Nuno Carregueiro
Os indicadores do Banco de Portugal para medir a actividade económica
e o consumo privado continuam a dar
sinais de melhoria, embora permaneçam em terreno negativo.
Os indicadores de conjuntura
hoje divulgados pelo Banco de Portugal apontam para uma recuperação da economia
portuguesa no início de 2013, com a actividade económica e o consumo privado a
caírem de forma menos intensa.
O indicador coincidente mensal
para a evolução homóloga tendencial da actividade económica registou uma quebra
homóloga de 1,4% em Fevereiro, o que representa a descida menos intensa desde
Junho de 2011. E compara com a descida de 1,5% de Janeiro.
Este indicador está a registar
quedas mensais menos intensas desde Janeiro do ano passado, mês em que desceu
3,7% em termos homólogos.
Já o indicador coincidente
mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado desceu 3,8% em
Fevereiro, bem menos que a queda de 4,2% sentida em Janeiro.
A partir de Agosto do ano
passado a queda no indicador passou a ser inferior a 3% e em Novembro abaixo de
2%.
Já o indicador coincidente
mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado desceu 3,8% em
Fevereiro, bem menos que a queda de 4,2% sentida em Janeiro. No caso do consumo
privado a descida foi a menos intensa desde Julho de 2011.
O Banco de Portugal indica que
no trimestre terminado em Janeiro de 2013, o índice de volume de negócios no
comércio a retalho, divulgado pelo INE, diminuiu 6,3% em termos reais, após uma
quebra de 6,8% no quarto trimestre de 2012. Também as vendas de automóveis
desceram de forma mais ténue em Fevereiro, depois da queda de 30,3% no quarto
trimestre de 2012.
Estes dados hoje revelados
pelo Banco de Portugal sugerem que a economia portuguesa estará a recuperar nos
primeiros meses deste ano, depois de no quarto trimestre a recessão se ter
aprofundado.
O PIB português caiu 3,8% nos
últimos três meses de 2012, face ao mesmo período do ano anterior, sendo que no
acumulado do ano a queda da economia foi de 3,2%.
As previsões do Governo
apontam para que 2013 seja o terceiro ano consecutivo de recessão em Portugal,
estimando uma contracção do PIB de 2,3%.
Título e Texto: Nuno Carregueiro, Jornal de Negócios, 22-03-2013, 13h15
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