Nuno Aguiar
Apenas pela segunda vez desde
1999, Portugal registou um saldo externo positivo no primeiro trimestre de
2013. Segundo o INE, a diferença entre as saídas e as entradas de bens e
serviços foi o principal responsável por esta evolução.
Segundo os dados publicados
sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa
registou uma capacidade de financiamento positiva de 1,2% do Produto Interno
Bruto (PIB), "acentuando a evolução positiva iniciada no trimestre
anterior, em que a economia portuguesa registou pela primeira vez um saldo
positivo (0,3% em 2012)".
O INE explica que esta
evolução se deveu "em larga medida, à melhoria do Saldo Externo de Bens e
Serviços e do Saldo dos Rendimentos Primários. "O saldo positivo da conta
externa de bens e serviços foi sobretudo determinado pela diminuição de 1,7%
das importações no ano acabado no 1º trimestre de 2013."
Este excedente externo é
alcançado apesar de o défice da Administração Pública ter aumentado de 6,4% em
2012 para 7,1% no primeiro trimestre de 2013. Os restantes sectores - famílias,
empresas e bancos - registaram uma capacidade de financiamento conjunta de
8,3%, o que resulta num saldo positivo de 1,2% para a totalidade da economia
portuguesa.
A diminuição da necessidade de
financiamento da economia tem sido apontada como uma consequência positiva do
programa de ajustamento, embora alguns economistas duvidem da sua
sustentabilidade, por ser demasiado dependente da queda das importações.
(…)
Título, Imagem e Texto: Nuno Aguiar, Jornal de Negócios, 28-06-2013
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