Helena Matos
A má fé da racialização da
sociedade está estampada nestes títulos. Ambos constam na edição on line de
hoje do CM. Porque escrevem “casal português” e não casal de brancos? E porque
escrevem “home negro” e não cidadão norte-americano? Porque a cartilha manda
que se racialize tudo aquilo que se prende com os negros: estes deixaram de ser
cidadão portugueses, norte-americanos, franceses para se tornarem
afrodescendentes. E nos territórios afros mandam os ativistas.
Note-se, contudo, que o CM ainda deu a notícia do “casal português” assassinado na África do Sul. Mas foi dos raros a fazê-lo. A imprensa de referência nem uma linha dedicou a Dinis Fernando e Maria Gorete Silva.
Segundo o Fórum Português da África do Sul 460 portugueses foram assassinados na África do Sul desde o fim do apartheid em 1994.
Título, Imagens e Texto: Helena
Matos, Blasfémias,
2-9-2020
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