Walter Biancardine
Em minha volta aos escritos e já acomodado em nova cidade – o querido Rio de Janeiro, minha terra natal – retomo os trabalhos comentando as barbaridades proferidas pelo inominável Lula e seu colega, Petro, as quais deixaram claro que, muito mais que gafes, foram verdadeiros “statements” ideológicos – uma péssima ideia, considerando a guerra declaradamente aberta do governo Trump contra as drogas e o escândalo moral provocado.
Em um momento de crescente
violência transnacional impulsionada pelo narcotráfico, as declarações recentes
do ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva e de seu aliado ideológico, o
presidente-traficante colombiano Gustavo Petro, revelam não apenas uma estupidez
retórica, mas um sintoma profundo, básico e genético, da ideologia esquerdista:
o vitimismo patológico que inverte a ordem moral e legal da sociedade.
Lula, em 24 de outubro de
2025, afirmou que “os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são
vítimas dos usuários também”, ao criticar ações antidrogas dos Estados Unidos
no Caribe. Essa fala, proferida em um contexto de debate sobre o combate ao
crime organizado, não foi um “lapso isolado”; ela ecoa uma visão que relativiza
a culpa dos criminosos, transformando predadores em coitados, vítimas de um
sistema opressor. Petro, por sua vez, foi ainda mais longe ao rebater acusações
de Donald Trump, que o chamou de “traficante de drogas ilegal”, declarando que
os envolvidos no tráfico não são “narcotraficantes”, mas sim “trabalhadores do
tráfico de drogas”. Essa retórica não é mera semântica; é uma tentativa
deliberada de criar uma “classe” social para os narcotraficantes, naturalizando
o crime como uma forma de “trabalho precário” em uma “economia global
desigual”.
Em meu ponto de vista – obviamente conservador – essas declarações representam o paroxismo do vitimismo esquerdista; uma doutrina que, ao invés de promover responsabilidade individual e coletiva, erode os pilares da civilização: lei, ordem, família e moralidade. O conservadorismo, enraizado na tradição judaico-cristã e nos princípios liberais clássicos, vê o crime não como produto inevitável de desigualdades sociais, mas como uma escolha deliberada, dolosa, que destrói o tecido social. Aqui, Lula e Petro não apenas romantizam o narcotráfico – que ceifa milhares de vidas anualmente no Brasil e na Colômbia – mas o elevam a uma narrativa de “vítima coletiva”, onde o Estado, representado por ações policiais, torna-se o vilão. Essa inversão é perigosa: ela deslegitima o aparato de segurança pública, enfraquece a soberania nacional e abre portas para o Foro de São Paulo, um organismo internacional esquerdista que, como alertava Olavo de Carvalho, serve de ponte entre ideologia revolucionária e crime organizado, fundado por este mesmo Lula e Fidel Castro – hoje já nos braços do capirôto.
Para compreender a gravidade,
basta olhar o contexto recente: a fala de Lula surgiu em meio a críticas aos
bombardeios americanos contra rotas de tráfico no Caribe, onde ele defendeu que
seria “mais fácil combater os viciados” do que os fornecedores, concluindo que
estes últimos seriam “vítimas” dos usuários. Horas depois, pressionado pela
repercussão, o ex-presidiário se retratou, chamando sua declaração de “exagero
da madrugada” (cachaça?), mas o estrago estava feito: a oposição, especialmente
conservadores, viu nisso munição para denunciar a notória leniência esquerdista
com o crime. Petro, ex-guerrilheiro do M-19 e defensor da legalização de
drogas, já havia defendido a cocaína como “menos letal que a metanfetamina” em
um evento com Lula em Manaus, em setembro de 2025, onde ambos posaram como
combatentes do tráfico enquanto Petro pregava sua descriminalização. Essa
cumplicidade não é casual; é o fruto de uma agenda latino-americana que, sob o
manto do “progressismo”, busca desmantelar as políticas de “guerra às drogas”
impostas pelos EUA, substituindo-as por um relativismo cultural que equipara o
PCC brasileiro ou as FARC colombianas a “movimentos sociais”.
Conservadores nas redes
sociais têm sido unânimes em repudiar essa loucura. Mesmo o infame senador
Hamilton Mourão postou no X:
“Enquanto Lula chama
narcotraficantes de ‘vítimas’ e Gustavo Petro os trata como ‘trabalhadores do
tráfico’, nós, brasileiros de bem, seguimos pagando o preço da violência das
drogas. É inacreditável ver a esquerda romantizando o crime e invertendo a lógica
da responsabilidade.”
Gostando do melancia ou não, o
fato é que Mourão acerta em cheio: essa inversão não é só retórica; é uma
estratégia para desarmar a sociedade, transformando vítimas reais – mães de
filhos mortos por balas perdidas em favelas (que sempre são da Polícia, segundo
a grande mídia) – em cúmplices de um “sistema”. Da mesma forma, o deputado
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e figura central do bolsonarismo,
ironizou:
“Enquanto os EUA combatem o
tráfico internacional de drogas, Lula teve a coragem de dizer que os
narcotraficantes mortos no Caribe são ‘vítimas’ dos usuários. Para piorar, seu
aliado Gustavo Petro (…) afirmou que os traficantes não devem ser chamados de narcotraficantes,
mas de ‘trabalhadores do tráfico’. Isso é o retrato da degradação moral da
esquerda latino-americana.”
