Valdemar Habitzreuter
Não é mais admissível que a
voz do povo seja sufocada por pilantras que querem inverter a ordem democrática
e permitir a falência da República cuja saúde já anda frágil. É o que
assistimos no Congresso Nacional com a resistência dos congressistas em pautar
e aprovar alguma das PECs que há tempo tramitam na Casa para acabar com o foro
privilegiado dos políticos. Simplesmente desrespeitam o povo que os elegeu e se
colocam acima do cidadão comum quando se trata de responder a delitos que os
incriminam. E haja delitos dessa cambada! Não sentem vergonha na cara com
tantas manobras ilícitas no exercício do poder.
Este tal do ‘foro privilegiado’
nada mais é que um escudo protetor por de trás do qual se escondem e praticam
seus crimes de lesa-pátria e, assim, poder ficar imunes a punições; e mesmo se
houver algum indiciamento dificilmente são condenados por causa da nefasta
manipulação jurídica na Suprema Corte postergando ad infinitum o processo até o
crime prescrever.
Dificilmente podemos
considera-los representantes do povo, com raras exceções, pois antes de mais
nada só intencionam usufruir do poder, por nós conferido, para interesse
próprio e, não raras vezes, usá-lo para delitos sabendo que estarão protegidos
pelo escudo do foro privilegiado.
É uma aberração esse
privilégio, e, urgentemente, tem de ser abolido em sua íntegra; só assim
ver-se-ia candidatos verdadeiramente vocacionados para o serviço público e
haveria atitudes mais adequadas no exercício do poder. Não há mais cabimento
que esse instrumento de viés absolutista ainda faça parte dos regimes
democráticos que se propõem justamente a proteger o povo em que seus representantes
tem o dever sagrado para que isso aconteça.
Mas, é o contrário que se
verifica: são eles que querem se proteger das falcatruas que cometem no
exercício do poder. Não atinam que somos nós que lhes demos o emprego para
zelar da coisa pública; são, pois, os nossos servidores e é sua obrigação ouvir
a voz do povo em seus legítimos anseios de uma sociedade justa, pacífica e que
o bem-estar de todos seja o objetivo a alcançar.
O povo acordou e não admite
mais este status quo existente de roubalheira, corrupção e malversação do
dinheiro público e é justo e premente que se coloque em pé de guerra contra
esses poderosos abusadores do poder. E esta guerra não é fácil de vencer, mas é
urgente que de batalha em batalha se avance para a vitória final.
A tropa de choque da Lava-jato
com seu comandante Moro deu o pontapé inicial a esta guerra e um grande avanço
em direção da vitória já se notou, mas a vitória final só acontecerá quando
estes políticos provectos e carcomidos pela corrupção forem demitidos de seus empregos
no serviço público; e nossa arma maior é o voto consciente nas urnas onde temos
a prerrogativa de demitir e admitir os nossos representantes. É preciso
reverter o dito depreciativo que paira sobre nós: de que “o brasileiro não sabe
votar”... Se isso se tornar verídico, então somos coniventes com o status quo
reinante...
Dia 26 de março haverá mais um
grito de guerra nas ruas. Compareça!...
Guerra a eles e Lava-jato neles!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 6-3-2017
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