Cristina Miranda
O pão vai subir cerca de 20% já no início do próximo
ano e outros bens lhe seguirão. Surpreendido com isto só fica quem andou a
dormir este tempo todo e acordou só agora com a realidade a entrar pelos olhos
adentro. Disse-o tantas e tantas vezes que os aumentos e criação de impostos indiretos
iria custar caro ao orçamento de cada português. E o resultado já começou
a sentir-se volvidos dois anos de governação irresponsável e
incompetente: os bens de primeira necessidade vão estar pela hora da
morte. Mas aguentem-se firmes que não vamos ficar por aqui.
Estes senhores ilusionistas
andaram a distribuir o que não tínhamos: dinheiro. Sempre a pedir emprestado,
foram engordando a dívida pública – que NUNCA parou de subir desde 2015 – sem qualquer
reforma estrutural para corrigir o défice. De forma escamoteada em cativações, foram enganando os cidadãos com falsas
melhorias que não eram senão maroscas de encobrimento das contas públicas.
Resultado: carregar fortemente nos impostos – tivemos o maior aumento de sempre de impostos – ,
fazendo sair dos bolsos dos contribuintes, para “compensar” as
migalhas que fazem entrar. Na balança o saldo é obviamente
negativo. Porquê? Simplesmente porque sai muito mais por via dos
impostos do que entra por via dos benefícios. Em suma, levam-nos o
porco em troca de uma chouriça. E a miséria aumenta.
A isto junta-se a
irresponsabilidade que vamos pagar bem caro com as despesas dos gabinetes e viagens a baterem recordes, com aumentos salariais escandalosos na CML e até deputados assessores de si próprios, aviando-se dos impostos dos
portugueses de forma descarada pouco se importando do sofrimento de algumas
famílias para os pagar. E enquanto andam refastelados com o
suor do nosso trabalho, deixam aumentar os casos de fome de pessoas assistidas por Instituições de Solidariedade. Mas que gente é esta?
Ora não tendo o governo feito
absolutamente nada para sustentar a grande despesa que prevê fazer neste
OE2018, pergunto a que preço vamos pagar todos estes pseudobenefícios? Com a
mesma fórmula de sempre: dar 10 e OBRIGAR TODOS a pagar 100. Já com o aumento dos combustíveis que foi o maior em 16 anos,
chegamos ao ponto de ver todos os bens de primeira necessidade subir
drasticamente, mas não vai chegar. Só restará mesmo esse caminho. Aumentar mais
impostos. E o próximo será inevitavelmente o IVA como fez Sócrates que o passou
de 20 para 23%. Lembram-se?
A CE já demonstrou que não
anda a gostar desta gestão “ao contrário” levando-a a fazer avisos que ainda caiem em saco roto porqute a
ganância é mais forte que o sentido do dever. Isto porque estes artistas
(sim, são meros atores) esão convictos que conseguirão enganar a UE até ao final
do mandato. Depois? Bem depois, quem vier por último que feche a porta. Nada de
novo.
O problema é que todas estas
políticas de descontrolo financeiro vão doer naqueles do costume que tal como
os prisioneiros, terão de aguentar a pena custe o que custar. E pior ainda,
verão essa pena agravar-se com o afastamento dos grandes investidores por
sermos um país que aumenta mais impostos a quem investe e cria postos de trabalho.
Sem falar da novela protagonizada pelo PCP com a AutoEuropa que é seguida
mundialmente e nos fragiliza do ponto de vista económico. Ora, quando
todo o capitalista der à sola daqui podem sempre juntar-se ao Maduro no seu
pedido desesperado por atrair quem invista na Venezuela saqueada por ele
próprio, certo?
Ter paz podre, equilíbrio
financeiro fictício, aumento de benesses sociais acompanhadas de uma carga
fiscal medonha, não representa melhoria de coisa alguma. Demonstra apenas que
se gasta o que não se tem, se promete o que não se pode dar e depois esconde-se
a realidade para prolongar a mentira até ao próximo mandato com a ajuda
caladinha dos radicais de esquerda que nunca comeram tantos sapos para
sobreviver mais um dia no poder.
Os portugueses que se lixem.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 3-12-2017
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