Pazuello evoca a moralidade
conservadora: o crime não é “trabalho”; é pecado e violação da lei divina e
humana, que destrói famílias e nações. Curto e grosso.
Outras vozes ecoam essa fúria
justa. O vereador Rubinho Nunes, de São Paulo, um combatente diário contra o
crime nas ruas, destacou em setembro:
“Ex-guerrilheiro das FARC,
amigo de Lula e presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em Manaus com Lula,
defende a legalização da cocaína dizendo que ‘mata menos que metanfetamina’.
(…) A esquerda não oferece saída, oferece destruição em doses cada vez mais
pesadas!”
Nunes, como muitos
conservadores urbanos, sabe que a legalização não resolve; ela expande o
mercado, enriquece cartéis e perpetua a miséria. No mesmo diapasão, o perfil
The Incorrupt alertou:
“Petro e Lula unidos na
pauta da droga. Em Manaus, presidente da Colômbia defendeu a legalização da
cocaína, atacou Trump e pediu união da América Latina. Lula, ao lado, silenciou
diante do absurdo.”
Essa “união” é o Foro de São
Paulo em ação: uma teia que, desde os anos 1990, alia PT, FARC e
narcoguerrilhas em nome da “revolução”.
Nenhum conservador, porém,
capturou a essência dessa podridão como Olavo de Carvalho, o filósofo que,
mesmo falecido em 2022, continua profético em suas advertências. Em ensaios
como “Drogas e prioridades” e “Droga é cultura”, Olavo desmascarava a esquerda
como cultora da degradação:
“Perseguir os traficantes,
ajudá-los ou simplesmente esquecê-los é, para a mentalidade esquerdista, uma
simples questão de oportunismo. Prioridade mesmo é destruir a ordem burguesa.”
Ele via o narcotráfico não
como acidente, mas como aliado tático da revolução gramsciana: as drogas
corroem a família, a igreja e a nação, preparando o terreno para o Estado
totalitário. Em uma aula memorável, Olavo explicava como o PT, via Foro de São
Paulo, se associou ao crime organizado, transformando presídios em
universidades do terror. Hoje, Lula e Petro confirmam isso: chamar traficantes
de “vítimas” ou “trabalhadores” é o passo final para legitimar o que Olavo
chamava de “cultura da droga” – uma erosão moral que a esquerda impõe como
“libertação”, mas que escraviza os pobres.
Essa agenda tem consequências
reais. No Brasil, onde o PCC controla rotas inteiras e o crack devasta
comunidades, a leniência de Lula agrava a insegurança: homicídios ligados a
drogas subiram 15% em 2025, segundo dados preliminares do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública. Na Colômbia, as políticas de “paz total” inventadas por
Petro juntamente com dissidências das FARC resultaram em mais violência rural,
com Trump cortando ajuda antidrogas em retaliação. Conservadores veem nisso o
“fundo do poço dos socialistas”: Lula vitimizando bandidos, Petro os
dignificando. É uma traição aos valores eternos: a responsabilidade pessoal, o
primado da lei e a defesa da vida inocente.
Em conclusão, essas
declarações não são, e nem nunca seriam, meras gafes; são o manifesto de uma
esquerda que, ao naturalizar o narcotráfico, ataca a essência conservadora da
sociedade. Como Olavo nos ensinou, o antídoto é a lucidez: rejeitar o vitimismo,
armar o povo moral e intelectualmente, e restaurar a ordem.
O Brasil e a América Latina
merecem líderes que vejam criminosos como tais, não como heróis proletários.
Caso contrário o “trabalho” de Petro e Lula prosseguirá, enterrando as nações
em pó branco e sangue.
Que os conservadores, das
redes às urnas, ergam a voz – pela Pátria, pela Família, pela Verdade.
Título, Imagem e Texto: Walter Biancardine (foi aluno de Olavo de Carvalho, é analista político, jornalista (Diário Cabofriense, Rede Lagos TV, Rádio Ondas Fm) e blogger; foi funcionário da OEA – Organização dos Estados Americanos. ContraCultura, 29-10-2025
Relacionados:
Heróis
28-10-2025: Oeste sem filtro – 'Vítimas dos usuários' transformam Rio em caos e Lula nega ajuda + Moraes ameaça prender Filipe Martins outra vez + Motta dobra tráfego de jatinhos na cidade onde nasceu
Homens que transportavam uma tonelada de material reciclável em Fiat Uno são presos no Catumbi
Megaoperação na Penha e Alemão para cumprir 250 mandados tem 25 presos e três baleados
“Prezado Vampirão, a mentira está no DNA do pt”
Anistia: as histórias não contadas
24-10-2025: Oeste sem filtro – Lula sai em defesa dos traficantes + Maduro pede trégua aos EUA


A descoberta de mais de 50 corpos de narcoterroristas foi a deixa para a grande mídia se entregar com vontade à bandidolatria, comparando as ações de ontem aos idos do Carandiru e mostrando, sem disfarces, de qual lado da guerra ela está: está onde sempre esteve, ao lado da ditadura que, por sua vez, é a cúpula do narcoterrorismo do Brasil.
ResponderExcluirQuem ainda assiste TV ou lê jornais, revistas ou escuta noticiários das rádios, ou é idiota ou cúmplice.