Hilda Bernadette convidou em sua página do Facebook:
Vou me dedicar ao meu segundo
romance. Alguém quer sugerir um nome?
E tudo começa assim:
"O dia está nebuloso. Era Inverno, no ano de 2011, dia 21 de Dezembro, o dia mais curto do ano, que insistia em não clarear. As nuvens escuras faziam o seu percurso em câmara lenta como se desejassem que o tempo não avançasse. Dava a impressão que também a natureza chorava a morte de Filipa.
O cemitério estava cheio de familiares e amigos. Todos choravam e despediam-se de Filipa mas, num canto, havia um homem moreno, alto, olheiras profundas, aspecto desleixado e com a barba por desfazer, vestido de negro com um semblante triste e carregado de ódio, que não chorava. Tinha na mão esquerda uma criança de nome Jorge, de pele morena e olhos castanhos-escuros, com quatro anos. Jorge olhava a mão do homem que o segurava e não sabia o que dizer. Também não chorava, mantinha-se sério, tentando entender o que aconteceu ao seu mundo de conto de fadas.
O homem vestido de negro tinha
um bebé de alguns dias no colo que dormia placidamente como se nada abalasse o
seu mundo. Olhou para o bebé como se fosse um objecto, estava indiferente
àquele ser que dormia. A criança não tinha nome e ele, nem queria pensar no
assunto.
No lado direito estava Jessica, uma jovem de treze anos. Jessica já tinha o corpo de mulher apesar da sua tenra idade. Era morena, olhos escuros e profundos, iguais ao da mãe, muito triste e as lágrimas não paravam de rolar na sua face. Chorava em silêncio!
Vítor, o marido, perdera a sua mulher e não perdoava Deus ou quem lá fosse, terem-lhe tirado a sua rainha. Filipa era a vida de Vítor. Partilharam dezassete anos juntos e tinham ainda tantos planos para realizar! Vítor estava agressivo com as pessoas que o tentavam consolar. “Como podem pedir para ter calma… não entendem a minha dor!”
No lado direito estava Jessica, uma jovem de treze anos. Jessica já tinha o corpo de mulher apesar da sua tenra idade. Era morena, olhos escuros e profundos, iguais ao da mãe, muito triste e as lágrimas não paravam de rolar na sua face. Chorava em silêncio!
Vítor, o marido, perdera a sua mulher e não perdoava Deus ou quem lá fosse, terem-lhe tirado a sua rainha. Filipa era a vida de Vítor. Partilharam dezassete anos juntos e tinham ainda tantos planos para realizar! Vítor estava agressivo com as pessoas que o tentavam consolar. “Como podem pedir para ter calma… não entendem a minha dor!”

O caixão, colocado em cima de
dois cavaletes, foi aberto. Houve um momento de intensa emoção e puro silêncio.
Vítor aproximou-se mas no caminho entregou o bebé que trazia consigo à amiga
Marta. Despediu-se de Filipa com um beijo na boca. Beijo esse, suave e
carinhoso, nesse momento, Vítor chorou. Não queria deixar partir a sua Rainha.
Entretanto Jessica e Jorge aproximaram-se. O ambiente era triste e melancólico!
Ninguém queria acreditar ou até mesmo aceitar o que tinha acontecido! Filipa
morrera três dias depois do nascimento do seu terceiro filho. Houve
complicações no parto. Vítor recordou o dia em que deram entrada na
maternidade, dia 17 de Dezembro. “...
Hilda Bernadette, no livro... sem título! ♥
Hilda Bernadette, no livro... sem título! ♥
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