Valfrido M. Chaves
“Desorganizai tudo que existe de bom no país inimigo. Tentai envolver as
mais altas esferas dirigentes, em empreendimentos criminosos,
comprometendo-lhes as posições. Isso feito, conforme a oportunidade, dai
publicidade às suas prevaricações. Entrai, igualmente, em contato com os
indivíduos mais baixos e perigosos. Molestai, por todos os meios e modos, a
ação do governo; promovei discussões e discórdias entre os cidadãos. Lançai os
velhos contra os jovens. Perturbai o abastecimento e o aprovisionamento das
Forças Armadas” (Mao).
Não sei se leitor consideraria
de bom-tom fazer uma leitura dos fatos atuais da política brasileira, à luz do
pensamento de Mao Tsé Tung, exposto no parágrafo anterior. Aí estão os
mensalões e mensalinhos que seus protagonistas tentam esconder com tropas de
choque, movimentos sociais pelegos, mentiras descaradas, inocências empostadas
e teorias conspiratórias. Nestas, tudo se resumiria a um “golpe das elites”
contra o “governo popular”...
Gostaríamos de chamar a atenção que, quanto mais cretinas forem as
mentiras, quanto mais a impunidade for descarada, quanto mais os altos escalões
forem enlameados, maior será descrença de todos nas instituições democráticas
que, a duras penas e com todas as falhas, tantos brasileiros tentam construir e
preservar
É preciso entender que a
descrença nas instituições democráticas, cujas prerrogativas seus inimigos
entre nós usam para “suicidá-la”, é a condição necessária para que, assim
pensam eles, a massas populares possam ser manipuladas através dos “movimentos
sociais” pelegos, alimentados com recursos públicos, para explodirem nos
calendários vermelhos que seus líderes, de público, chegam a anunciar.
As extorsões, o assalto aos
cofres públicos, a aliança com o sub-mundo dos negócios, a briga entre
quadrilhas no poder, tudo, caro leitor, deve resultar em mais descrença e
ataque à autoestima coletiva de nosso povo. Essa é uma prática, um “avanço” que
tem toda uma teoria e um princípio a norteá-lo: “os fins justificam as malas e
as mentiras”. A impunidade de corruptos e corruptores, que transformaria as
CPIs numa fraternidade de “pizzaiolos”, seria uma jóia a coroar a competente
“praxis” maoísta em curso.
Quem viver, verá.
Título e Texto: Valfrido M.
Chaves
Edição: JP
O autor escreve no Brasil. "Noutros países" a malta tenta lá chegar!
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