![]() |
Foto: Tourist Destinations |
O quadro eleitoral no Rio está ficando mais claro?
Ao contrário, está mais
confuso, seja nas eleições para governador, como para senador. A eleição
presidencial mostra um quadro melhor para análise, independente do julgamento
de Lula. Por exemplo, Bolsonaro se afirma mais e Marina se mostra competitiva.
E para senador e governador?
Para senador, a
imprevisibilidade é total hoje. Como são 2 vagas e o espalhamento é amplo, há
um estímulo para surgirem candidaturas. Talvez, aqui, os chamados candidatos da
sociedade civil tenham mais estímulo para participar, pois se sentirão mais
competitivos.
E para governador?
Depende da decisão de Romário.
Pesquisas desde 2017 mostram que ele está no patamar dos 20%. A rádio corredor
do parlamento afirma que ele desistirá e não será candidato. Com ele, o
não-voto (brancos, nulos e abstenção) está na casa dos 50%. Sem ele é superior
aos 65%.
E os demais?
Curiosamente, nada muda sem
Romário, o não-voto é que cresce muito. Os demais apenas deslizam sobre as
intenções de voto com Romário.
E quem são eles?
Para se afirmar com precisão
há que se esperar abril, após o mês de março, das "janelas". Os
candidatos que tiveram origem no PFL flutuam de 6% a 9%. Bernardinho
surpreende, pois não chega aos 4%. Da mesma forma, Tarcísio Mota, do PSOL, que
se imaginava um patamar de lançamento maior, depois de suas votações em 2014
para governador e 2016 para vereador, mas ainda fica abaixo de Bernardinho.
Então se pode afirmar que esse bloco pode repetir a divisão do bolo de
2016 para prefeito, prejudicando todos e tornando a eleição uma loteria com diferenças
mínimas entre eles?
Com os dados de hoje, sim,
agravado pela mesma referência de classe média e concentração na capital.
E nas eleições para deputados estaduais e federais?
A nova ALERJ tende a ser
horizontal, o que suavizaria a relação entre o executivo e o legislativo. No
caso dos deputados federais, mesmo com os espaços abertos pelas ausências de
Bolsonaro, Chico Alencar e Eduardo Cunha - por razões diversas - hoje se estima
um quadro político-ideológico que não será muito diferente de 2014.
Como impactam as novas regras do jogo?
Se tomarmos como referência as
eleições de 2016 nas maiores cidades, elas fortalecem os candidatos se opinião
pública e com concentração (e não pulverização) distrital. A proibição de
doações empresariais reforçará essas tendências.
E o Fundo Eleitoral?
Obviamente os partidos
reforçarão o suporte a seus candidatos mais competitivos para sobreviverem a partir
de 2019.
E a importância das Redes Sociais?
Tem aumentado, mas a
pulverização das mesmas não desequilibrará a importância maior da TV numa
eleição com menos dias de campanha aberta e com menos recursos.
Cesar Maia, 22-1-2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-