Paulo Hasse Paixão
A Comissão Europeia apresentou o seu projeto de “Estratégia para a Igualdade LGBTQIA+” para 2026-2030, incluindo propostas que permitem às crianças mudar legalmente de gênero em qualquer idade, sem aprovação médica ou avaliação psicológica. O documento refere que a Comissão “apoiará o desenvolvimento de procedimentos legais de reconhecimento de gênero baseados na autodeterminação, livres de restrições de idade”.
Esta abordagem contrasta com
as leis atuais na maioria dos países da União Europeia (UE). Apenas nove dos 27
Estados-membros permitem alterações legais de gênero com base na autoidentificação,
sem necessidade de procedimentos ou avaliações médicas. Doze países ainda
exigem pré-requisitos médicos, como terapia hormonal ou cirurgia.
A Comissão criticou ainda
países como o Reino Unido — apesar de já não ser membro da UE — por exigirem a
aprovação de um médico para o reconhecimento legal de gênero, sinalizando que
os Estados-membros da UE que não estejam dispostos a alinhar com a ideologia
radical de gênero poderão enfrentar penalizações financeiras. A estratégia
alerta que as “regiões que discriminam” podem perder o acesso aos fundos da UE
por não cumprirem os princípios do bloco.
Maya Forstater, diretora
executiva do grupo de campanha Sex Matters, sediado no Reino Unido, descreveu as propostas como “assustadoras”, alertando:
“Os ativistas de gênero consolidaram a sua ideologia nas instituições europeias, com consequências devastadoras para as mulheres e raparigas, crianças vulneráveis e pessoas gays e lésbicas”.
Nos EUA, os dados hospitalares
entre 2019 e 2023 mostram que mais de 14.000 menores receberam intervenções
médicas relacionadas com o género, incluindo terapia hormonal e cirurgias
mutilantes, gerando uma receita hospitalar estimada em 120 milhões de dólares.
Os críticos da ideologia de gênero argumentam que estes dados refutam a
alegação de que a transição de gênero nos jovens é rara e também levantam
questões sobre as motivações focadas no lucro e os resultados de saúde a longo
prazo.
O programa da Comissão
Europeia é apenas a conclusão de um processo que começou com pareceres e
decisões do Tribunal de Justiça Europeu, que o Contra já documentou em
Junho deste ano.
Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 31-10-2025
 

 
 
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