Morreu na tarde desta
segunda-feira o pecuarista venezuelano Franklin Brito, em decorrência de uma
greve de fome que já durava nove meses.
Para quem não conhece a
história, Franklin possuía uma fazenda produtiva de gado, até que Chávez
resolveu “expropriá-la”, quer dizer roubá-la de seu legítimo proprietário,
alegando que ninguém pode ser proprietário de terra porque “todas as terras da
Venezuela pertencem ao povo”.
Franklin tentou reaver sua
propriedade pelas vias legais mas, como todos os poderes na Venezuela estão
seqüestrados pelo ditador, ninguém lhe deu ouvidos nem razão. Então, num gesto
desesperado, Franklin apelou para a greve de fome. Isto, entretanto, não sensibiliza
esses criminosos comunistas que, diga-se de passagem, já assassinaram por
prazer milhares de seres humanos pela fome, como na Ucrânia no “Holodomor”,
como não sensibilizou os Castro, nem tampouco Lula, no caso de Orlando Zapata
Tamayo.
Não posso dizer que esta morte vai pesar na consciência de Chávez porque ele não a tem. Entretanto, pesará, sim, perante a Justiça Divina que para nós pode parecer que tarda mas é infalível.
A este novo mártir do
castro-comunismo chavista, rogo a Deus que o acolha em Seu Reino e console sua
família. Àqueles que insistem em chamar Chávez de “bufão”, mostro com provas
que ele é um reles criminoso cheio de ódio e inveja, e que um dia – com a graça
de Deus! – terá de pagar até o último cêntimo por todos os males que tem
causado à Venezuela e a todos os venezuelanos que se opõem ao comunismo. Aos
governantes que continuam se iludindo com as falsas promessas deste ser abjeto,
mais uma prova de sua insensibilidade e de seus incontáveis crimes de morte
contra seus próprios concidadãos. Às instâncias internacionais, não
fechem os olhos para a desgraça que se abateu sobre a Venezuela e apressem o
julgamento a este monstro desalmado!
Seguem abaixo um comunicado da
família de Franklin Brito e uma nota da jornalista Angélica Mora. Fiquem com
Deus e até a próxima!
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COMUNICADO DA FAMÍLIA DE
FRANKLIN BRITO
Com imensa dor, informamos ao
povo venezuelano e ao mundo o seguinte:
Hoje, 30 de agosto de 2010, o
esgotado corpo de nosso esposo e pai, Franklin Brito, deixou de respirar. Após
uma luta de mais de seis anos, mais de oito greves de fome, a mutilação de um
dedo e de ter sido vítima de uma irregular privação de liberdade, o corpo de
Franklin Brito deixou hoje de realizar suas funções vitais.
Tudo isto não significa, entretanto,
que Franklin Brito morreu. Franklin vive na luta do povo venezuelano pelo
direito à propriedade, o acesso à justiça, pela vida em liberdade e o respeito
dos governos aos direitos humanos coletivos e individuais. Franklin Brito deixa
de ser carne para se converter em símbolo e bandeira para todos os atropelados
pela soberba do poder, para os ofendidos pela prepotência dos governantes, para
os que crêem que a verdade e a justiça estão sempre acima de circunstâncias e
conveniências.
O corpo de Franklin Brito
morre na instituição militar onde o mantinham retido contra sua vontade. O
governo do presidente Hugo Chávez ignorou a petição de Franklin, o clamor de
sua família e os chamados dos organismos internacionais para permitir que
tivesse acesso à assistência médica eleita por ele mesmo e, portanto,
merecedora de sua confiança. Por isso, a família Brito no momento se abstém de
emitir opiniões sobre as causas diretas do falecimento, em virtude das
insólitas e inumanas circunstâncias que o rodearam.
Porém, o que certamente
podemos dizer desde já é que a luta de Franklin Brito continua. Nós, sua
família, seguiremos lutando pelo patrimônio de seus filhos. E seu consciente
sacrifício não será em vão, enquanto os filhos da Venezuela estejam também
dispostos a defender o patrimônio físico e moral da Nação.
