quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mas afinal, que negócio é esse aí de Aerus??


É a pergunta que um “aterrissado” gentil leitor me encaminhou.

O Instituto AERUS de Segurança Social nasceu em 1982.
Na homepage desse Instituto lê-se:

Criado pela Varig, Cruzeiro e Transbrasil como instrumento de recursos humanos voltado tanto para os profissionais da aviação civil quanto para as empresas aéreas, o Instituto AERUS de Seguridade Social surgiu em 20 de outubro de 1982. O AERUS é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC) que reúne empresas patrocinadoras ligadas ao setor aéreo. Em 1981, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Délio Jardim de Mattos, determinou a instituição de um grupo de trabalho que elaborou documento embasando o surgimento do AERUS. A criação de uma terceira fonte de custeio (a partir da cobrança de uma taxa de 3% incidente sobre as tarifas aéreas nacionais) estavam entre as propostas dos representantes do Departamento de Aviação Civil (DAC), Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos (FNTTA) e Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) para viabilizar a implantação da entidade, além das contribuições de participantes e patrocinadoras.
Em novembro de 1982, o Instituto se instala em sua sede, no Rio de Janeiro, onde permanece até hoje. No dia 1º de julho de 1983, o AERUS concede a sua primeira aposentadoria. Na época, contava com 18.636 participantes ativos e oito patrocinadoras.

O objetivo, louvável, foi o de criar um pecúlio, um fundo de poupança, que permitisse aos trabalhadores da aviação civil brasileira, quando se aposentassem, usufruir de uma suplementação do benefício da aposentadoria oficial. Para isso, para ir enchendo o cofrinho, três fontes de recursos foram decididas:

1) o trabalhador, que descontava um percentual do seu salário;
2) as empresas, que acrescentavam um percentual do salário do trabalhador;
3) o governo federal. Este “cobrava” 3%  sobre as passagens aéreas nacionais  e repassava para o instituto. Era a “terceira fonte”. Mas o governo através do Departamento de Aviação Civil (DAC) decidiu extinguir o recolhimento  20 anos antes do previsto, em decisão unilateral.

No início, nos primeiros anos,  os trabalhadores aderiam por “livre e espontânea vontade”. Posteriormente, eles aderiam, simplesmente, sem perguntas. Ou então…

A  Varig começou a reter (lá pelos idos de 1983) os valores que descontava dos seus funcionários e, claro, tampouco aportava a parte que lhe cabia.  E pedia prazos e mais prazos. Prometia pagar depois. Não pagava quando chegava o “depois”. Os dirigentes do instituto eram ou tinham sido (ou seriam depois) funcionários da Varig. Foram assinadas 21 negociações, repactuações, enfim…

A essa promiscuidade entre galinhas, frangos, pintinhos e raposas e lobos, e às falcatruas contábeis, a SPC – Secretaria de Previdência Complementar, órgão do Governo Federal encarregado e responsável por supervisionar e fiscalizar os fundos de previdência privada, a tudo assistia colossalmente impávida. Mesmo quando a Varig deu como garantia de pagamento (futuro) um imprevisível resultado de uma ação judicial junto ao STF – Supremo Tribunal Federal. Uma iniciativa inédita no mundo, como nunca antes neste país. É a mesmíssima coisa que eu oferecer como garantia à minha ex-empregada  que reivindicava no Tribunal do Trabalho o pagamento de salários atrasados no valor de, digamos, cinco mil-réis, o resultado (imprevisível) de uma ação que eu movia contra a NOT – TV a manivela, no valor de, digamos, dez mil-réis, SE e QUANDO ganhasse essa ação. E, inacreditavelmente, a minha ex-empregada ACEITAR com a APROVAÇÃO do Ministério do Trabalho (!!)

Pois bem, a SPC, o órgão FISCALIZADOR quando sentiu que o barco adernava, começou a tirar o cavalo da chuva (interveio) e antes do afundamento embarcou num bote especial e mandou-nos, a todos nós, irmos nos queixar ao bispo.

E nós, obedientes, faz quase cinco anos, fomos ao bispo, sim senhor. Fomos também ao cardeal, procuramos abades, escrevemos ao Papa, como escrevemos a torto e a direito para a imprensa, presidente da república, senadores, deputados, ministros dos tribunais superiores, até à Sra. Dilma Roussef nossos diligentes, combativos e ferozes representantes classistas entregaram uma carta. (!)

Vai fazer cinco anos, em abril de 2011. Os trabalhadores demitidos da finada Varig que ainda não receberam o que lhes é devido, de direito, pela lei laboral, não sabem onde estão as suas poupanças, sequer se existem, ainda. Os aposentados e pensionistas estão recebendo  SÓ 8% do que deveriam receber. Todos eles veem acontecer leilões. Isto é, o instituto vai vendendo o que ainda sobra para, segundo o bondoso instituto e acreditam os diligentes, combativos e  ferozes representantes classistas, poder ir  pagando  as merrecas aos beneficiários. Tudo muito cristão, solidário. Até não sobrar mais nada do patrimônio!

O governo, ah! o governo a tudo assiste, colossalmente impávido, e diz que a competência é do Judiciário. O Judiciário faz ouvidos de mercador, não julga a ação que poderá nos injetar esperança em alcançar o céu, ou nos mandar definitivamente para o inferno.

