Prefeito do Rio ainda afirmou que emissora
atua como "partido de oposição" e que "utiliza artifícios
antidemocráticos para atender suas ambições"
Altair Alves
Em um vídeo publicado nas suas
redes sociais, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) [foto], afirmou na
noite desta terça-feira (1/9) que a TV Globo atua como “partido
político de oposição” e que “utiliza artifícios antidemocráticos para
atender suas ambições“, ao rebater denúncia feita pela emissora em seus
principais telejornais, de que Crivella mantém servidores na frente dos
hospitais para intimidar e constranger cidadãos e jornalistas.
“No dia 6 de janeiro de
2020, entreguei ao presidente Bolsonaro uma denúncia de gravíssimos fatos
praticados no fim do ano passado pelas Organizações Globo, que atuam como
verdadeiro partido político de oposição, que disseminavam falsamente o caos na
saúde e o pior, que o Hospital Albert Schwartz e o Pedro II estariam com
atendimentos suspensos. Uma inacreditável fake news, porque esses hospitais
nunca fecharam um minuto sequer“.
“Desde então, cidadãos
comparecem às portas de unidades de saúde para esclarecer e orientar os
usuários, evitando, assim, que alguém seja manipulado pelas falsas informações
da Globo e corra o risco de morte”, prosseguiu o prefeito.
Crivella se defende dizendo ainda
que o termo “Globolixo” não ocorre apenas nas portas dos hospitais. “Portanto,
não cabe a mim a acusação de que seria responsável por esse constrangimento que
a Rede Globo sofre durante as suas reportagens“, justificou.
Segundo o prefeito, “desde
há muito tempo, a população tem identificado que a Rede Globo de Televisão utiliza
artifícios antidemocráticos para atender as suas ambições“.
O Ministério Público (MP-RJ)
instaurou ontem um “procedimento preparatório criminal para investigar a
possível prática de crimes que teriam sido cometidos pelo prefeito Marcelo
Crivella“.
Segundo o órgão, Crivella será avaliado pelos
possíveis crimes de associação criminosa e prática de conduta criminosa, este
último com relação às suas responsabilidades como prefeito.
O presidente da Câmara
dos Vereadores do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (DEM)
acolheu pedido de impeachment feito pelo PSol e, depois de ouvir a procuradoria e a
mesa da Câmara, decidiu publicar documento convocando para a votação da
admissibilidade do pedido nesta quinta-feira (3/9).
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