"La Brute", de Guy des Cars, li-o pela primeira vez por volta de 1970/71... Causou-me uma viva impressão.
Foi escrito entre Londres e Paris, de 1948 a 1951. A edição que acabo de reler é de 1969.
A segunda vez que o reli foi em setembro de 1981, em casa dos meus pais, então vivendo na Madalena, Vila Nova de Gaia. Curiosamente, foi o último mês do baseamento em Lisboa...
Agora, 30 anos depois, reli-o. E continuo julgando-o um grande romance. Mais ainda para quem gosta de ver/ouvir arrazoados em cortes criminais. (Há 45 anos namorei a ideia de vir a ser um... advogado, well...)
E do que trata "La Brute"? Seguinte: um senhor, francês, de 27 anos cego-surdo-mudo de nascença é acusado de matar um cara, filho de um senador norte-americano, a bordo do navio De Grasse... Um advogado, há 45 anos, daqueles que ficam catando na "Correcional" avisos de "affaires retenues", tipo aquele mendigo bebão que fez "eme"... um dia é chamado pelo presidente do Tribunal Criminal para defender ex officio Jacques Vauthier, o "bruto". Então, o interessante é que é durante a argumentação da Defesa que se vai desenrolando e esclarecendo as causas e o nome do culpado...
Se quiser consultar o conceito (en français) de "retenue"
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