Mas tanto um como o outro escolheram um meio mais eficaz de solucionar o problema: o cemitério! Porque todos nós, os participantes do Instituto AERUS de Seguridade Social para lá iremos. E a cada ida de um de nós diminui o volume do problema que causamos ao governo e ao judiciário. Eles aguardam, placidamente. Dá gosto vê-los.

(IN)COMPETÊNCIA POLÍTICA

É triste ter de reconhecer, mas a oposição tem sido de uma incompetência política à toda  prova!
O Governo do PresiMENTE da Silva tem usado e abusado de cometer ilícitos de todas as espécies, sem que nada lhe aconteça exceto, de raro em raro, uma suave penalidade financeira por ilícito eleitoral.
Apesar de suave, creio que nenhum dos débitos tenha sido saldado. É realmente um País espetacular esse nosso, onde as multas aplicadas àqueles que têm grande liquidez raramente são pagas, enquanto nosso amigo João dos Anzóis não escapa.
Os avisos simpáticos e amistosos da receita intimam que o débito seja pago em cinco dias, sob pena de severas sanções incidirem sobre o devedor.
Voltando à (in)competência:
Com todos os ilícitos cometidos pelo Executivo, a oposição não soube se articular nem, sequer, para ter chances de ganhar a próxima eleição.
As últimas pesquisas estão a indicar que, até mesmo na Região Sul, em que a oposição tinha grande e folgada maioria, a situação é delicada, para gáudio de seus dois principais concorrentes, o ex-Prefeito José Fogaça e o ex Ministro Tarso Genro.
(Tenho fortes calafrios só de pensar que o ex-guerrilheiro Tarso Genro, o homem que introduziu políticas de discriminação racial no País venha a governar o Estado e que  outra guerrilheira, a semi-gaúcha Dilma Rousseff, tenha votação majoritária no RS!).
No Rio Grande do Sul, a Governadora eleita pelo PSDB, coligado com alguns outros partidos, está fazendo um excelente trabalho administrativo, saneando, como saneou, as finanças do Estado, que os governos anteriores deterioraram lamentavelmente. Entre outros méritos, teve o de arrumar até onde possível o Instituto de Previdência, que estava absolutamente falido. (Penso que o RS deve ter tantos funcionários aposentados quanto  ativos. Se o número não for igual, certamente chega perto!)
O Estado estava se aproximando da situação de seu vizinho Uruguay de antigamente, que graças a uma legislação que facilitava sobremaneira aposentadorias precoces, literalmente quebrou.
Mas a Senhora Governadora tem sido de uma inabilidade política extrema. Foi antipática, projetando péssima imagem para seus governados. (Durante esses quatro anos viveu atritada com o Vice-Governador). Por essa razão, está tendo muitas dificuldades até de fazer aprovar matérias na Assembléia Legislativa, onde tinha ampla maioria!!!
No âmbito nacional, a oposição também tem sido inábil, de total incompetência; da mesma forma, ninguém tem  legítimo desprendimento.
A atitude do ex-Governador de Minas, Sr. Aécio Neves, de não querer candidatar-se a Vice-Presidente na chapa do Sr. Serra talvez seja a causa da eventual derrota do Sr. Serra, se ocorrer.
Claro, o Sr. Neves receia que, se concorrer e não for eleito, ficará desempregado durante pelo menos quatro anos. É depreciar-se demasiadamente.
Faltam à oposição líderes que tenham um mínimo de carisma  e saibam usá-la.
Essa deficiência, somada a uma ambição maior do que apropriado, poderá ser a causadora de uma eventual derrota do PSDB e de seus aliados, condenando-nos a mais 4 ou 8 anos de governos mal intencionados no que se refere à manutenção de um regime democrático e decente, e corruptos sem limites!
É de lamentar que depois de apenas pouco mais de 20 anos da recuperação da democracia no Brasil, por falta de gente politicamente competente, estejamos sob a ameaça de um retrocesso, caindo nos braços de um bolivarismo que nos levará a ter uma situação parecida à de Cuba há já mais de 50 anos e da Venezuela, governada por um destemperado e maluquete presidente. 
Igualmente de lamentar é que isso tenha ocorrido porque, graças à inabilidade política das oposições, somada à pavonice ignorante do Sr. da Silva, tenhamos essa perigosa espada de Dâmocles sobre nossas cabeças.
Por isso o título deste texto: (In)habilidade política. 

Peter Wilm Rosenfeld
Porto Alegre (RS), 30 de setembro de 2010 

Este é o vice-presidente do Serra

Deputado Federal Índio da Costa DEM/RJ

Kaká apoia a campanha contra a prostituição

O jogador brasileiro deu o seu apoio à campanha protagonizada pelo ator Ashton Kutcher contra a prostituição.
Kaká postou uma foto onde aparece com uma camisa da seleção brasileira com o seu nome e uma placa a dizer "real MEN don't buy GIRLS!" (Homens de verdade não compram mulheres).


