juventude e fase adulta são separados por uma tênue sombra que,
todavia, apesar desses períodos, nada o modificou, apenas acrescentou e então,
ele é ele, o tempo todo. Vasudeva, o barqueiro, concordou sorrindo.
Cronologicamente e fisicamente podemos ser
idosos, entretanto sejamos jovens psicologicamente. Sempre!
Idoso é uma
criatura de muitos anos de idade, mas não tem o significado de velho,
desgastado, frágil, inútil. Temos todas as idades, mas preferencialmente
precisamos parar o tempo e viver a nossa intensa vontade de estar bem.
Hoje,
conversando com a minha gata Sissy, carinhosamente a cumprimentei pelo dia do
idoso. Aborrecida, ela miou dizendo que não era gata e que não era idosa, pois
só tem doze anos de idade e que é gente.
Cheguei à
conclusão de que ela está certa.

Nesse meu
caminhar, depois de sete décadas, ainda estou sem cajado, sem lanterna, sem
cansaço e feliz por estar cercado por uma plêiade de pessoas do bem que me
acompanham e que tornam o caminho da vida muito mais agradável e interessante.
Sempre haverá
um caminho, portanto... sigamos!
Título e
Texto: Jonathas Filho, 1-10-2015
Viver a vida não tem mistérios. A vida é simples para ser vivida. O ser humano geralmente acaba complicando aquilo que está fácil de compreender. Aí entra sentimento, angústia pessoal, desejo do poder, virilidade, autoestima, etc. O pensamento gera sentimento, que gera ação. Todavia nós não envelhecemos; nos tornamos clássicos !
ResponderExcluirE uma das inúmeras coisas que traz felicidade ( entre elas o dinheiro) , é a música.
Por exemplo: quem toca algum instrumento musical ou usa a voz para cantar, em geral está de bem com a vida e com o mundo.
Outro fator que anima a vida e nos faz sentir melhor é amar e ter a companhia de um animal de estimação .Nossos "irmãos" irracionais , quando bem tratados, são os melhores amigos que temos. Especialmente os gatos; faço amizade facilmente com os felinos.
( com onças é mais difícil...) . Cobras não venenosas também tem algo a ensinar, mas uma anaconda (sucuri) ou cascavél , ainda mais circundada por outras víboras , e com o poder no chocalho .... aí é mais difícil de lidar.
Ontem foi o dia nacional do idoso . Nada como adquirir mais sabedoria e poder ajudar aos outros.
Tenham todos um ótimo final de semana.
Sidnei Oliveira
Assistido Aerus
Muito bem, tanto o jovem como o velho podem ser agraciados pela felicidade... O que interessa é saber viver a vida com sabedoria.... talvez não tão racionalmente que impeça o livre trânsito da alegria... Parabens, Jonathas!
ResponderExcluirValdemar
Pois,
ResponderExcluireis que Buda erra redondamente.
Siddaharta é um romance de Herman Hesse.
Bem vamos falar epenas Sidarta.
O rio caudaloso jamais vive seu passado, e é um óbvio ululante que não consegue viver seu presente. O rio é maior exemplo que se vive sempre no futuro.
Nós estamos sempre presentes no futuro, não existe átimo d tempo suficiente para vivermos o presente.
Eu não sei como chamar o futuro distante muito tempo à frente do futuro presente.
É algo imprevisível, que só podem ser modificado com ações do presente futuro que acontece, instantes depois do tal AGORA.
Aliás AGORA não existe, ele acontece segundos depois de decidirmos.
Agora é o exemplo mínimo de futuro.
Apesar de eu achar essas coisas de terceira idade e velhice uma grande merda, é a segunda opção que não me agrada, mas devo aceitar.
Há poucos dias discutia com meu primo, espírita, esse de negócio de saudável.
Meu avo fumou até 95 anos.
Meu pai fumo e morreu com 79.
O futuro é imprevisível.
Eu fui criado com água de poço, leite de tambo, agrião plantado na merda, e comendo carne de porco sem carimbos.
Banho de caneca e limpando o cu com jornal.
Brincávamos no barro, e na escola não havia gordos.
Sou do tempo em que dar o cu era feio e fumar era charme.
tomar banho todos os dias era para rico.
Íamos à escola de manhã, e brincávamos até altas horas da noite.
Cinema era o do SESI uma vez por mês.
Tinha exame de admissão ao ginásio, apanhei diversas surras porque me negava a pedir benção, beijando a mão fedorenta de minha avó.
Eu sou um merda.
Não aceito falcatruas nem de parentes.
Meu hiper futuro distante não sei.
vou continuar sendo o mesmo inútil perante o tal garboso BUDA, que sequer sabia o significado de tempo.
Havia um instrutor de simulador com um terrível mau hálito.
Durante certo intervalo, eu lhe disse que era insuportável ter instrução com ele devido a esse problema.
Nunca mais falou comigo.
Quando me aposentei encontrei-o no sindicato e ele me dizia que ia escrever um livro, e que em toda a sua vida eu fora o único que se indispôs com ele.
Eu lhe respondi, que eu fora o único que lhe havia dito a verdade que os outros falavam em suas costas.
Eu vou continuar sendo o mesmo rio caudaloso rumo à sua foz, vivendo sempre no futuro presente.
bom dia