Washington afirma que as novas sanções da ONU visam diplomatas
norte-coreanos
Francisco Vianna
A agência Reuters informa que
as novas sanções do Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU), acordadas entre
Washington e Pequim, visam por cobro às atividades ilícitas de diplomatas
norte-coreanos e as relações bancárias de Pyongyang, conforme explicou a enviada
americana Susan Rice, à ONU.
Depois de uma reunião a portas
fechadas do CS-ONU com representantes de 15 nações, a diplomata Rice, veio a
público, esclarecer que "pela primeira vez, a resolução da ONU é
direcionada às atividades ilícitas – lavagem de dinheiro e desvio de recursos
públicos para contas particulares de membros do corpo diplomático norte-coreano
– e as relações bancárias norte-coreanas de transferências ilegais de dinheiro
‘em espécie’". "A Coreia do Norte será submetida a algumas das
sanções mais duras impostas pelas Nações Unidas e a extensão e o alvo dessas
sanções são excepcionais e demonstram a força do compromisso da comunidade
internacional com a desnuclearização" da península coreana.
O embaixador chinês, Li Baodong,
disse à Reuters que o conselho reagiu de forma responsável ao terceiro teste
nuclear da Coreia do Norte, no mês passado. "A China apoia a ação do
CS-ONU, mas acha que essa ação deve ser proporcional, equilibrada e concentrada
em amenizar a tensão e se concentrar no caminho diplomático", disse Li.
"Um forte sinal deve ser enviado de que um teste nuclear vai contra o
desejo da comunidade internacional", acrescentou.
Os dois testes anteriores da
Coreia do Norte, em 2006 e 2009, fizeram com que o Conselho de Segurança
impusesse sanções que incluíam uma proibição sobre a importação de tecnologia
nuclear e de mísseis, um embargo de armas e uma proibição à importação de bens
de luxo.
COMENTÁRIO:
A atitude da Corea do Norte é
belicista em relação à comunidade internacional e em particular com relação à
sua vizinha Coreia do Sul. A dinastia Kim Jong, que controla com mão de ferro a
ditadura no país, terá que agir em conformidade com a ONU ou suportar o ônus da
sua conduta ameaçadora, num país que é submetido a alto grau de miserabilidade. É claro que isso não se aplica ao politburo socialista de Pyongyang, que
trata de acumular muito dinheiro proveniente do trabalho escravo de seu povo em
contas particulares espalhadas por diversos "paraísos" fiscais
espalhados pelo mundo. Mas isso não é apanágio apenas dos norte-coreanos, mas
de todos os regimes socialistas, principalmente dos que se escondem por trás de
uma aparência de democracia, como os da América Latina, como Brasil, Bolívia,
Venezuela, Argentina, Equador e outros. O que difere a Coreia do Norte das
demais nações de economia centralizada e estatal - e com regimes políticos de
graus variáveis de representatividade real - é a sua atitude belicista em
relação ao resto do mundo, como ocorre com o Irã, o que coloca tais países como
ameaças reais, principalmente por buscarem capacitação militar nuclear.
Título e Texto: Francisco Vianna, 18-03-2013
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