segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mao Tsé Tung, Mensalão e “pizzaiolos”

Valfrido M. Chaves
Desorganizai tudo que existe de bom no país inimigo. Tentai envolver as mais altas esferas dirigentes, em empreendimentos criminosos, comprometendo-lhes as posições. Isso feito, conforme a oportunidade, dai publicidade às suas prevaricações. Entrai, igualmente, em contato com os indivíduos mais baixos e perigosos. Molestai, por todos os meios e modos, a ação do governo; promovei discussões e discórdias entre os cidadãos. Lançai os velhos contra os jovens. Perturbai o abastecimento e o aprovisionamento das Forças Armadas” (Mao).


Não sei se leitor consideraria de bom-tom fazer uma leitura dos fatos atuais da política brasileira, à luz do pensamento de Mao Tsé Tung, exposto no parágrafo anterior. Aí estão os mensalões e mensalinhos que seus protagonistas tentam esconder com tropas de choque, movimentos sociais pelegos, mentiras descaradas, inocências empostadas e teorias conspiratórias. Nestas, tudo se resumiria a um “golpe das elites” contra o “governo popular”...  Gostaríamos de chamar a atenção que, quanto mais cretinas forem as mentiras, quanto mais a impunidade for descarada, quanto mais os altos escalões forem enlameados, maior será descrença de todos nas instituições democráticas que, a duras penas e com todas as falhas, tantos brasileiros tentam construir e preservar
É preciso entender que a descrença nas instituições democráticas, cujas prerrogativas seus inimigos entre nós usam para “suicidá-la”, é a condição necessária para que, assim pensam eles, a massas populares possam ser manipuladas através dos “movimentos sociais” pelegos, alimentados com recursos públicos, para explodirem nos calendários vermelhos que seus líderes, de público, chegam a anunciar.
As extorsões, o assalto aos cofres públicos, a aliança com o sub-mundo dos negócios, a briga entre quadrilhas no poder, tudo, caro leitor, deve resultar em mais descrença e ataque à autoestima coletiva de nosso povo. Essa é uma prática, um “avanço” que tem toda uma teoria e um princípio a norteá-lo: “os fins justificam as malas e as mentiras”. A impunidade de corruptos e corruptores, que transformaria as CPIs numa fraternidade de “pizzaiolos”, seria uma jóia a coroar a competente “praxis” maoísta em curso.
Quem viver, verá.
Título e Texto: Valfrido M. Chaves
Edição: JP
 
O autor escreve no Brasil. "Noutros países" a malta tenta lá chegar!

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