José Manuel
Entrada: RECURSOS
(à vontade)
Antepasto: FALTA
DE QUÓRUM
Prato principal: 2,3 TRILHÕES
Sobremesa: TRANS-PACÍFICO
Esta é a perfeita receita
criada para um menu exótico, com acompanhamentos indigestos em
cardápio recheado de sugestões perigosas e altamente prejudiciais à saúde de um
país.
É este o cardápio que tem sido
usado constantemente pelo partido que ora governa, para satisfazer a vontade da
gerente de um restaurante em franca decadência.
A entrada é uma salada
composta por recursos, livres, quantos quiserem e não está sujeita a peso.
Pode-se repetir os recursos, o quanto quiser e como quiser, porque é oferta da
casa, que faz o diabo para não perder o cliente.
É uma salada mista composta de
agravos, vistas, e gestão temerária ao molho litigância de má-fé, uma mistura
de sidra, sal grosso e vinagrete.
A falta de quórum é o
antepasto de um lauto almoço que pode ou não vir. É a surpresa do
estabelecimento para prender a atenção dos clientes que aguardam a todo o
momento serem servidas as iguarias, mas todos desconhecem os conchavos e armações
que se passam pela cozinha, porque afinal o cozinheiro chefe é amigo íntimo da
gerente e faz tudo o que ela manda.
Atrasa ou cancela de acordo
com as ordens da chefe, para espanto dos clientes que aguardam, às vezes meses,
sentados pela chegada do que pode não vir.
O prato principal,
aguardado com ansiedade temerosa por todos os frequentadores, diga-se de
passagem, muito baixo clero, pois para frequentar hoje em dia um restaurante
desses com tão baixa reputação, só mesmo uma estirpe dessa natureza, o que é
até compreensível nos momentos atuais.
Chama-se 2,3 trilhões e é um
escondidinho de especiarias e tramoias cometidos pela gerente do
estabelecimento, que ninguém sabe, ninguém viu, onde foram parar esses recursos
públicos, que não constam da contabilidade do restaurante.
Os clientes suspeitam que na
receita haja um sincretismo culinário, uma mistura exótica de sabores de Cuba,
Angola, Guiné Equatorial, Nicarágua, Venezuela, acompanhados de "Lulas en
su tinta".
Como o paladar desse prato não
é dos melhores, ela, a gerente, então oferece como cortesia para aplacar a ira
dos clientes, um Romanée Conti safra 2003, que todos bebem à farta e se
deliciam com o presente, esquecendo o passado constrangedor do tempo perdido no
antepasto.
Para finalizar esse regabofe
do demo, a pá de cal vem na forma de sobremesa, com o acordo comercial trans-pacífico.
Desde pequeno meus pais me diziam para que eu observasse com quem andava, pois
isso significaria o que eu seria a futuro, e nada mais certo, pois neste
caso a gerente ao convidar Venezuelanos, Argentinos, Bolivianos, Russos e
Equatorianos para jantar, fez jus ao velho ditado, dize-me com quem andas e eu
te direi quem és.
O que acabou acontecendo é que
o vizinho Food-Truck, Obama mais conhecido como "esse é o cara",
passou-lhe uma rasteira comercial, desenvolvendo uma sobremesa especialíssima
com sabor excelência em vitória e sucesso, em plena rua, levando os clientes a
abandonar o restaurante decadente para sempre, e se deliciarem com a nova
iguaria, mesmo ao relento.
Como resultado, tudo indica
que o fracassado restaurante, mesmo oferecendo um troca-troca de clientes,
regado a vinho italiano caríssimo, venha neste momento a ter as suas portas
fechadas por uma organização não-governamental chamada impeachment.
Aliás, ninguém em sã
consciência duvidava desde há doze anos quando este restaurante foi aberto, que
ele teria vida longa.
Só vingou doze anos, graças a
conchavos e funcionários corruptos de um governo, que seguravam a todo o custo
com a conivência do diabo o alvará de funcionamento.
Título e Texto: José Manuel, o imóvel já está para
alugar. 9-10-2015
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