terça-feira, 24 de outubro de 2017

Islamismo e fascismo...

O grande mufti e Hitler se uniam contra os seus inimigos comuns, os judeus e os britânicos. Ainda hoje, estas duas ideologias convergem.

Éric Brunet 

Foto: Keystone/Getty Images
O fascismo e o islamismo já se cruzaram na História. Recordem o grande Mufti de Jerusalém, Haj Mohammad Amin al-Husseini (1895-1974). Esta grande autoridade da religião muçulmana não hesitou em estabelecer uma aliança sólida e perene com Adolf Hitler. À origem, o grande Mufti tinha os mesmos inimigos que o Führer: os judeus e os britânicos. Desde o ano da ascensão de Hitler ao poder, os dois homens tinham começado a se corresponder. Em 28 de novembro de 1941, Hitler convidou al-Husseini para vir a Berlim. O chefe do IIIº Reich assumiu compromissos oficiais perante o seu convidado: depois da sua (dele, Hitler) vitória sobre o Reino Unido e a URSS, a Alemanha visaria a destruição dos judeus residentes na “esfera árabe sob proteção britânica” e caberia a al-Husseini deslanchar “operações árabes que ele terá secretamente preparadas”. A transcrição de este encontro é conhecida dos historiadores. (Aqui,em inglês).

Al-Husseini admirava também Estaline. Coisa estranha, bem depois da guerra, os dirigentes da Autoridade Palestina ainda admiravam o grande Mufti de Jerusalém... Em 27 de junho de 2017, em um leilão, seis fotografias mostrando o grande Mufti al-Husseini visitando um campo na Alemanha nazista, em 1943, foram vendidas por 12 300 dólares.

Há alguns anos, o canal de TV Arte difundiu um documentário fascinante sobre este tema: A Cruz gamada e o Turbante, a tentação nazi do grande Mufti (Turban und Hakenkreuz, der Großmufti und die Nazis).

Como não evocar a 13ª da Waffen-SS Handschar, composta de muçulmanos bósnios. Para justificar a criação desta divisão, em contradição às teorias raciais du Reich, Heinrich Himmler pretendia que os muçulmanos bósnios estavam na origem dos Godos [imagem], portanto, dos Arianos. A propaganda alemã criou nesta ocasião o termo “germano-muçulmano”. Os SS da divisão Handschar portavam um fez muçulmano, ornamentado de uma caveira, tradicional emblema das SS. No colarinho da camisa, a Sieg Rune foi substituída por uma cimitarra e uma cruz gamada. Mais de dois milhões de Reichmarcos serão destinados à campanha de recrutamento; 26 000 homens serão recrutados para esta divisão. Nenhum recrutamento forçado foi constatado, de acordo com os arquivos militares alemães.

Em 2017, ainda existem elementos de convergência entre o fascismo e o islamismo? Sim, responde Hamed Abdel-Samad, livre-pensador germano-egípcio vivendo sob proteção policial, que publica O Fascismo islâmico, pela editora Grasset.

Sim, responde também Zineb El Rhazoui, jornalista franco-marroquina e militante feminista ameaçada com várias fatwas. Zineb estava de folga em 7 de janeiro de 2015, dia em que os seus colegas de Charlie Hebdo tombaram sob as balas dos irmãos Kouachi. Ela é atualmente uma das mulheres mais protegidas em França. Publicou Destruir o fascismo islâmico (Ring) a fim de denunciar os islamitas, claro, mas também os “colaboracionistas” franceses. Essas boas consciências que perseguem a islamofobia. Ela diz: “Aqueles que têm proposições consideradas como ‘islamofóbicas’ na Europa seriam colocados em prisões no mundo muçulmano, açoitados, agredidos ou assassinados. O último assassinato tem menos de um mês, foi o do escritor jordaniano Nahed Hattar, que foi morto quando se dirigia ao tribunal para responder a processo por ‘insulto’ ao islão. No mundo muçulmano, os islamitas dispõem de meios legais para calar todos os que criticam a ideologia deles. Na Europa, eles não têm esses meios e não podem nos meter na prisão. Eles podem ou nos matar, como fizeram com a redação de Charlie Hebdo. Ou então, se eles não quiserem optar pela via terrorista, o único meio que lhes sobra é o de recorrer ao ardil semântico que é a islamofobia. Criticar a ideologia deles, é ser racista, pois que a ideologia seria inerente à sua raça”...

Zineb tem razão: as boas consciências que repetem exaustivamente que a islamofobia é um crime racista são idiotas úteis ao serviço de islamitas extremistas.
Título e Texto: Éric Brunet, Valeurs Actuelles, nº 4219, de 5 a 11 de outubro de 2017

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