Ailton Benedito
É absoluta perda de tempo e
energia vital tentar responder de forma racional aos fiéis da seita mística
lulista.
“Nunca antes na história deste
país”, um ex-Presidente da República respondeu a tantas investigações,
denúncias e processos criminais, envolvendo uma miríade de fatos delituosos,
por exemplo, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa; tal é o
caso de réu Luís Inácio, politicamente conhecido como Lula.
Desde o início da operação
“Lava-Jato”, os brasileiros minimamente informados já perderam a conta das
vezes em que o réu Lula é delatado em delações premiadas, investigado pela
Polícia Federal, denunciado e processado pelo Ministério Público Federal
perante a Justiça Federal em Curitiba, Brasília e o Supremo Tribunal Federal;
sendo já condenado em primeira instância.
Se o leitor tiver curiosidade,
pode pesquisar no Google as expressões “Lula Lava-Jato denúncia processo”; e
receberá algumas centenas de milhares de referências ao réu Lula, em diversas
situações: delatado, investigado, denunciado, processado, condenado etc.,
incluindo alusões à abundância de provas documentais, testemunhais,
periciais etc. dos delitos que lhe são imputados, à luz do devido processo
legal.
No entanto, a despeito da
fartura de provas dos crimes imputados ao réu Lula, observa-se na grande mídia
e nas redes sociais um carnaval de mistificação, com a finalidade de ludibriar,
manipular, capturar os sentimentos das pessoas ingênuas ou simplesmente
desprovidas de conhecimento direto das informações verdadeiras sobre casos
criminais nos quais o ex-Presidente está envolvido, como “nunca antes na
história deste país”.
Com efeito,
comunistas-socialistas-bolivarianos-esquerdistas-juristas-especialistas-jornalistas-artistas,
ou, simplesmente, fiéis da seita mística na qual o réu Lula é o deus: para
esses crentes, absolutamente nada existe que possa macular a sua divindade;
todos os crimes nos quais se envolvera não passariam de invenção
conspiracionista de supostos hereges da Polícia Federal, da Ministério Público
Federal, da Justiça etc.
Nessa linha, confrontados com
a verdade objetiva consubstanciada em delações, investigações, denúncias,
processos, julgamentos, que lhes dói fundo na alma, esses fiéis não enxergam
outra alternativa senão, de modo escapista, negar a realidade, balbuciando uma
suposta indagação “cadê as provas contra Lula?”.
Entretanto, cuidado!, essa não
se trata de indagação verdadeira, baseada em lógica racional, com vistas a
alcançar resposta acerca da verdade objetiva dos crimes atribuídos ao réu Lula.
Cuida-se de típico dog whistle para açular os crentes, fazendo-os
militantes para confrontar os supostos infiéis, ou seja, qualquer um que não
cerre fileiras entre
comunistas-socialistas-bolivarianos-esquerdistas-juristas-especialistas-jornalistas-artistas
pela defesa intransigente da sua divindade.
Pois então. Quando for atacado
com o dog whistle “cadê as provas contra Lula?”, gritado por esses crentes, em
guerra contra os que acusam de heresia à seita mística lulista, não se vexe,
leitor, não se preocupe em buscar e expor-lhes uma resposta alicerçada em
argumentos racionais pertinentes à verdade objetiva. Nada disso é relevante,
nada disso interessa, honestamente, a qualquer desses fiéis. Definitivamente,
eles não visam conhecer a verdade; porém, exatamente o contrário, agem apenas
com a finalidade de a silenciar, independentemente da razão.
Convenhamos, depois de anos de
operação “Lava-Jato”, com tudo que se conhece pública e notoriamente acerca dos
delitos imputados o réu Lula, é absoluta perda de tempo e energia vital tentar
responder de forma racional ao dog whistle: “cadê as provas contra Lula?”. Além
disso, tentar fazê-lo significa prévia adesão à pauta mística lulista na
condição de converso.
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