quarta-feira, 20 de março de 2013

Rescisão amigável? Os sindicatos são contra!

O governo propõe rescisões amigáveis aos funcionários públicos, isto é, quem quiser sair receberá um dinheirinho a mais. Pode ser uma oportunidade.
Eu vivi durante muitos anos no Brasil. Lá, rescisão amigável quer dizer rescisão voluntária. Eu mesmo fui “produto” de algo semelhante: fui convidado a me aposentar três anos antes do previsto. Aceitei, porque me convinha – e porque senti, naquele momento, que aquela empresa não era mais a minha, e aqueles colegas não eram mais o meu grupo.
Em Portugal, os sindicatos são contra as rescisões amigáveis. E o PCP acusa o governo de tantas coisas que, realmente, é um perigo viver em Portugal! Mais vale viver em Cuba ou na Coreia do Norte, por exemplo. Dois países onde os funcionários públicos não são convidados a rescindir amigavelmente. São demitidos. Ou fusilados!
Ah, outra coisa: os mesmos que vivem repetindo o mantra que o governo não corta nas despesas, não corta nas gorduras, não corta… são exatamente os mesmíssimos que se apressam a criticar o governo quando este tenta, eu disse, tenta, reduzir despesa.
E as televisões (é!, ainda continuo, não todos os dias, a assistir aos telejornais) correm para entrevistar qualquer um que saia à rua para protestar contra o corte, ou o que eles dizem ser, nos seus bolsos. Há pouco, vi uns militares (estavam mais para ex) reclamar dos cortes e, pateticamente, afirmarem que a soberania nacional estava em causa. Sabem eles, a repórter que os instigava e os bem-intencionados telespectadores o que é, na verdade, soberania nacional? Creio que não. A intenção é aparecer. E aparecem, muito!

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