sexta-feira, 4 de setembro de 2020

[Aparecido rasga o verbo] Os cachorros de Penha, em Santa Catarina não podem ouvir ‘O Portão’, de Roberto Carlos. ‘Sorrir latindo’ somente os vereadores têm assegurado tal direito

Aparecido Raimundo de Souza

AS SENHORAS E OS SENHORES SABEM por que o Brasil não vai pra frente e segue a sua vidinha medíocre  capengando e sendo cada vez mais conhecido além mar como brazzzil? Vamos refrescar um pouco as memórias ociosas dos nossos prezados. Lembrem que temos espalhados pela ‘fuderação’ à fora, um bando cada vez mais fecundo e expressivo de cafajestes e picaretas.

Vermes enfáticos, como sempre, fazendo uso indevido de carguinhos públicos com boas remunerações (às custas de nós, os eternos ‘buchas de canhão’) se preocupando somente em aprovarem leis para empanturrarem seus próprios bolsos com o ‘suor nosso de cada dia’. É o caso recente de uma cambada de trampolineiros que resolveu tirar de circulação os latidos dos cachorros.

De fato, caros leitores. Os latidos dos cachorros. Parece brincadeira, mas é a mais pura verdade. Os ‘pulíticus onestos’ de uma localidade conhecida como Penha, município de Santa Catarina, objetivando meter com mais carinho e desembaraço  as mãos nos bolsos dos contribuintes, pleitearam e levaram à tertúlia, um projeto de lei que, em caso de desobediencia seria aplicada uma multa de R$ 23 mil reais para quem tivesse animais barulhentos em suas respectivas residências.

A ideia animalesca partiu da cabeça de um animal (igualmente vira lata sarnento e pulguento, porém, paralítico. O pilantra  de duas patas) batizado com o nome, perdão, com a alcunha de  Everaldo Dal Posso. Essa degraça, para quem não sabe, ou não se inteirou pelas redes sociais, é um vereador do PL (Partido dos Latidores).

Percebam, senhoras e senhores, que o nome do infeliz informa, com bastante clareza, de onde surgiu o seu despautério. Possivelmente da mesma localidade, onde os gabarolas da raia miuda igual ou pior que ele, Everaldo (conhecido entre seus pares como ‘Italiano’) o fizeram e o tornaram, em tão curto espaço de tempo, o edil mais votado.

Por conta, o ‘dal  Posso, procurou dal o posso rapidinho’. Ora, vamos e venhamos: se o Everaldo tem por norma ‘dal o posso’, ligeiro, certamente deverá ofertar, ou doar outras coisas a mais, além do posso, ou seja, a sua ‘ombridade’. A figura assobrerjética e camaliosa, natural de Manfrinópolis, no Paraná,  se filiou ao PL em março de 2020. Quando se dependurou na política, obteve 884 votos.
  
Grosso modo, em bom portugues, ‘EVERALDO DÁ O  POÇO’. Acreditamos, piamente que, no pacote venha também, de blinde, a gangorra para enrolar a corda e o balde. De outra forma, seria humanamente impossível à alguém tirar alguma coisa do fundo do ‘Posso’. A aberração do ilustre ‘vevarreador’ Everaldo recebeu parecer favorável da procuradoria jurídica do legislativo local.

Entendemos que o procurador jurídico (será que o nobre rato de esgoto é formado em direito?!) deve ser um ‘essselente devogado’. Conhecedor profundo das leis pra caralho. O mais vergonhoso, senhoras e senhores. A proposta de emudecer os cachorros e os ‘auAus’ recebeu aval da ‘Comisçsão de Prostituição e Jutissssssçsa’, que caprichou na redação, perdão, na ‘redassão’.

O atual prefeito de Penha ‘Aqueles Aquiles de Costa’, cidadão sisudamente onomatopéico, que ‘apreceia’ ver TUDO DE FRENTE, achou por bem, num primeiro momento, dar uma de Sansão e não sancionar a lei, observando que a historinha de amordaçar os cãozinhos, além de obriga-los a usar máscaras, não deveria, de forma alguma, ser proposta pelos cabeças do ‘Legislatido’. Em razão do furdunço que tomou conta da cidade, Aqueles de Aquiles encaminhou seu feto, perdão, seu veto ao ‘Execucomcutivo’, que dará a ‘ganizada’ final. 

Santa Catarina, a Santa protetora dos ‘justos e perfeitos’, anda meio aperreada com tais eventos. Pensa, inclusive, em se mudar,  de mala e cuia, para outra divisão territorial.  Senhoras e senhores, pasmem: não é a primeira vez que os ‘polítiticos’ da  terra de Gustavo Kuerten e Vera Fisher tentam foder a vida dos nossos inocentes pets. A prefeitura de Curitibanos, cidade distante 254 quilômetros da capital  (achou que seria uma boa ideia multar quem alimentasse ou oferecesse água aos animais abandonados nas ruas.

Em Itajaí (distante  94 quilômetros de Florianópolis), existe uma lei que estabelece em cada residência só poderem ser criados seis animais de estimação, entre cães e gatos. Dizem que todos os dias os fiscais vão de porta em porta contando quantos animais cada residente possui. Em paralelo, uma proposta do ‘deputa fedemal’ por Santa Catarina Valdir Collato, reativou a caça de animais silvestres, para o total arrepeio dos cabelos até dos sovacos  das entidades  tidas como ambientalistas.

Por sorte, o projeto foi arquivado quando Collato descolou do cargo. Todavia, foi ressuscitado por outro deputa, desta vez pelo ‘parlamencagar’ Alexandre Leite, do DEM-SP (DEM é a forma curta e abreviada de se dizer DEMÔNIOS em francês). O Valdir Collato deu uma de Lázaro e voltou à vida. Hoje ocupa a diretoria-geral do Serviço Florestal Brasileiro.

Outro absurdo foi o da deputa Gleisi Hoffmann que tramitou no Senado, prevendo o fim dos zoológicos nas cidades do interior do Brasil.  Enfim, senhoras e senhores, resumindo toda a putaria acima, precisávamos que o povo criasse vergonha na cara e pegasse todos os cabotinos e engazopadores, embusteiros e trapaceadores que vivem soltos ‘pela ai’, criando projetos de leis, decretos vergonhosos e estapafurdicos e metessem porradas sem dó nem piedade em suas fuças. 

Lado outro, que a multidão lanhasse os traseiros desses candongueiros até seus orificios cagatórios ficarem em petição de miséria, sem ‘devogado assinando a peça inicial’. Fazer valer, acima de tudo e de todos, aquela frase dos tempos de ‘Napo-leão Bonaparte do Bico Doce’: ele ensinava, com muita propriedade, que ‘povo unido, jamais será vencido’. Por esta e outras razões elementares, caríssimos leitores, o brazzzil não deslancha. Não decola. Não cria asas e sai, de vez, da merda.

Com tantas coisas urgentíssimas para serem resolvidas, os nossos representantes (e aqui generalizamos a estendemos o significado da atual conjuntura nojenta pela qual a nação inteira vem passando) estão preocupados com os  latidos dos cães.  Já que o assunto está voltado às matilhas, entendemos chegada a hora de nos transformarmos em furiosos Pit bulls e fincarmos os dentes nos cuzinhos e rabicós fedorentos dos crápulas  indecentes e despudorados. Eles nos mordem e latem. Vamos latir e, igualmente, morder. Sigam-me os bons.     

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha, Espírito Santo. 4-9-2020

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