Provocação inaceitável: Jean Wyllys quer proibir imprensa de acompanhar depoimentos de opositores do PT em CPI

Luciano Henrique

Um colega meu teve que se ausentar do trabalho, via licença, devido a problemas relacionados com stress. Eis que me veio a ideia: tentar descobrir o que a direita anda tomando para ficar tão “relax” diante de afrontas inomináveis.

O que estamos vendo diariamente é o PT convocar a oposição para a guerra civil, a partir de uma afronta atrás da outra. Obviamente não defendo qualquer tipo de ação violenta, uma vez que sou defensor da revolução não violenta, na linha Gene Sharp. Mas nada justifica a ausência de indignação da direita. Revoluções não violentas não têm absolutamente nada a ver com passividade inaceitável e sangue da barata. Ao contrário: é possível manifestar toda a indignação devida a partir de métodos não violentos para a revolução.

Seja lá como for, a provocação do dia vem de Jean Wyllys [foto], deputado do PSOL, que, depois de convocar grupos como Revoltados Online e Movimento Brasil Livre para depor em uma CPI de Crimes Cibernéticos (pois na visão totalitária desta gente divergir do PT é crime, tal qual na Venezuela), resolveu pedir a proibição da imprensa nesses depoimentos. É claro que é provocação. Provavelmente, Wyllys descobriu que vai apanhar na argumentação e daí pediu censura. (O vídeo foi postado na página de Beatriz Kicis, do Revoltados Online)

Não é possível que uma provocação destas passe em branco. A continuar por esse caminho, numa próxima um deputado bolivariano poderá até pedir que seus opositores abram a boca para urinar lá dentro. É evidente que estão aumentando o nível da provocação para testar limites. E Jean Wyllys vai ganhar se nada for feito.

Este sujeito precisa ser desmascarado em público, e os movimentos precisam contatar deputados para denunciar esse golpe. E, é claro, devem se recusar a ir na CPI se a sessão não estiver aberta à imprensa.

Ou é isso ou então esta direita dos movimentos podia me indicar o remédio para manter a calma mesmo diante das infâmias mais inaceitáveis. Ou, pensando bem, é melhor pararem de tomar este remédio…

Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 10-9-2015