Aparecido Raimundo de Souza
HOJE, SEXTA-FEIRA, 28, o
Brasil vai parar. As senhoras e os senhores saberiam explicar como se para uma
merda, desculpem, como se para uma nação inteira que já está estancada,
arregaçada, há tempo, mais até que bunda de puta?
Vamos rir. Não há outra forma
de expressar a nossa agonia, a nossa aflição indignada, diante de mais essa
imbecilidade coletiva. Ainda que mal perguntemos: vai parar. Tudo bem! Vai
parar por ordem de quem? Do babaca do nosso querido (vamos colocar falecido,
fica mais simpático) Michel Jackson Temer?
Como? Vocês não sabem? Não fazem ideia?
Meu Deus, amados, se o país
inteiro vai parar (mais do que está) por ordem senão desse crápula, quem mais
teria interesse em atravancar os passos do pobre e desditoso Brasil? Seria por
ordem de meia dúzia de paus mandados sem vergonhas e pilantras (que vestindo
aquela velha e surrada farda da engambelação do povo idiota), esperam conseguir
mudar alguma coisa? Continuemos a gargalhar, por favor. Mudar exatamente o quê?
A reforma da previdência? Da providência ou seria da presidência?!
A título de curiosidade, meus
caros leitores, se fôssemos reformar a presidência, quem seria a desgraça que
colocaríamos para cuidar (kikikiki) de nosso naufragado Brasil? Lula, Temer,
Geraldo Alckmin, Marina Silva, Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso,
Tiririca, Bolsonaro, Roberto Carlos, Jerry Adriane, Bin Laden, ou qualquer
outra infâmia fugida da Cochinchina que por lapso esquecemos de citar?
Sentiríamos firmeza, senhoras
e senhores, se o Brasil PARASSE por vontade própria, ou seja, se interrompesse
seu cotidiano medíocre, seu dia a dia mediano, trivial, ordinário,
insignificante, pela força régia de seu povo, por apetite, por afoiteza, por
deliberação de sua SOCIEDADE, sistematicamente organizada, preparada, metódica,
em prol de dias melhores. Em vislumbre de mandar para os quintos do inferno
todos os ladrões que moram em Brasília, em palácios luxuosos, em apartamentos
funcionais com todas as mordomias, cheios de seguranças, motoristas a tempo e a
hora, sem mencionarmos o bando infindável de cheira colhões que se vendem a
esses salafrários por um prato de comida.
Partindo daquele princípio
básico “que “todo poder emana da casa do caralho e em seu nome é exercido”,
saborearíamos com total e ilimitado dinamismo, atrelado a hombridade, a coragem
ímpar, se toda essa galera sem eira nem beira desse um basta nessa canalhice,
nessa degradação, nessa velhacaria que vemos o ano inteiro, e PARASSE realmente
o Brasil titanizado, afundado, sem rumo, sem direção, sem fadário e sem chefia.
Nos brindaríamos de um orgulho
incomensurável se os Descamisados e Desabrigados, bem ainda os Sem Tetos, os
Sem Comidas, embargassem tudo, e só voltassem às suas atividades normais,
quando tivessem sido expulsos lá do Epicentro a enxurrada dos párias, estancada
a enchente de vermes, enfim, encurralados os ratos famintos, que fazem de nós,
humildes e desprotegidos, seus lacraias e meros capachos.
Contemplaríamos com orgulho,
se os Zés Sofridos e as Marias de Barrigas Vazias, se dessem as mãos e ficassem
em suas casas, curtindo um bom filme na televisão, ou cuidando de seus maridos
e filhos. Ai sim, amadas e amados, talvez, o país brasil -, republiqueta de
bosta, se visse livre desse buraco negro no qual se acha metido até a raiz dos
cabelos.
Porém, a coisa não funciona
assim. Quem manda o Brasil parar, quem comanda a anarquia generalizada, são uns
Sem Rostos que habitam um universo paralelo. Esses espertalhões vivem no
admirável mundo criado por Aldous Huxley. De rabos e pregas colados com outros
aproveitadores e patifes, criminosos e malvados, esses siameses modernos são
como espectros ressuscitados.
