A esquerda anda em alvoroço.
Na semana passada, decorreram duas conferências (uma nacional e outra
internacional) cujo propósito foi o de lançar as bases para uma nova esquerda –
leia-se uma esquerda onde caibam vários protagonistas e vários partidos. O que
significam estas movimentações? “É o começar de qualquer coisa”, disse um dos
intervenientes. Pois. Só falta descobrir o quê.
(…)
Há quem se tenha entusiasmado
com isto, sem entender que nada disto é novo e que disto nada de novo sairá.
Tudo isto é velho – como Soares. É velha a crença de que a esquerda manda no
regime. É velha a convicção de que só é legítimo o governo que a esquerda
aceitar. É velha a manipulação retórica das eleições (se a esquerda perde é
porque o povo se enganou). É velha a tentação de ser porta-voz da vontade do
povo, que só a esquerda conhece. E é velho o apelo à violência popular, que só
é legítima se alinhada com a esquerda. Achar que aqui está um novo futuro para
a esquerda é, forçosamente, uma ilusão.
(…)
Título e Texto: Alexandre Homem Cristo, O Insurgente, 03-06-2013
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