Este blogue também apoia essa campanha!


terça-feira, 29 de junho de 2010

Paquistão vigiará Google e outros seis portais

Conteúdo que for considerado uma 'blasfêmia contra o Islã' será bloqueado
Em maio, paquistaneses saíram às ruas para protestar contra o Facebook após site publicar charges do profeta Maomé (AFP)
O governo paquistanês começará a vigiar sete grandes portais de internet em busca de textos anti-islâmicos. Outros 17 sites serão bloqueados pelo fato de seus conteúdos serem considerados ofensivos ao Islã.
O porta-voz da Autoridade de Telecomunicações do Paquistão, Khurram Mehran, informou que Yahoo, Google, MSN, Hotmail, YouTube, Amazon e Bing serão monitorados. A decisão do governo vem à tona depois de uma proibição temporária ao Facebook, em maio.
Muçulmanos paquistaneses fizeram um grande protesto quando o site de relacionamentos publicou charges do profeta Maomé em um concurso on-line, promovido por um usuário anônimo. O governo do país considerou os posts ofensivos e bloqueou o acesso ao Facebook e ao Youtube.
Turquia – O YouTube também foi bloqueado no país de maioria islâmica, em janeiro deste ano, junto com outros 3,7 mil sites. Entre eles estão o GeoCities e algumas páginas do Google. O Conselho de Telecomunicações da Turquia informou apenas que o bloqueio se deveu a "questões legais".  
O presidente do país, Abdullah Gul, no entanto, usou seu perfil no Twitter este mês para condenar a proibição. Gul postou:"Sei que há muitas reclamações sobre as proibições ao YouTube e Google”. Em outra mensagem, escreveu: "Com certeza, sou contra o fechamento (dos sites). Já ordenei que as instituições responsáveis cheguem a uma solução. Pedi que haja uma mudança nas regras."
O governo turco é laico, apesar da forte influência islâmica. O papel do presidente é cerimonial, já que decisões executivas cabem ao primeiro-ministro do país.

[AERUS] Carta da Geni para o CQC e ofício da CUT/Paraná

À  Rede Bandeirantes de Televisão - Produção do Programa CQC
Prezados senhores:
Cumprimentando os quero parabenizá-los pelas excelentes atuações nos vários segmentos da sociedade brasileira com vosso programa CQC, ao mesmo tempo que peço vossa atenção para um grave problema que estamos atravessando e aqui quero frisar não só meu caso pessoal, como  e, principalmente,  do nosso grupo de trabalhadores, aposentados e pensionistas da VARIG, espoliados dos direitos de receber nossas rescisões trabalhistas, pensões e aposentadorias e ainda como cidadã protestar contra o estilhaçamento da principal cia aérea do país, a nossa VARIG, a entrega dos aviões da nossa cia a cias de outras bandeiras, a entrega das instalações de nossa cia no RS para cia estrangeira TAP e a entega dos céus do Brasil e das nossas linhas aéreas aos estrangeiros.
Não podemos aceitar que tudo isso passe me brancas nuvens , que os governos façam tantos absurdos e fique como está, trabalhadores demitidos sem receber suas indenizações,  aposentados em idade avançada sem receber suas aposentadorias, sendo humiliados sem dinheiro até para compra de alimentos e remédios, quando trabalharam uma vida inteira para garantir uma velhice tranquila, terem sido espoliados de seus proventos. A justiça, se é que isso se pode chamar de justiça, continua prorrogando, mesmo depois de ter dado a sentença na mais alta esfera do judiciário a ação que tramita nos tribunais, na qual temos esperanças de receber, continua sendo prorrogada através de recursos intermináveis, atualmente, nas mãos do STF com a ministra Carmem Lúcia, como se as pessoas não precisassem mais viver, como se as pessoas pudessem abrir um espaço sem ter de se alimentar, sem ter de morar, sem ter de simplesmente viver, enquanto esperam as 
intermináveis prorrogações desta ação que se encontra no STF com o  RE 571 969.
Estivemos no escritório do advogado Arnold Wald Filho, titular da ação, que nos informou que todas as medidas judiciais cabíveis foram tomadas, sem ter uma solução.
Fomos à defensoria pública da UNIÃO pedir ajuda e depois de muita tramitação nas esferas estaduais e divisões federais dos estados, conseguimos enviar para a DPU do distrito federal e está nas mãos dos defensoeres públicos federais que tratam junto ao STF e estamos esperando uma audiência para  agosto.
Pedimos a este programa atenção para o caso e sugerimos que convoquemos uma assembléia geral com nossa comunidade com a presença deste programa para fazermos nossa manifestação.  Temos a disposição vasta matéria sobre o caso que poderá servir de base para um excelente programa.
A copa de 2014 está ai, quanto prejuizo ao país, com o transporte aéreo estilhaçado, um boeing não se compra de um dia para o outro. Não se refaz uma cia aérea com curto espaço de tempo.  Quanto prejuizo a nossa nação, não temos mais linhas para o Japão, para Los Angeles e várias outras linhas internacionais que só a nossa VARIG tinha condições  para operar. Não é apenas uma questão dos seus trabalhadores aposentados e pensionistas, mas uma questão de segurança do nosso transporte aéreo(aproximadamente 1000 comandantes altamente qualificados foram para o exterior), é uma questão econômica, é uma questão de segurança e soberania nacional. Quero continuar acreditando neste programa, por isso espero que esta manifestação seja ouvida e que possamos através da BAND e do CQC fazer com que nosso protesto invada os céus deste país.
No aguardo de breve manifestação de vossa produção, renovamos nossos protestos de elevada estima e consideração.
Geni de Cezere Reschke
Pensionista do Aerus-VARIG.

