“Senhor Presidente da
República,
Senhor Presidente da
Assembleia da República,
Senhor Presidente do Supremo
Tribunal de Justiça,
Senhor Presidente do Tribunal
Constitucional,
Senhores representantes das
mais altas instituições e autoridades do Estado,
Ilustres convidados,
Há quatro anos assumi as
funções de Primeiro-Ministro de um governo que tinha pela frente a tarefa maior
de salvar o País de um desastre económico e social de proporções inimagináveis.
Vivíamos tempos de emergência nacional a que era urgente responder com uma
estratégia firme e coerente. Nessa altura, eram muitas as vozes dentro e fora
do País que duvidavam das nossas possibilidades. No dia da minha tomada de
posse disse que “vivíamos tempos difíceis e mais tormentas ainda nos
aguardavam. Mas tínhamos de confrontar os nossos problemas com os olhos bem
abertos e afugentar o medo paralisante.”
E foram, de facto, anos duros
os que tivemos de enfrentar.
Sabíamos que estávamos a
“navegar em mares nunca dantes navegados”, mas nunca deixei de ter a firme
convicção de que o País que sempre conheci não falharia.
E não falhou.
Os Portugueses deram uma lição
de sacrifício, moderação e esforço colectivo que tão cedo não será esquecida.
Toda a Europa o sabe e nós sabemo-lo melhor do que ninguém.
Com muito trabalho e com o
sentido máximo das responsabilidades, o anterior executivo que eu liderei foi o
primeiro governo de coligação a cumprir integralmente o seu mandato na história
da democracia portuguesa.