quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O “casal português” e “homem negro”

Helena Matos

A má fé da racialização da sociedade está estampada nestes títulos. Ambos constam na edição on line de hoje do CM. Porque escrevem “casal português” e não casal de brancos? E porque escrevem “home negro” e não cidadão norte-americano? Porque a cartilha manda que se racialize tudo aquilo que se prende com os negros: estes deixaram de ser cidadão portugueses, norte-americanos, franceses para se tornarem afrodescendentes. E nos territórios afros mandam os ativistas.



Note-se, contudo, que o CM ainda deu a notícia do “casal português” assassinado na África do Sul. Mas foi dos raros a fazê-lo. A imprensa de referência nem uma linha dedicou a Dinis Fernando e Maria Gorete Silva.

Segundo o Fórum Português da África do Sul 460 portugueses foram assassinados na África do Sul desde o fim do apartheid em 1994. 


Título, Imagens e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 2-9-2020

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