Robert Gellately, Editora Record, Rio de Janeiro, 2010, 798 páginas.
Lênin, Stálin, Hitler. Nomes
inextrincavelmente ligados ao curso da história contemporânea. No meio do
turbilhão europeu da primeira metade do século XX, esses ditadores tomaram
decisões que moldaram o mundo como conhecemos. E tornaram impossível conjurar
outra imagem para a Europa atual.
Em Lênin, Stálin e Hitler, o renomado
historiador Robert Gellately disseca o período entre 1914 e 1945, uma era de
turbulência quase contínua: duas guerras mundiais, a Revolução Russa, o
Holocausto, a ascensão do Terceiro Reich. E mostra como esses três homens
ocuparam posições centrais nesses eventos.
Gellately analisa, ainda, as ligações
entre estes momentos históricos e avisa: considerar tais acontecimentos como
episódios não conectados equivale a não compreender suas gêneses e naturezas.
O autor foca as potências dominantes
da época, União Soviética e Alemanha nazista, mas analisa a catástrofe em
termos globais. Afinal, mais vidas foram perdidas nesse intervalo do que em
qualquer outro na história.
Poucas semanas após a tomada do poder,
os bolcheviques criaram forças policiais secretas muito mais brutais que os
similares czaristas. Os nazistas fizeram o mesmo e instituíram a Gestapo. Sob
ambos os regimes, milhões foram encarcerados, torturados e mortos.
Neste livro, Gellately argumenta contra a corrente que ameniza o papel de Lenin nos crimes de Stálin e mostra que o terror colhido pelo segundo foi em grande parte plantado pelo primeiro. Na Primeira Guerra Mundial, algo ao redor de oito milhões de homens morreram em combate, sete milhões ficaram permanentemente incapacitados e outros 15 milhões, seriamente feridos. Estimados cinco milhões de civis perderam suas vidas em decorrência de “causas relacionadas à guerra”, tais como doenças e subnutrição.
Essas mortes civis não incluem as da
Rússia, onde a situação foi a mais grave de todas, extremamente amplificada por
(duas) revoluções em 1917, seguidas por uma guerra civil e fome.
Tudo isso aconteceu no que viria a ser
somente a primeira fase da grande catástrofe social e política. A vez seguinte
seria ainda mais letal.
A “normalidade” pós-guerra na Europa
foi marcada por violência política, tentativas de golpes (e golpes
bem-sucedidos), assassinatos e instabilidade geral. Esse clima foi propício ao
surgimento de novos partidos e, acima de tudo, à aparição de radicais e
ditadores de direita e esquerda, que, apoiados pelos enraivecidos, extremistas
e, especialmente, também pelos jovens “idealistas”, tentaram tirar vantagem da
crise geral.
O monstro da guerra estava a postos
para o próximo round, que começou em setembro de 1939. A Segunda Guerra
irrompeu em torno da Polônia e se expandiu pela Europa ocidental até que por
fim o mundo envolveu-se num pandemônio de destruição e horror bem mais
mortífero do que até mesmo a Grande Guerra.
Lênin, Stálin e Hitler recorre a
fontes alemãs e russas recém-abertas para explicar como as buscas por ideais
utópicos — e terrivelmente distorcidos — levaram somente a um pesadelo
antiutópico.
''Gellately
estabelece um padrão elevado para qualquer outro autor que queira comparar
ditaduras.'' — The
Economist
''O
livro é, acima de tudo, extremamente legível e repleto de surpreendentes e
aterrorizantes detalhes.'' — Times
Literay Suplement
''Sensível
e sofisticado.'' — The Washington Post
***
Livro que merece estar sempre à mão (no criado-mudo, na estante – bem à vista – na mesa do escritório…)
Dos três nomeados na capa não sei qual
o mais FDP! 😳
Mas sei, sabemos, que nos dias que
correm, “fascista” ou “nazista” é um insulto cuspido, justamente, pelos
seguidores e herdeiros dos dois primeiros FDP, certo?
📖📖📖📖📖
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