OFSG 040/2010 CUTPR
Curitiba, 21 de junho de 2010.
Ministério da Previdência Social
Exmo Senhor Ministro Carlos Eduardo Gabas
Assunto: ACORDO AERUS
Prezado Ministro:
A direção da Central Única dos Trabalhadores do Paraná vem perante este Ministério da Previdência Social envidar esforços no sentido de se resolver o impasse existente entre os trabalhadores vinculados ao AERUS/VARIG que somam em todo o Brasil cerca de oito mil aposentados e pensionistas. Este impasse hoje se apresenta na forma de ação judicial contra a União relativa à defasagem tarifária da Varig dada como garantia para com suas dívidas no Fundo de Pensão, Ação Civil Pública contra a União relativa ao pagamento de pensões e aposentadorias no valor recebido na data da intervenção e liquidação. Esta ação encontra-se 14ª TRF-1 esperando autorização para perícia.
Há cerca de um ano tivemos informação de que um acordo estava sendo gestado sob a coordenação do presidente do STF, o que deu certo alento ao grupo de cidadãos e cidadãs que dependem deste acordo para resolver seus problemas. Mas como uma solução não foi encontrada e o impasse se arrasta nos deparamos com o desespero deste grupo de pessoas já idosas e que merecem o respeito da sociedade. Também fomos informados que os recursos do AERUS estão escasseando e em breve não terão mais o que dividir o que vai agravar a já desastrosa situação. 
A CUT/PR ciente das dificuldades enfrentadas por esses trabalhadores e trabalhadoras apóia e incentiva um ACORDO que possa ser celebrado entre a AGU, o Ministério da Previdência Social e o AERUS por entender que para essas pessoas o tempo urge e viver com dignidade é direito de todo brasileiro e toda brasileira. 
Regina Perpetua Cruz  - Presidenta
Marisa Stedile - Secretaria Geral

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Os assanhados

Vocês devem imaginar o que tenho recebido na área de comentários, não? É uma coisa fabulosa! A rede petralha está num assanhamento ímpar. E sua reação é curiosa: essa gente escreve como se a dianteira de Dilma no Ibope — e vamos ver onde mais — fosse uma questão de “justiça”. No subtexto de boa parte das mensagens bucéfalas está a avaliação de que o tucano José Serra está tentando roubar um lugar que:
a) pertence naturalmente a Lula;
b) não podendo ser ocupado por Lula, então fica com Dilma mesmo.
Não tratam o candidato tucano como um político, membro de um partido, que disputa a eleição e que, se derrotado, serve para legitimar a vitória da adversária. Não! Nada disso! Porque isso significaria que eles entendem como funciona a democracia. E, obviamente, eles não entendem. Se o que pensam virasse um “projeto”, a intenção não seria vencer o adversário, mas eliminá-lo.
O governo que defendem está no poder há oito anos, e eles ainda escrevem em clima de desforra, como se estivessem se vingando — acreditem: alguns deles ainda dizem que é preciso pôr fim a 500 anos de desmandos…  E, como de hábito, antevêem o meu destino trágico: não vou mais, asseguram, poder fazer o meu blog porque, no novo — que novo? — amanhã, não haverá lugar. E aproveitam para listar uns dois ou três outros colegas que pretendem mandar junto para o forno.
Não é um sentimento que nasce do nada, que brota espontaneamente. Ao contrário: infelizmente, ele é estimulado pelo discurso oficial. O famoso bordão “nunca antes na história destepaiz” apela justamente a este sentimento. A vocação inaugural expropria a história do país e a torna matéria privada, primeiramente, de um homem — Lula — e, secundariamente, de um partido: o PT. Como eles portam o bem, o que sobra é naturalmente o mal e tem de ser destruído. A menos que o sujeito escolha o caminho da abjuração.
Pois é… Vença quem vença, essa gente vai me encontrar na rede. E já escrevi antes: no que diz respeito ao ofício em si, um eventual governo Dilma pode ser até mais divertido. Eu creio que ele tenderia a oferecer mais, como posso dizer?, motivos!
Reinaldo Azevedo, 28 de junho de 2010

Tudo ao molho (e fé em Deus)

Por estes dias tenho visto mais jogos de futebol, do que em toda a minha vida. Mais um bocadinho e vou abalançar-me a um doutoramento, para não ficar atrás de Carlos Queiroz.
E do que vi concluí que os jogadores passam mais tempo deitados na relva, com o árbitro a apitar e de cartão na mão, do que a jogar. Os pobres dos comentadores já nem podem fazer aquele número do “Tiago passa a Meireles, que finta para Ronaldo, que chuta para Simão”, porque não se passa nada.
Ora isto é defraudar os espectadores, sobretudo os que pagaram bilhete e os usaram num dia de férias para assistir ao espectáculo. Por isso a minha proposta é simples: deixem lá as regras, deixem lá os árbitros, esqueçam as faltas, e joguem. Mordidelas, pontapés, socos, o que for preciso, mas a bola não pode parar.
Aposto que acabavam logo com aquela pieguice de se estarem sempre a atirar para o chão à mais pequena coisa. 

