quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Seguradoras de veículos começam a recusar contratos devido a aumento de roubos

Algumas empresas não atuam em pelo menos cinco bairros: Cavalcanti, Manguinhos, Sampaio, Pavuna e Rocha Miranda

ISP: só em agosto houve um aumento de 51,6% de roubos de carros, em comparação com o mesmo mês de 2016. Foto: Reprodução
 
Dayana Resende e Ludmilla de Lima

RIO — A explosão no número de veículos roubados este ano no estado — só em agosto houve um aumento de 51,6%, em comparação com o mesmo mês de 2016, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP) — está levando seguradoras a recusar clientes ou aumentar consideravelmente o valor do contrato, a ponto de o proprietário do automóvel desistir de fechar negócio. De acordo com o diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Julio Cesar Rosa, companhias do setor deixaram de trabalhar com pelo menos cinco bairros do Rio: Cavalcanti, Manguinhos, Sampaio, Pavuna e Rocha Miranda. E a negativa para novos contratos se estende a várias localidades da Região Metropolitana que ficam próximas a favelas.

O diretor-executivo da FenSeg também informa que as e mpresas passaram a considerar um outro dado na hora de calcular o preço da apólice: além do endereço da residência ou do trabalho, agora avaliam os caminhos mais percorridos pelo motorista. Dependendo do trajeto, a conta pode subir 15%. Ou seja, morar em área nobre não é garantia de contrato fechado. Se, por exemplo, o interessado vive no Leblon e costuma ir todos os dias de carro para a região do Méier, o percurso pode encarecer muito o seguro, por cruzar áreas com grande ocorrência de assaltos.

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