quarta-feira, 6 de maio de 2015

Se não pode dizer, então, não dissesse nada

Rui A.
Eis uma técnica muito comum em Portugal: insinuar coisas tremendas sem as esclarecer minimamente, alegando impossibilidade de as contar. Habitualmente trata-se de uma forma de deixar alguém à rasca, mantendo o «denunciante» cara de boa pessoa e de gente séria. Com a vantagem, para o autor do malabarismo, de não ser responsável por nada do que disse, embora tenha insinuado, nem poder ser obrigado a fazer prova ou demonstração seja do que for, por que, na verdade, não disse coisa nenhuma.

Essa foi a técnica de emporcalhamento indiscriminado utilizada por Cândida Almeida [foto], para «denunciar» a suposta benevolência utilizada no tratamento processual de Dias Loureiro, no caso BPN e, no meio disso, justificar a sua inépcia.

Não sei se assim foi ou não foi, nem conheço nenhum dos protagonistas em causa para sugerir o que quer que seja. Todavia, já que está com o assunto nas mãos, Cândida de Almeida poderia aproveitar para também não explicar porque não andou nenhum dos processos que envolviam gente da política e que lhe passaram pelas mãos. Porque não foi somente o processo relativo ao envolvimento de Dias Loureiro no BPN que conheceu, nesse tempo, o fundo das gavetas do Ministério Público. Longe disso. Se a distinta magistrada se dispusesse a falar, certamente teria muito para contar. Mas não pode... 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 6-5-2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-