Isabel  Stilwell
Directora do Destak
28 de Junho de 2010


Fatores humanos e atores desumanos

Texto do ex-Comissário de Voo, José Carlos Bolognese:

Prezados senhores/sras. ministros do STF, senadores, deputados, membros do executivo federal:

Viajando toda semana, os srs./sras.  usam o  transporte onde mais pesam os fatores humanos no que eles tem a ver com a segurança. Se a percepção  dos senhores não ultrapassa a linha de como são bem ou mal atendidos, saibam que a complexidade e o perigo de voar, desaparecem pelo rigoroso cumprimento de protocolos operacionais, testados e aperfeiçoados ao longo do tempo e de tecnologia cada vez mais atualizada e colocada em uso. Mas isso de nada valeria se não fosse pelas pessoas, seres humanos que cumprem com suas responsabilidades assumidas, não só por serem rotineiramente testados, examinados e fiscalizados mas também...e muito mais por amor à própria vida e respeito pelas vidas dos outros. Ainda assim morre gente em acidentes aéreos? Claro, mas é verdade também que muitas dessas fatalidades são geradas a partir de salas refrigeradas e bem pregadas no chão, onde o fator humano está concentrado apenas em fazer dinheiro - ou política em interesse próprio.
É comum quando ocorre um "quase acidente", dizer-se que o piloto e a tripulação souberam preservar as vidas dos passageiros que estavam em suas mãos. Mas a rigor, esses profissionais estavam, embora no limite operacional, fazendo apenas o que deles se esperava. Na verdade, não é só a tripulação num caso desses, que atua na sobrevivência dessas pessoas. Todos aqueles envolvidos na atividade e que cumprem com suas obrigações, estão salvando vidas. É o papel deles, mas suas vidas e direitos dependem que outros também sejam responsáveis nos papéis que lhes cabem.
O que quero demonstrar é que não basta um profissional estar concentrado em seu ofício, se alguém remotamente o estiver sabotando, na atividade ou quando dela se afasta. Agora pensem as sras./srs. se invertessemos os papéis: profissionais de aviação, tratando o interesse alheio da mesma maneira como vem agindo toda a máquina administrativa do país, contra os interesses de uma comunidade inteira de trabalhadores e aposentados da aviação - nós, os variguianos. Não seria moralmente condenável a negligência de trabalhadores na aviação, fazendo pouco caso de seus passageiros (pagadores de seus salários) deixando-os perecer e ainda culpando as vítimas por sua desgraça? Se as viagens das sras./srs. devem começar e acabar em segurança, porque insistem em manter o vôo dos variguianos rumo ao desastre?
Quem não quer ser chamado à razão, dirá que não procede a comparação. Mas procede sim, por um único detalhe inerente a qualquer papel que nos caiba: A vida e os direitos daqueles que impactamos com nossos atos. O enfoque no fator humano não é só uma ferramenta otimizada para uso em atividades de alto risco como a aviação. Ele decorre do simples fato de sermos....humanos. Por sermos humanos, jamais controlamos individualmente todas as situações. Quem trabalha na aviação, pode muito bem dar conta de suas obrigações e sobreviver numa atividade perigosa. Mas continua a depender que o patrão seja honesto e pague o salário. Mais do que isso, precisa que o governo, o judiciário e o legislativo cumpram com o próprio papel na proteção dos direitos do trabalhador. E se chegar vivo à aposentadoria não pode, depois de ter atuado dentro de regulamentos, que se fossem violados poderiam até causar a morte de inocentes, ser submetido à humilhação de ter sua renda confiscada com legitimação pela "justiça". O caso Aerus destaca a falácia que são as instituições no Brasil.
No drama da justiça social, atuam de um lado trabalhadores sem direito a errar, sendo punidos até quando fazem a coisa certa e do outro, esses atores desumanos, que não carecem de competência, pois conhecem a lei, conhecem os direitos dos trabalhadores e aposentados Varig/Aerus, estão no poder e só não agem por má vontade e indiferença. É preciso então ir além da má vontade e da impunidade porque esta última quando prevalece, causa o grande mal que é a perda de referência dos parâmetros da justiça social.

José Carlos Bolognese
Comissário de Vôo
AposentadoVarig/Aerus

domingo, 27 de junho de 2010

Dilma vai faturar essa!


