Luciano Henrique
Citado por Augusto Nunes, um
artigo de Helio Bicudo e Janaina Paschoal sobre a lei anti-terrorismo que o PT
quer votar traz algumas coisas interessantes. Título: “Lei desnecessária, momento inoportuno: ‘quantos Leopoldos Lopez teremos por aqui?’‘. Das duas citações que trarei aqui a mais
importante é a segunda. A primeira fica somente a cargo de menção ao tema do
texto:
Para justificar a necessidade
de aprovar o projeto, o Governo Federal se apega às exigências da comunidade
internacional. Alguns esquerdistas se mostram temerosos com a possibilidade de
a nova tipificação alcançar seus movimentos sociais, como o MST.
Os que se reconhecem como direitistas,
por outro lado, como de costume, apoiam todo tipo de criminalização. Nesse
cenário, apesar de o projeto ser oriundo do Governo Federal, tem como relator o
Senador oposicionista Aloysio Nunes, do PSDB.
A questão é séria, de fato,
embora é claro que Janaina distorça as coisas sobre a direita – aliás, ela já
havia feito isso no programa Roda-Viva, onde falou a mesma abobrinha e, de resto teve atuação
espetacular.
Sobre a direita e a
“criminalização”, ela deveria buscar conhecer uma multidão de pessoas de
direita lutando por um livre mercado, por rejeição ao totalitarismo e pela
liberdade de expressão sem aderir a qualquer discurso de criminalização
injustificada.
Eles citam que os artigos 258,
263, em paralelo à Lei 12.850/13, do Código Penal, já resolvem a questão do
terrorismo, portanto a lei é desnecessária.
O ponto mais importante, no
entanto, é este:
Leis penais amplas são sempre
perigosas; porém, nas atuais circunstâncias, os perigos se acirram.
Realmente, se a matéria, sob o
aspecto técnico jurídico, é controversa, impossível ignorar o que está
acontecendo na Venezuela de Maduro, aliado incondicional de Lula e Dilma. Sob a
acusação de ter convocado manifestações em que ocorreram mortes, Leopoldo López
está preso há um ano e meio e, recentemente, foi condenado a treze anos de
prisão.
Leopoldo López não cometeu
nenhum ato de violência que pudesse justificar essa pesada condenação. Não
obstante, diante da flagrante violação de seus direitos fundamentais, o Governo
brasileiro cala!
Dado que a legislação penal em
vigor já contempla a maior parte das ações costumeiramente intentadas por
grupos terroristas e, frise-se, uma vez que o momento político é muito crítico,
resta bem mais seguro evitar seguir com esse projeto, sob pena de acelerar a
venezuelização do Brasil.
Não vou entrar no tema do
terrorismo neste momento, pois o essencial está em como ela descreveu o truque
utilizado para prender Leopoldo Lopez. Todas as ações petistas são moldadas
para manutenção do poder, o que no linguajar bolivariano significa implementar
regras totalitárias para que isto aconteça enquanto o estado vai sendo saqueado
para este fim. Ambos descreveram com perfeição a forma pela qual Maduro
engabelou a população no fito de fingir que Lopez era culpado pelas mortes
causadas pelo governo nas manifestações. Bastou dizer que ele era culpado por
ter convocado as manifestações. Após ter controlado a mídia, tudo ficou mais
fácil.
O fato é este, que devemos
lembrar sempre: após o golpe militar de 1964, democratas e marxistas
lutaram pelo poder. Os últimos queriam uma outra ditadura, portanto, jamais
tiveram legitimidade. Mas os democratas hoje estão lutando contra a ditadura
petista, que já vive seus estágios iniciais, depois dos sucessivos golpes do
STF.
Não importa se você é de
direita, centro ou esquerda. Mas se realmente você atuou de boa-fé na luta
contra a ditadura militar tem a obrigação moral de lutar contra a ditadura
petista.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 20-10-2015
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