Almir Papalardo
Oi que mentira que lorota boa,
oi que mentira que lorota boa... grande
sucesso do nosso saudoso "Rei do Baião", o grande sertanejo Luiz
Gonzaga. Forró que se encaixa perfeitamente no falso Dia do Aposentado
brasileiro, 24 de janeiro, que por pura balela e falsidade, se
comemora!
Copacabana, 24 de janeiro de 2010 |
Qualquer um dos nove milhões de aposentados da iniciativa privada
prejudicado por políticas esdrúxulas, trocaria de bom grado o seu dia comemorativo,
há duas décadas sem motivos para comemorá-lo, pelo respeito e lealdade que os
nossos poderes públicos seriam obrigados a nos proporcionar, respeitando e
reconhecendo o trabalhador agora cansado e desgastado, como patrimônio
nacional. Nossa aposentadoria deveria ser por motivos óbvios, IMEXÍVEL,
INTOCÁVEL, livre de achatamentos arbitrários e despropositados. Nada de
fatores, nada de desvínculos, nada de obstruções, nada de vetos para os
projetos aprovados, nada de má vontade política!!
Deixem, pelo Amor de Deus os aposentados em paz, que apenas esperam o dia da sua partida para um mundo melhor! Não tornem este finzinho de vida dos velhos e sofridos aposentados em um "Inferno pré-instalado já aqui na Terra".
O aposentado já cumpriu com méritos e denodo toda a sua missão no
mercado de trabalho! Mereceria um mínimo de consideração e respeito. Mas, dá-se
justamente o contrário. Em vez de ter sua aposentadoria protegida e conservada
no finzinho da vida e quando mais dela precisa, passa a ser um cidadão
humilhado, desprezado, manipulado como cobaia, obrigado a engolir uma perniciosa
discriminação, por não atender mais aos interesses do governo que tem a
obrigação de sustentá-lo sem receber mais aquelas robustas contribuições
mensais descontadas diretamente na fonte.
E não fica resumido só nisto a má vontade política que somos obrigados a
engolir! O governo nos castiga sem limites! Assistimos nossa
aposentadoria ser atacada, ficando defasada ano após ano, abalando
psicologicamente nossa mente insegura com as mais sórdidas manobras, para nos
afastar da possibilidade de reconquistar algum dos nossos direitos negados e
covardemente surrupiados. Para aqueles incautos que acham ser um exagero toda
esta dura e ressentida reclamação, cito o meu próprio exemplo, o que acontece
com todos os demais aposentados atingidos, argumentando que me aposentei com oito
salários mínimos e, hoje, recebo sem explicações lógicas e
convincentes, apenas três pisos pagos
pela Previdência!! Surrupiaram-me, com ardiloso passe de mágica, cinco salários
mínimos...
Mantém-nos de mãos atadas desestruturando a nossa alto-estima, a nossa
tranquilidade, a nossa paz de espírito, a nossa segurança, constrangendo-nos e
oprimindo-nos, não permitindo que nossos projetos de alforria possam sequer
chegar as pautas de votação. E quando conseguem chegar a duras penas às sessões
plenárias, e se eventualmente aprovados pelo Congresso, é o próprio presidente
da república que perversamente nos congela, jogando-nos uma ducha de água fria,
vetando os projetos recém-aprovados sem dó nem piedade...
Queremos o fim definitivo do Fator Previdenciário não aceitando mais
fórmulas mágicas engendradas para substituí-lo! Exigimos também o fim desta
estranha invencionice de corrigir as aposentadorias do setor privado com dois
percentuais diferentes por ocasião dos aumentos anuais! Quem dentre os Três
Poderes será o primeiro herói a se pronunciar heroicamente, desligando-se desta
maldita e desqualificada perseguição da qual tornou-se conivente? Que cada
Poder Público cumprindo honradamente com o seu dever constitucional, se revista
de brios e senso de justiça, partindo agora, mesmo que tardiamente, em defesa
dos inocentes e desprotegidos aposentados e pensionistas! Por ser ilusório e
mentiroso o Dia do Aposentado brasileiro, esta falsa data deveria ser
transferida do dia 24 de janeiro, para o dia
30 de fevereiro, desmascarando a autenticidade do
evento!
Título e Texto: Almir Papalardo,
24-1-2018
Em 24 de janeiro de 1923, o presidente Artur Bernardes sancionou o
projeto do deputado Elói Chaves que criava uma caixa de aposentadoria e pensões
para os funcionários das empresas de estrada de ferro do Brasil. Essa é
considerada a primeira lei brasileira de previdência social, e a data de sua
criação foi escolhida para comemorar o Dia Nacional do Aposentado e da
Previdência.
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