Em momento posterior, quando a
dor nos permitir, emitiremos um novo comunicado. Por agora, saiba a Venezuela
que a Franklin Brito a agressão não pôde vencê-lo, não pôde atemorizá-lo a
ameaça, nem pôde dobrá-lo a oferta corrupta. Por isso e por muito mais, nestes
tempos de morte e dor Franklin Brito é um símbolo de decência e de vida.
Estamos certos de que a alma
de Franklin, desde o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos seguirá
iluminando. Porque sua luta, que deve ser a luta de todos, CONTINUA!
Elena Rodríguez de Brito
Ángela Brito Rodríguez
Francia Brito Rodríguez
Franklin José Brito
Rodríguez
José Franklin Brito
Rodríguez
Caracas, Hospital Militar
Segunda-feira, 30 de agosto de 2010. 10:20 PM
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Apontamentos de uma
Jornalista
Angélica Mora,
de Nova Iorque
Morreu Franklin Brito, depois
de uma greve de fome de mais de 9 meses. O produtor agropecuário venezuelano só
pedia que se reconhecesse seus direitos. Brito faleceu de uma parada cardíaca,
e sua esposa Elena denuncia que até o momento não lhe deixaram ver o cadáver.
A luta contra a injustiça
deste grevista venezuelano o coloca no pedestal dos que falecem sem temer a
morte, como o mártir cubano Orlando Zapata Tamayo.
Brito enfrentou, mediante uma
dramática greve de fome de mais de 9 meses, o governo de Hugo Chávez, porém seu
coração não pôde suportar o rigor do jejum e deixou de bater na tarde desta
segunda-feira. Tinha 49 anos.
O produtor agropecuário havia
radicalizado seu protesto na espera de que Chávez se pronunciasse sobre seu
caso. Ninguém o escutou e o presidente do Instituto Nacional de Terras, Juan
Carlos Loyo, que o visitou só uma vez, disse à sua saída do hospital que “o
problema pelo qual Brito se mantinha em tal atitude devia-se a um inconveniente
que teve com uns vizinhos”.
O último informe e a última
conversação que tive no fim de semana com sua filha Ángela, foi que Brito havia
suspendido a alimentação por soro e só bebia água. A jovem acusa o
Presidente da Venezuela de ser o causador direto da morte de seu pai.
Em diversas ocasiões, Ángela
denunciou que Brito estava sendo torturado no Hospital Militar, lugar onde foi
internado contra sua vontade, apesar de não haver cometido nenhum delito.
De acordo com seu relato,
Brito permanecia recolhido em um cubículo de terapia intensiva no qual as
enfermeiras entravam e saíam constantemente, importunando seu descanso. Além
disso, o haviam colocado ao lado do banheiro comum e perto do motor do ar
condicionado que serve a toda a terapia, pelo que as vibrações não o deixavam
dormir. Fizeram tudo isto para torturá-lo, assegura Ángela.
“Quiseram tê-lo ali para
isolá-lo e evitar o contato com o mundo exterior, sem visitas e sem fotos”.
Na consciência de Hugo Chávez
cairá agora esta nova morte.
Comentários e traduções: G.
Salgueiro
Olá, Jim,
ResponderExcluirEm primeiro lugar, gostei do título do seu blog, muito sugestivo o qual apóio.
Em segundo lugar, obrigada por divulgar mais este crime da ditadura chavista que, muito provavelmente, não vai ser noticiado pela grande mídia brasileira, nem vai causar comoção nos auto-denominados "defensores dos direitos humanos", pois estes só defendem bandidos, marginais, terroristas.
Grande abraço,
MG
Obrigado!
ResponderExcluirTem toda a razão.
Modestamente, sempre contribuirei na divulgação dos crimes das ditaduras e na descontrução de alguns "deuses"...
Eu estou plenamente de acordo com voces, já que chávez em cada refeição ia tirar esta refeiçao. Eu achei extremamente inteligente o brito. Muitos outros deveria fazer o mesmo. Ótima idéia. Assim é que se vence,rsrsrs, dá-le brito.
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