terça-feira, 4 de junho de 2013

A nova esquerda é igual à velha

Alexandre Homem Cristo
A esquerda anda em alvoroço. Na semana passada, decorreram duas conferências (uma nacional e outra internacional) cujo propósito foi o de lançar as bases para uma nova esquerda – leia-se uma esquerda onde caibam vários protagonistas e vários partidos. O que significam estas movimentações? “É o começar de qualquer coisa”, disse um dos intervenientes. Pois. Só falta descobrir o quê.
(…)
Há quem se tenha entusiasmado com isto, sem entender que nada disto é novo e que disto nada de novo sairá. Tudo isto é velho – como Soares. É velha a crença de que a esquerda manda no regime. É velha a convicção de que só é legítimo o governo que a esquerda aceitar. É velha a manipulação retórica das eleições (se a esquerda perde é porque o povo se enganou). É velha a tentação de ser porta-voz da vontade do povo, que só a esquerda conhece. E é velho o apelo à violência popular, que só é legítima se alinhada com a esquerda. Achar que aqui está um novo futuro para a esquerda é, forçosamente, uma ilusão.
(…)
Título e Texto: Alexandre Homem Cristo, O Insurgente, 03-06-2013

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