O atual presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio LULA da Silva representa o povo brasileiro. É o id desse povo e o zeitgeist dessa nação. Ele reflete a imagem da coletividade nacional. Noutras palavras, o povo brasileiro se identifica nele e com ele. Porque ele, Lula, tornou o país… blablablá, como nunca antes. Tudo o que aconteceu e acontece de bom no Brasil [a maioria dessas “bondades” acontecem inercialmente (com ou sem Lula, ou apesar de), outras tantas por iniciativa privada ou particular], se deve ao Lula e ao seu governo. O que de “ruim” acontece no Brasil, (e muitas dessas “ruindades” se devem a ele, Lula, e ao seu governo) é, naturalmente, culpa e responsabilidade dos outros, de TODOS os outros: portugueses, argentinos, americanos, louros de olhos azuis, governos anteriores (todos, não escapa nenhum!), da oposição, enfim, só depende do humor do atual presidente. Só falta à lacraia (sim, o PT está em todos os lugares, até onde você não imagina!) que governa esse continental país, ressuscitar o “Brasil, ame-o ou deixe-o!”. Aliás, falando nisso, também nessa época o Brasil era grande, a TransAmazônica era a maior do mundo, a ponte Rio/Niterói era a maior do mundo, era o milagre económico, era a oitava potência, o Amaral Neto era repórter, e o Delfim Neto (sim, o mesmo) ocupava-se em cozinhar um bolo que cresceria tanto, mas tanto, que todos nos empanturraríamos de pão-de-ló… e alguns cidadãos tiveram que deixar o Brasil. Mortos ou vivos. Dos vivos, alguns regressaram.
O Brasil grande do atual presidente contaminou expressivamente o povo com o verme da arrogância fascista. Como o verme que os soviéticos de então inocularam nos povos ocupados, como lembra C. Virgil Gheorghiu em “A 25ª hora”. O fascista não quer construir, mas destruir o que o rodeia, não vá a vizinhança contaminar o povo com exigências, protestos e civismo. À mímima ameaça dessa “contaminação” o Departamento de Imprensa e Propaganda, imediatamente providenciará novo picadeiro ou um inimigo externo.
Sponholz
Preste atenção, único leitor, aos discursos do atual presidente: discursos desagregadores, ressentidos e rançosos. Como são desagregadores, ressentidos e rançosos os “esquerdeiros” e os sintomáticos de complexo de inferioridade. Desde o presidente que culpa brancos de olhos azuis pela crise económica, até o torcedor que ao invés de torcer pela seleção de futebol torce contra as seleções adversárias. Olhe em volta, ou melhor, leia em volta, caríssimo leitor.  Piadas inocentes, dirá. Claro, exatamente a mesma inocência do “sifu” presidencial.
Não é só o Zé Povinho que ecoa o “nunca antes neste país”. Veja este exemplo:

Dunga em "Um dia de fúria"

O que realmente aconteceu na coletiva de imprensa com o técnico Dunga e a Rede Globo. Tudo o que a TV não mostrou.




Criação de @Pablo_Peixoto a partir de uma idéia de @alexpopst

sábado, 26 de junho de 2010

Imagens de Massamá - junho de 2010

Um dia destes, peguei a câmera fotográfica e saí fotografando Massamá.
Além dos dados históricos acessíveis aqui, também no dia 20 de abril escrevi no blogue as minhas primeiras impressões
Mas voltando às fotos - que já coloquei nos meus álbuns do Orkut e Facebook -, então, com elas fiz o clipe que está aqui embaixo. As fotos podem não valer tostões (ou cêntimos), mas a canção de fundo, na voz de Mariza, vale! Com certeza! 


sexta-feira, 25 de junho de 2010

As seleções portuguesa e brasileira seguem em frente!

Fui assistir ao jogo na daughter's place. Quando caminhava até lá, tive que me beliscar para ter a certeza que estava, sim, em Portugal, quer dizer, na freguesia de Massamá, Concelho de Sintra, pois via mais bandeiras, bandeirolas e camisetas/camisolas brasileiras...
As seleções empataram zero a zero.
A seleção portuguesa deveria (poderia) ter se empenhado bem mais, para assegurar o primeiro lugar do grupo. Porque jogaria contra seleções, teoricamente, mais fracas. O segundo do grupo, Portugal, irá jogar contra a Espanha, muito provavelmente. Aguardemos os resultados de Espanha/Chile e Suiça/Honduras...
Bom, como o resultado foi "frustrante" para os torcedores portugueses e brasileiros, quando voltava da daughter's place, não vi mais as bandeiras, bandeirolas e camisetas/camisolas...
Se a seleção brasileira tivesse ganho o jogo, com certeza que estaria ouvindo até agora cornetas, buzinas e as terríveis vuvuzelas... podes crer! Ainda bem que não ganhou, well...
Ah, outra coisa, parece que o Dia sem Globo, foi um fiasco. Uma vergonha nacional, isso sim.
Em tempo:
Espanha, 2 X Chile, 1
Suiça, 0 X Honduras, 1

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dia sem Globo - Deviam ser todos os dias!


Pois é, os dias "sem Globo" deviam ser todos os dias!
Enfim, mais um daqueles protestos momentâneos e fugazes. Se o objetivo é correto, na minha opinião, a causa, ora, a causa é brincadeira emotiva

Credores querem parte de indenização da Varig (Valor Econômico)

