Impressionante a quantidade de
besteirol (e grosserias) que me chega ou leio no Facebook ou via blogues amigos,
sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, de 1990. De cidadãos portugueses!
Não é de hoje que existe essa ‘oposição’
ao AO. Tem blogues ou articulistas que fazem questão de ostentar a sua oposição
acrescentando no final do post ou do artigo “Este blogue (este autor) não
escreve ao abrigo do novo AO”. Grande EME!
É um tal de exclamar com ‘sincera’
indignação:
“Eu não vou escrever ‘brasileiro’”:
“Eu não vou escrever em ‘pretoguês”;
Etc…
Atenção! O Acordo foi assinado
em Lisboa há… 25 anos! Repito, há 25 anos! Foi assinado por representantes
políticos dos governos de então. Mas foi um trabalho de filólogos e gramáticos
lusófonos.
E Atenção 2! Certas
particularidades ortográficas nacionais, como o “facto”, em Portugal, foram consideradas
como exceções.
Hoje, de manhã, ouvi no rádio
de um carro que eu dirigia, que “… a fonética dos nacionais, etc…”. Puta que
pariu! O Acordo é ortográfico, não de pronúncia, não de sotaque. Não interfere
em regionalismos.
Os naturais do Porto,
Portugal, vão poder continuar pronunciando “uba” e “binho”…
Os naturais do Nordeste
brasileiro vão poder continuar exclamando “Oxente!”….
Os angolanos vão poder
continuar lamentando ter perdido o “maximbombo”; os brasileiros, o “ônibus”; os
portugueses, o “autocarro” ou a “camionete”.
Mas todos, eu disse, TODOS,
que escrevem em Português, sejam de Lisboa, do Porto, de Luanda, Brasília, São
Tomé e Príncipe… escreverão EXATAMENTE com a MESMA ORTOGRAFIA: uva, vinho, Ó
gente, maximbombo, autocarro, camionete…
A figura abaixo é muito triste, tal a idiotia:
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ResponderExcluirAposto um dos meus dedos mindinhos que os indignados e revoltados, tenham eles as habilitações acadêmicas que tiverem, NÃO LERAM o AO!
Vejam, por exemplo, a palavra ACADÊMICO, no Portal da Língua Portuguesa (Portugal):
ResponderExcluiradjetivo: acadêmico
adjetivo: académico
nome masculino: acadêmico
nome masculino : académico