O tempo passou na janela, e as
Carolinas de esquerda da imprensa brasileira estavam cantando as glórias de
Chico Buarque, o velhote burguês e cubanófilo
Reinaldo Azevedo
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Foto: Evaristo Sá/AFP/Getty Images |
Ora vejam! Kim Kataguiri foi
considerado pela revista “Time” um dos 30 jovens mais influentes do mundo. Sim,
trata-se, como já ouvi por aí, daquele “japonesinho que fala mal do governo”.
Kim, um dos coordenadores do
Movimento Brasil Livre, já amadureceu um tanto desde que começou, em 2013, a
colocar seus vídeos no YouTube em defesa do liberalismo, da economia de mercado
e contra a esquerda chulé que dá as cartas na academia, na imprensa e na
política brasileira. Mas é ainda muito jovem. Tem apenas 19 anos.
Amplos setores da imprensa
brasileira veem o MBL e outros movimentos pró-impeachment, boa parte deles de
inspiração liberal, com certa suspeição. Nem é ideologia propriamente. Trata-se
de ignorância mesmo!
Não é o caso aqui de
contrastar a eventual sabedoria da Time com a tacanhice esquerdopata da
imprensa nativa. O ponto é outro. Um olhar estrangeiro é capaz de compreender
que se pode querer também o bem do país e que se pode fazer política sem ser de
esquerda — e Kim, obviamente, não é. Identifica-se com os valores da economia
de mercado, como destaca a revista.
The young libertarian, who first gained a
following from his satirical YouTube videos, is leading the charge against Brazil’s President
Dilma Rousseff and her Worker’s Party, which have been embroiled in a massive
corruption scandal. After co-founding the Free Brazil Movement in 2014, Kataguiri, who cites Ronald Reagan and Margaret
Thatcher as inspirations, went on to lead a 200,000-strong demonstration in Sao
Paolo earlier this year—the biggest protest Sao Paolo has seen in three
decades. —Tara John
Traduzo um trecho de seu
perfil ampliado, publicado na Time:
“Kim cita o ex-presidente dos
EUA Ronald Reagan e os ex-primeiros-ministros britânicos Winston Churchill e
Margaret Thatcher como referências. Desde que despertou para a política, tem
estudado os economistas liberais Milton Friedman e Ludwig von Mises. Embora
seus vídeos sejam ancorados na economia, são elaborados num estilo anárquico.
Em um deles, ele aparece vestido de ninja”.
(…)
Diz Kim à Time:
“A política no Brasil parece
muito ruim. Todo mundo rouba. Mas eu tenho a esperança de que, em 20 anos, as
coisas possam ser diferentes. Eu tenho a esperança de que a nossa geração pode
mudar o modo como as coisas são feitas”.
Eis aí. Surgiram no Brasil
movimentos capazes de levar milhões de pessoas às ruas e que não falam a
linguagem da esquerda. O tempo passou na janela, e só as Carolinas da imprensa
brasileira não viram porque estavam ocupadas em cantar as glórias de Chico
Buarque, o velhote burguês e cubanófilo.
Eu também espero que a geração
de Kim mude o Brasil. E a imprensa brasileira.
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