Do AeroClipping, 5ª-feira - 24 de junho de 2010 - ano VIII - nº 117
Valor Econômico
Credores querem parte de indenização da Varig 
Companhia tenta no STF cobrar prejuízos com congelamento
Zínia Baeta, de São Paulo 
24/06/2010
A indefinição jurídica da antiga Varig - atual Flex - tem levado advogados de trabalhadores e a própria União a buscar alternativas para garantir o que têm a receber, antes de uma possível falência da companhia. A esperança e a estratégia dos credores estão focadas numa possível vitória da Varig no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da ação judicial pela qual busca uma indenização da União estimada em alguns bilhões.
A empresa cobra da União os prejuízos que teria sofrido em razão do congelamento das tarifas aéreas, entre 1985 e 1991, determinado pelo Plano Cruzado. O processo chegou ao Supremo no fim de 2007, mas ainda não foi julgado. Apesar disso, já contabiliza 35 penhoras no rosto dos autos. O que significa que esses credores pediram a reserva do dinheiro - caso a Varig ganhe a ação - a que têm direito. A medida pode ser usada quando o credor tem reconhecido, por decisão judicial irrecorrível, o seu direito. Nesse caso, se a Varig ganhar a indenização, quem já fez o pedido de penhora terá prioridade para receber. A preferência só deixa de existir se a Varig falir. Nesse caso, passam a valer as regras de prioridade da legislação falimentar - com os trabalhadores em primeiro lugar (até 150 salários mínimos), seguido por aqueles que têm a chamada garantia real (normalmente os bancos) e por último os credores quirografários (fornecedores).
Das solicitações, 29 são de trabalhadores que já ganharam ações contra a Varig na Justiça do Trabalho, principalmente de São Paulo e Distrito Federal. As demais são da União e de Fazendas estaduais. Um dos primeiros pedidos ocorreu em 2008, efetuado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pelo instrumento, o INSS tenta assegurar prioridade no pagamento de aproximadamente R$ 52 milhões conferidos por uma ação de execução fiscal contra a empresa - segundo informação do andamento processual fornecida pelo site do Supremo.
"A penhora no rosto dos autos é uma forma de carimbar o dinheiro", afirma o advogado Carlos Duque Estrada que já obteve a penhora para 28 ex-trabalhadores da companhia que têm decisões já encerradas na Justiça do Trabalho. Duque afirma que possui pedidos que variam de R$ 30 mil a R$ 400 mil e totalizam R$ 500 milhões. Segundo o advogado, a dívida trabalhista total da antiga Varig corresponderia a cerca de R$ 1,5 bilhão. "Se não fizermos isso, o trabalhador vai ficar sem receber novamente", afirma.
O advogado responsável pelo processo da antiga Varig no Supremo, Arnoldo Wald Filho, do escritório Wald Associados, afirma que ainda não há previsão de julgamento. Mas que isso pode acontecer no segundo semestre. Segundo ele, no caso de uma vitória, esse seria o ativo mais importante da companhia aérea. No ano passado, foram realizadas algumas tentativas de acordo entre a União, representada pela Advocacia-Geral da União (AGU), e a Varig que não tiveram sucesso. Em razão dessa negociação, o andamento do processo ficou suspenso entre março e setembro do ano passado. Com o revés nas tentativas, os credores esperam que a relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, não demore mais para levar o seu voto ao Plenário da Corte. A possível indenização que a companhia receberia está estimada entre R$ 3 bilhões (valor inicial) e R$ 5 bilhões.


Contexto

A antiga Varig (atual Flex) entrou em recuperação judicial em 2005. Saiu do procedimento em setembro do ano passado por determinação da Justiça Estadual do Rio de Janeiro. Apesar disso, hoje o termo mais utilizado pelo mercado para definir a situação da Varig é o "limbo". Isso porque, apesar de ter saído do procedimento, a empresa não está cumprindo os pagamentos estipulados pelo plano. Mas os credores, que poderiam pedir a falência da companhia, segundo advogados da área, não têm interesse em tomar esse caminho em razão do processo de indenização em favor da empresa que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Se a falência for decretada antes de uma decisão da Corte, aqueles credores, principalmente os fornecedores, que estão nos últimos lugares da ordem de pagamento da Lei de Falências não teriam chances de receber. Fora da falência, qualquer credor pode cobrar a empresa e receber o valor, desde que encontre alguma fonte de pagamento. Mas, como o único possível ativo da empresa seria a indenização a ser recebida da União, o foco de muitos credores está nesse processo. Atualmente, há recursos de três fornecedores da companhia aérea no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) contra o encerramento da recuperação, que aguardam julgamento.

Viva o Real!


O Brasil deveria ter hoje 16,2 bilhões de moedas em circulação. É um número quase equivalente ao de todas as latas de alumínio para bebidas produzidas no país no ano passado.
Ao contrário das latas, devidamente manuseadas e consumidas, o Banco Central estima que cerca da metade dessas 16,2 bilhões de moedas esteja fora de circulação. Elas acabam entesouradas em casas, carros, gavetas de escritório ou simplesmente perdidas por aí.
O BC calcula que se apenas 5% dessas cerca de 8 bilhões de moedas fora de circulação voltassem à praça, o país poderia economizar R$ 85 milhões ao longo dos anos. Isso porque é necessária uma reposição sistemática das redondinhas em função da escassez que o entesouramento provoca.
No ano passado, o país teve de fabricar 2 milhões de moedas de diferentes valores, a um custo médio de R$ 0,21 por unidade. Em 2008, 1,3 milhão.
Pesquisa disponível no Banco Central revela que 25% da população guarda moedas em algum lugar em vez de mantê-las nos bolsos e gastar no dia a dia. Entre os comerciantes entrevistados, apenas 43% disseram que fregueses usam moedas para facilitar o troco.
Embora pesadinhas e brilhantes, o valor total em reais das moedas no Brasil equivale a só 3% do total de reais em circulação. Isso desestimula o próprio setor bancário a manusear, armazenar, contar e recolocar moedas no mercado, segundo o BC.
Em países avançados, é comum ver nos bancos máquinas automáticas que contam moedas levadas pelos clientes (principalmente crianças). Elas geram um recibo com o valor contado que depois é trocado por cédulas nos caixas.
No Brasil, a cultura inflacionária do passado talvez seja responsável pelo descaso com as moedas, apesar das permanentes campanhas do Banco Central para estimular seu uso. Até a estabilização trazida pelo Plano Real, moedas não passavam de estorvos.
Mas isso é passado.
No dia 1º de julho, o real faz 16 anos. Comemoremos gastando!
Fernando Canzian
Fonte: Folha Online, 23 de junho de 2010. Na base de dados do site www.endividado.com.br

