domingo, 8 de maio de 2016

Marina Silva faz jogo de cena para não ser identificada como linha auxiliar do PT

Luciano Henrique

Se algum dia surgir um campeonato de sonsos, Marina Silva poderia disputá-lo, com boas chances de ganhar. Aliás, a expressão “se fingir de sonso” é errada, pois o sonso, em síntese, é um palerma fingido. São santos do pau oco. Nesta semana, Marina Silva expeliu novas desculpas esfarrapadas para ser a favor do golpe das “novas eleições”:

Ao ser questionada se a sua insistência na realização de novas eleições não estaria ligada ao fato de ser líder em algumas das pesquisas eleitorais, Marina Silva se defende: “Primeiro quero deixar bem claro que eu defendo novas eleições por convicção, por achar que isso é o melhor para o Brasil, que é o que pode ajudar a criar um caminho nesse deserto, nesse ermo em que a gente está metido. E uma outra coisa é que quando eu comecei a defender a ideia de uma nova eleição, eu nem sequer estava empatada ou à frente nas pesquisas, eu estava em terceiro lugar. E um outro elemento, quando eu comecei a defender a ideia, eu nem sequer podia ser candidata, porque para ser candidato você precisa ter um ano de filiado e eu tinha acabado de me desfiliar do PSB e de me filiar à Rede, depois é que mudaram a lei para que fosse apenas seis meses”. Marina lembra que ação no TSE por essa mudança é do PSDB. Ela ainda reclama que seu partido não tem os mesmos ‘direitos’ de outros partidos relativamente novos, em virtude de mudanças nas legislação.

Talvez ela tenha defendido “novas eleições” no passado (muito recente), mas isso é por que ela sempre foi linha auxiliar do PT. Um exemplo está na recente ação contra Eduardo Cunha, cujo objetivo principal não era afastá-lo, mas usar seu afastamento como pretexto para cancelar o impeachment. O golpe de Marina fracassou: como resultado Cunha foi afastado, o PT perdeu o discurso e ela não conseguiu cancelar o impeachment. Assim, seu partido é a definida Rede de Mentiras.

Em tempo: sempre é bom lembrar que “novas eleições” é golpe e não está previsto na Constituição. Esta é clara ao dizer que o vice assume em caso de impeachment, tal como ocorreu com Itamar Franco substituindo Fernando Collor em 1992. Quem define esta substituição é a lei e não os desejos de bruxas e magos. Qualquer coisa diferente disso é ignorar a lei e a Constituição.

Pedir “novas eleições” é golpe de quem não quer seguir a lei. E exatamente por não seguir a lei é que Dilma e o PT se embretaram na vala da corrupção escancarada e dos diversos crimes, tanto comuns como de responsabilidade. De que adianta Marina Silva ser candidata se já de antemão se coloca como uma inimiga da lei e da Constituição?
Via Luciano Henrique, Ceticismo Político, 8-5-2016

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