terça-feira, 13 de outubro de 2015

Restaurante Brasil

José Manuel


Entrada: RECURSOS (à vontade)
Antepasto: FALTA DE QUÓRUM 
Prato principal: 2,3 TRILHÕES
Sobremesa: TRANS-PACÍFICO


Esta é a perfeita receita criada para um menu exótico, com acompanhamentos indigestos em cardápio recheado de sugestões perigosas e altamente prejudiciais à saúde de um país.
É este o cardápio que tem sido usado constantemente pelo partido que ora governa, para satisfazer a vontade da gerente de um restaurante em franca decadência.

A entrada é uma salada composta por recursos, livres, quantos quiserem e não está sujeita a peso. Pode-se repetir os recursos, o quanto quiser e como quiser, porque é oferta da casa, que faz o diabo para não perder o cliente.
É uma salada mista composta de agravos, vistas, e gestão temerária ao molho litigância de má-fé, uma mistura de sidra, sal grosso e vinagrete.

A falta de quórum é o antepasto de um lauto almoço que pode ou não vir. É a surpresa do estabelecimento para prender a atenção dos clientes que aguardam a todo o momento serem servidas as iguarias, mas todos desconhecem os conchavos e armações que se passam pela cozinha, porque afinal o cozinheiro chefe é amigo íntimo da gerente e faz tudo o que ela manda. 
Atrasa ou cancela de acordo com as ordens da chefe, para espanto dos clientes que aguardam, às vezes meses, sentados pela chegada do que pode não vir.

O  prato principal, aguardado com ansiedade temerosa por todos os frequentadores, diga-se de passagem, muito baixo clero, pois para frequentar hoje em dia um restaurante desses com tão baixa reputação, só mesmo uma estirpe dessa natureza, o que é até compreensível nos momentos atuais.
Chama-se 2,3 trilhões e é um escondidinho de especiarias e tramoias cometidos pela gerente do estabelecimento, que ninguém sabe, ninguém viu, onde foram parar esses recursos públicos, que não constam da contabilidade do restaurante.

Os clientes suspeitam que na receita haja um sincretismo culinário, uma mistura exótica de sabores de Cuba, Angola, Guiné Equatorial, Nicarágua, Venezuela, acompanhados de "Lulas en su tinta".
Como o paladar desse prato não é dos melhores, ela, a gerente, então oferece como cortesia para aplacar a ira dos clientes, um Romanée Conti safra 2003, que todos bebem à farta e se deliciam com o presente, esquecendo o passado constrangedor do tempo perdido no antepasto.

Para finalizar esse regabofe do demo, a pá de cal vem na forma de sobremesa, com o acordo comercial trans-pacífico. Desde pequeno meus pais me diziam para que eu observasse com quem andava, pois isso significaria o que eu seria a futuro, e nada mais certo, pois neste caso a gerente ao convidar Venezuelanos, Argentinos, Bolivianos, Russos e Equatorianos para jantar, fez jus ao velho ditado, dize-me com quem andas e eu te direi quem és.

O que acabou acontecendo é que o vizinho Food-Truck, Obama mais conhecido como "esse é o cara", passou-lhe uma rasteira comercial, desenvolvendo uma sobremesa especialíssima com sabor excelência em vitória e sucesso, em plena rua, levando os clientes a abandonar o restaurante decadente para sempre, e se deliciarem com a nova iguaria, mesmo ao relento.

Como resultado, tudo indica que o fracassado restaurante, mesmo oferecendo um troca-troca de clientes, regado a vinho italiano caríssimo, venha neste momento a ter as suas portas fechadas por uma organização não-governamental chamada impeachment.

Aliás, ninguém em sã consciência duvidava desde há doze anos quando este restaurante foi aberto, que ele teria vida longa.

Só vingou doze anos, graças a conchavos e funcionários corruptos de um governo, que seguravam a todo o custo com a conivência do diabo o alvará de funcionamento. 
Título e Texto: José Manuel, o imóvel já está para alugar. 9-10-2015

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