Protesto dos bombeiros e policiais militares no Rio de Janeiro

HOJE POLICIAIS CIVIS, BOMBEIROS MILITARES E POLICIAIS MILITARES PROTESTAM  NOVAMENTE NO RIO DE JANEIRO.

Cumprindo a promessa de realizarem um protesto a cada 15 dias, Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis protestarão no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira.
Terceira Carreata PEC 300 Rio percorrerá todo o Centro do Rio, com concentração às 15:00 horas, em frente ao jornal O Globo, na Rua Irineu Marinho. Certamente, o aumento de 80% concedido por Sérgio Cabral apenas aos Delegados de Polícia será um dos principais temas.
Eu participarei novamente.
Todos estão convidados para esta festa cívico-democrática.
A Quarta Carreata deverá sair do Centro para a Zonal Sul. A ideia é levar as carreatas para as Zonas Norte, Oeste, Baixada Fluminense e Niterói.
O Rio assistirá ao nosso protesto.


JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

[O Dia online] Aposentados terão dois meses de alívio no bolso

Em agosto, a Previdência Social vai pagar os atrasados devidos pela revisão do aumento de 6,14% para 7,72%. Em setembro, a metade do 13º já vem com o reajuste maior

Rio - Aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo não contavam que iriam embolsar um dinheiro imprevisto por dois meses seguidos. Em agosto e setembro, os segurados vão engordar seus ganhos com o reajuste de 7,72%. Além dos seis meses em atrasados devidos — que serão depositados com os vencimentos de julho pagos no mês de agosto —, terão a primeira metade do 13º salário, em seguida. A antecipação do abono natalino sai na folha de agosto, creditada em setembro, com o ganho já incorporado aos benefícios.

O dinheiro a mais vai somar de R$ 286,10 para quem passou de R$ 481, em dezembro do ano passado, para R$ 518,13, em julho, de acordo com previsão de pagamento anunciada pelo governo. São R$ 240,50 decorrentes da antecipação de metade do 13º salário, mais R$ 45,60 em atrasados devidos pela diferença mensal de R$ 7,60.
Os que ganham o teto previdenciário — que em dezembro era de R$ 3.218,90 e chegará a R$ 3.467,40 em julho, com a aplicação dos 7,72% em lugar dos 6,14% — poderão receber até R$ 1.914,60 nos dois meses de contracheque mais gordo. Serão R$ 1.609,45 de antecipação do abono de Natal, mais R$ 305,15 em atrasados sobre R$ 50,86 a mais a cada mês, pagos em relação ao período devido, de janeiro a junho.

GRANDE AJUDA
Para o aposentado Aprígio de Jesus Matheus, 69 anos, que ainda se vê obrigado a trabalhar como caseiro, sem carteira assinada, o dinheiro vai ajudar bastante. Como a renda do benefício não é suficiente, ele mora no sítio em que trabalha, em Austin, na Baixada Fluminense, e não paga o aluguel.
“Fico feliz por saber que vai entrar um dinheiro a mais dois meses seguidos. Confesso que nem sei o que vou fazer, mas é uma grana que dá para quebrar o galho. Dá para melhorar um pouco a situação”, diz, animado, apesar de não ter feito as contas.

Déficit será menor este ano
O Ministério da Previdência divulgou ontem os resultados dos pagamentos dos benefícios. Segundo o ministro Carlos Eduardo Gabas, a diferença entre a receita e as despesas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) de janeiro a maio atingiu R$ 20,075 bilhões, 5,4% maior do que no mesmo período do ano passado. Para Gabas, o impacto maior se deve ao ganho real do salário mínimo. Até o fim do ano, segundo as contas do governo, a diferença chegará a R$ 45 bilhões ou R$ 47 bilhões, menor que a previsão de R$ 50 bilhões.

Ganho real crescerá em 2011
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2011, em discussão no Congresso, que estende aos aposentados do INSS o mesmo reajuste real concedido ao salário mínimo. A proposta é similar à do relator do projeto da LDO, senador Tião Viana (PT-AC), que incluiu artigo determinando que o salário mínimo receba em 2011, além da inflação, aumento real equivalente à média do crescimento da economia em 2008 e 2009: reajuste real de pelo menos 2,4%, fora a inflação de 5%.