Haroldo P. Barboza
(2º lugar no 3º Prêmio Brito
Broca de Poesia – Guaratinguetá/SP – dez/2003)
Sou
VERMELHA cor de sangue
Parecendo
belo tomate
Pelas
regras da batalha
Saio
no início do combate.
Com a
saída da colega
De
nossa notória aquarela
Passo
a receber pancada
Logo
eu, modesta AMARELA.
Quando
ambas estão fora
Logo
assumo a liderança
Me
confundem com o cenário
Sou da
cor da ESPERANÇA.
Me
chamam de Alcione
Ou
então de CHOCOLATE
Para
não gerar polêmica
Que
continue este empate.
No
ponto de equilíbrio
Minha
marca está pintada
Tenho
a cor do FIRMAMENTO
A toda
hora sou visada.
Poderia
ser uma flor
Pois
tenho nome de ROSA
Quando
chega minha vez
A luta
está nervosa.
Neste
mundo tão racista
Sou
CRIOULA desejada
No
final todos me querem
Para
vencer uma parada.
Sou
BRANCA incansável
Passo
todo o tempo correndo
Fico
até o fim da luta
Vendo
as colegas morrendo.
Quando
a batalha termina
Nenhuma
de nós está ferida
Recoloquem-nos
sobre a MESA
E
vamos à outra partida.
Este
ensaio tão modesto
Não
quer rachar sua cuca
Só
pretende enaltecer
O
lindo jogo de SINUCA.
Título e Texto: Haroldo P. Barboza – Vila Isabel/RJ
Anteriores:
A
esperança de um aposentado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-