Haroldo P. Barboza
Demanda
Salão
apinhado na madrugada
Na
porta do clube
Quem
canta é a pancada.
Fantasia
Vestiu-se
de mulher
Pelo
bebum foi abraçado
E
quase deflorado.
Dançou
Se
rotulava de bamba!
Com
duas cervejas
Atravessou
o samba.
Camaleoa
Mendiga
de roupa rasgada
No
cenário do Carnaval
Parece
estar fantasiada.
Democracia
Após
a folia nas praias
Rica
e pobre quedaram
Sem
nada sob as saias.
Aviso
Quando
emudece o tamborim
Com
certeza o Carnaval
Chegou
ao fim.
Consequência
Depois
de esvaziar as latas
O
alcoólatra descontrolado
Perdeu
as mulatas.
Fiel
A
turma se dispersou
Quando
parou o trio elétrico
Sobrou
um bêbado patético.
Cinderelo
O
Mestre-sala
Com
sapato novo
Sentiu-se
rei do povo.
Distraído
O
povo vestido de palhaço
Não
percebe o político
Na
cueca levando um maço.
Anestesia
Terminado
os festejos
Dissolveu-se
a rica ilusão
Sobrou
a pobreza da nação.
Ciclo
Mal
desfilaram os enredos
Os
passistas retornam à vida
Cheios
de medos.
Título e Texto: Haroldo P. Barboza – Vila Isabel/RJ,
autor do livro ”Brinque e cresça feliz”. 5-2-2018
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