Alberto Gonçalves
Na
minha ignorância, desconhecia que hordas de cristãos, ateus e animistas alemães
costumavam violar dezenas de concidadãs por recreação. E que recusar a
selvajaria à solta em certas sociedades é “racismo”
A fim de justificar o voto em
Marisa Matias (do Bloco de Esquerda), a jornalista do Público, Alexandra Lucas Coelho começa por louvar o empenho da
eurodeputada nas “relações com Síria, Líbano, Egipto e Jordânia” nos “direitos
dos refugiados” e no combate à “violência contra os territórios palestinianos
ocupados”. De seguida, destaca a “coragem pessoal” necessária para se ser
candidatar à presidência da República “num país machista como Portugal”. Nem
por um instante Alexandra Lucas Coelho repara no ligeiro absurdo que é resistir
ao “machismo” caseiro e deixar-se fascinar por outras culturas em que o mero
“machismo” seria um alívio para as mulheres. Por isso é que o feminismo anda
pelas ruas da amargura.
Em compensação, na passagem de
ano foi outra coisa a andar pelas ruas de diversas cidades europeias. As
primeiras notícias falavam em bandos de indivíduos que assaltaram, agrediram e
violaram as senhoras que lhes apareceram pela frente.
As segundas notícias, escassas
e tímidas, notavam que os indivíduos eram, na quase totalidade, de origem árabe
e, nalguns casos, asilados recentemente.
As terceiras notícias
transmitiam os conselhos da presidente da câmara de Colónia, onde os agressores
chegaram a mil e as agredidasa cento e tal: ou as fêmeas guardam um “braço de
distância” de possiveis atrevidotes ou não se venham queixar.
As últimas notícias davam
conta da posição(sem trocadilhos) de diversos movimentos feministas, os quais
naturalmente tomaram o partido dos violadores sob o pretexto de que estes, na
medida em que pertencem a uma “minoria”, já são discriminados o suficiente.
O estatuto minoritário desses
infelizes é apenas questão de tempo e demografia. Quanto à discriminação, não
percebi. Por sorte, uma feminista alemã explicou: as pessoas centram-se nos
(insignificantes) delitos cometidos por muçulmanos porque são racistas e
esquecem-se que os ocidentais também abusam das mulheres.
Na minha ignorância,
desconhecia que hordas de cristãos, ateus e animistas alemães costumavam violar
dezenas de concidadãs por recreação. E que recusar a selvajaria à solta em
certas sociedades é “racismo”. E que ocultar crimes é a melhor forma de
alcançar a harmonia.
De qualquer maneira, o
importante é que o feminismo militante se apressou a organizar manifestações.
Contra tarados? Era o que faltava: contra a “islamofobia”, o grande perigo
desta história. Pelos vistos, é possível que alguns europeus não apreciem o
estupro das respectivas esposas e desatem a adoptar atitudes fascistóides. Ou
no mínimo a suspeitar que quem embrulha a cônjugue em farrapos tende a
interpretar mal a liberdade da cônjugue alheia. Há biltres capazes de tudo. E
tudo depende de nós.
Por mim, logo que termine de
admirar a “coragem pessoal” da dona Marisa, que se arrisca a sofrer piropos e
horrores similares às mãos (salvo seja) do marialva lusitano, tenciono sair por
aí a berrar apelos à concórdia universal e ao extermínio do homem branco, razão
de todas as tragédias.
E a mulher branca não pense
que escapa: daqui a apedrejarmos as galdérias que atraem e transformam as
vítimas da “islamofobia” é um passo. Ou um braço.
Título e Texto: Alberto Gonçalves, Sábado,
nº 611, de 14 a 20 de janeiro de 2016
Digitação: JP
Detesto injustiças. Fico tranquilo
em constatar que a minha desconfiança tornada certeza de que as redações
portuguesas são de esquerda: comunistas, bloquistas e socialistas.
Essa senhora, a Alexandra,
‘correspondente’ no Brasil, a ´cataloguei’ em tempos idos como bloquista.
Acertei, em cheio!
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