Mais uma vez algumas regiões
do Brasil, notadamente o Estado do Rio de Janeiro, são brutalmente atingidas
por violentos atos da natureza, com a destruição de casas e de alguns
estabelecimentos comerciais e de pesados danos pessoais a famílias inteiras.
A morte de pessoas não é
novidade. Sempre há os que soçobram, alguns simplesmente desaparecendo, outros
sendo levados pela água para locais absolutamente inesperados.
Estradas e pontes são
destruídas, sem mencionar casas e estabelecimentos comerciais.
A reação das autoridades
(quase seria de dizer “otoridades"...!) é sempre pungente: imediatamente
prometem toda a sorte de ajuda, fazem de conta que estão extremamente consternados!
E o que de fato acontece?
Absolutamente nada! As
promessas não passam disso: promessas.
Estamos no reino do
faz-de-conta.
Em certa parte da serra do Rio
de Janeiro, os governos locais se comprometeram a instalar sistemas de som que
seriam acionados sempre que houvesse o perigo de alguma catástrofe da natureza!
Na maioria dos municípios, a
promessa se transformou em... promessa! Nada foi feito.
E nos poucos casos em que o
município cumpriu com o prometido, não adiantou muito; poucas vidas foram
salvas, sendo os bens materiais totalmente perdidos.
Será que nada pode ser feito
para evitar essas catástrofes?
Em princípio pode-se afirmar
que contra atos da natureza, especialmente os totalmente inusitados, nada pode
ser feito.
Temos o exemplo da cidade de
Nova Orleans, a maior cidade do estado de Louisiana, nos EUA, que foi
brutalmente danificada, virtualmente destruída em agosto de 2005 por um furacão
(batizado de Katrina) completamente inusitado e, por isso, inesperado. Causou a
morte de 1.800 pessoas.
Pelo que li, existe uma ameaça
de um novo furacão se abater sobre a cidade.
E, penso, não há muito que
possa ser feito para evitar os estragos de um furacão, qualquer furacão dessa
magnitude, ainda mais em uma cidade absolutamente plana, o que não é o caso das
cidades na serra do Rio de Janeiro.
As famosas (para mim,
tristemente famosas) favelas do Rio de Janeiro também são extremamente frágeis
no que se refere a suportar catástrofes da natureza; felizmente, tais
catástrofes acontecem muito raramente, o que leva a que cada vez mais se construam
favelas nos morros.
Mas na serra carioca é mais do
que sabido que esses fenômenos são repetitivos; logo, as autoridades têm
absoluta obrigação de evitar quaisquer construções em zonas de perigo.
E é exatamente isso que não
é feito!
De nada adiantam as visitas de
Presidentes da República, Ministros, Governador, etc., a essas áreas, fazendo
promessas de ajuda. Sequer têm qualquer efeito moral, pois se sabe que nada
acontecerá (corrijo: a única coisa que acontecerá é que não haverá ajuda
efetiva; só haverá palavras e frases de efeito na hora, nada mais!).
Para finalizar, mudo de assunto!
Não posso deixar de lamentar
(mais uma vez!) não só a troca contínua de ministros pela Presidente Sra.
Rousseff como a enorme quantidade deles (39!),
resultado do fato de termos incontáveis (repito, incontáveis) partidos
políticos sem qualquer expressão.
Esses partidos somente existem
porque são sustentados pelo dinheiro, por nosso dinheiro.
Com toda a certeza, a
proclamada Constituição Coragem (como a batizou o Dep. Ulysses Guimarães em sua
proclamação em 05 de outubro de 1988), ou também Constituição Cidadã, jamais o
foi.
Permitiu, e continua
permitindo, a existência desses absurdos (quase permitindo que se diga a
existência de partidos do eu sozinho).
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre, 20 de março de 2013
Relacionado:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-