Eles surgem do nada, ditam as
ordens, falam de peito aberto, latem palavras bonitas e aconchegantes (as
famosas “palavras de ordem”), e fim de conversa. Tudo em nome de uma Salvação
imperfeita, obscura e irreal. Como se tivessem cu para ir até o céu e trazer
Jesus, o Libertador de todos os males.
Entre as maravilhas a se
perderem de vista, vem à re(forma) trabalhista, a re(forma) da Previdência, a
luta para acabar com as cargas tributárias em cima dos costados dos simplórios
e inexperientes, não deixar que se percam os programas sociais, secar os gastos
públicos, cortar as mordomias, lutar pelos direitos das mulheres, dos idosos,
dos menores carentes, acabar com o “foro privilegiado”, reestruturar a
segurança pública, findar com a linha da pobreza, e outras baboseiras.
Devemos deixar claro, que tudo
o que está ligado à reforma, como o nome claramente sinaliza, a “RÉ”, reforma
ou retorna àquela marcha (na prática) que nos leva a voltar para trás a andar
às apalpadelas. Pintou a ré, regressamos, regredimos, retornamos,
revertemos.
A título de ilustração, caros
amigos, a CLT (Consolidação das Leis dos Trouxas), foi aprovada em 1º de maio
de mil novecentos e lá vão trocentas bordoadas, por agasalho do Decreto-lei
5.452, sancionado pelo presidente Bagulho Vargas, durante o imperioso ESTADO
NOVO.
Esse Estado Novo é tão
ostentoso e imponente, tão fulgurante e deslumbrante, que remonta aos idos de
1943. Percebam que estão mantendo o
sujeito de rostinho bonito, há exatos setenta e quatro anos. Pela idade, e pela
reforma da porra da previdência, quem sabe esse infeliz do Estado Novo não se
aposente junto com as bandalheiras e trapaças do camalioso e assobrerjético
doutor Temer?
Vamos parar o Brasil? Sim ou
não? O que ganhamos de bom, de aproveitável, para agradarmos um bando de veados
e prostitutos encarcerando o diário de nossas vidas, deixando de cumprir o
nosso habitual? Qual será a nossa recompensa para, ao acaso, podarmos a nossa
rotina, em regozijo de um punhado de filhos da puta que resolveram e agora nos
obrigam, em nome de uma PROMESSA INEXISTENTE, a nos colocarmos ao lado deles? E
quem são eles?
Sinceramente, a verdade é uma
só. Quando a raia miúda dá a Temer os créditos para ter um Jucá em seu meio, um
Moreira Franco, um Alexandre de Moraes (esse na pocilga conhecida como STF
Supremo Tribunal das Falcatruas), evidentemente, sem sombras de dúvidas,
alimentamos ferozmente o lado ruim e podre do nosso cérebro. Estamos de pés e
mãos atados, anestesiados intelectualmente por um bando de tarados que nos
querem arrombar o lado ainda virgem da inocência que restou cativa em nossos
secretos mais escondidos.
Por assim (e não poderia ser
diferente), acreditamos piamente que o POVO BRASILEIRO é um tremendo Sem razão,
Sem noção, sem visão de futuro. O segredo é um só. Obedecer. Vamos parar hoje,
amanhã ou depois.
E fim de papo. Mandou parar, é
pra parar. Que se foda, ou que se dane o resto. Quem se sublevar, quem disser
“SIM” ao extermínio dos opositores, quem for contra aqueles figuraços que
querem manter o poder pela censura, pelo controle das informações e, sobretudo,
pela centralização da verdade, como versão única, continuará do mesmo modo,
chafurdando, enlameado, nos excrementos desses Poderosos do Grande Avião
Pousado no Imenso Aeroporto Central, a nossa vergonhosa e ignominiosa safada, a
rameira SENHORA DONA BRASÍLIA.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
jornalista. Do sitio “Shangri-Lá”. 28-4-2017
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