quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quando pais e filhos são "amigos" no Facebook

26.08.2010 - Por Reuters, PÚBLICO
Pais e filhos amigos no Facebook: para alguns é um dilema, uma mortificação, para outros uma coisa normal e para muitos uma exigência. De acordo com uma sondagem online levada a cabo pela Nielsen, três quartos dos mais de mil progenitores americanos inquiridos indicaram ser “amigos” dos seus filhos na popular rede social que já ultrapassou a fasquia dos 500 milhões de utilizadores activos em todo o mundo. O terço restante admite estar preocupado por não ver tudo aquilo que os seus filhos andam a fazer na Net.

Vinte por cento dos progenitores admitiu já ter exigido aos seus filhos que “desamigassem” alguém (Thierry Roge/Reuters)
A questão de se ser ou não “amigo” dos pais no Facebook é um exercício de equilíbrio entre a vontade de os adolescentes terem mais independência e criarem a sua própria personalidade online e o desejo que os pais têm de controlar os filhos e certificarem-se que eles estão protegidos.

Mas se, para a maioria dos pais, a ligação online com os seus filhos é óbvia e requerida, para muitos menores seria preferível não estarem em contacto com os seus progenitores. Cerca de 30 por cento dos adolescentes responderam que, se tivessem escolha, “desamigariam” os seus pais naquela rede social.

Para muitos menores, porém, decidir se querem aceitar os seus pais como amigos no Facebook nem sequer é uma opção. Em 41 por cento dos lares consultados, os pais instituem a regra de que os filhos só podem usem o Facebook se aceitarem os pais como “amigos”. Muitos progenitores indicaram, porém, ter concordado não deixar comentários às acções dos filhos. Pelo menos online. Afinal de contas nenhum menor - menos ainda um adolescente - gosta de passar pelo vexame de ver a sua mãe comentar as suas conversas ou de ver “postadas” fotografias suas enquanto bebé.

Mães correm o dobro do risco dos pais de serem “desamigadas”
“O principal tema de debate entre os pais - pelo menos nas conversas que tenho com eles - é a vida do Facebook”, indicou à Reuters Regina Lewis, uma consultora da AOL, que ajudou a levar a cabo esta sondagem online, tendo entrevistado 1024 pais e 500 menores entre os 13 e os 17 anos. “Faz parte do dia-a-dia da moderna parentalidade”, disse ainda a mesma responsável.

“Achei que a percentagem de pais que são amigos dos filhos é admiravelmente alta. Mais de 70 por cento”, disse Regina Lewis, acrescentando que as mães dos menores correriam o dobro dos riscos dos pais de serem “desamigadas” pelos rebentos.

O número médio de amigos de um utilizador do Facebook situa-se nos 130, mas os adolescentes tendem a juntar um número mais elevado, indicou ainda Regina Lewis. Mais de metade admitiu não conhecer pessoalmente todos os amigos, o que ajuda a explicar o fenómeno. Pedir amizade a amigos de outros amigos é uma prática comum entre os adolescentes.

Do lado dos pais, 41 por cento admitiu conhecer apenas metade ou menos dos amigos dos seus filhos no Facebook. Vinte por cento dos progenitores admitiu igualmente já ter exigido aos seus filhos que “desamigassem” alguém, ou porque não se sentiam confortáveis com a ligação ou por terem detectado que os perfis dessas pessoas continham conteúdos impróprios.

Sejam amigos ou não, Regina Lewis deixa um conselho aos pais: é preciso vigiar atentamente aquilo que os menores fazem online.

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