Francisco, fico estarrecido (essa é a expressão correta, não exagerada)
com a interferência despudorada do ex-presidente do Brasil na vida política
nacional. Apesar das denúncias, dos escândalos, esse "cara" continua
sendo ouvido, seguido e lambido pela imprensa. Parece-me caso único no mundo…
qual é a sua opinião?
Francisco Vianna
Parece mas não é. Pelo menos
na América Latina, a "grande mídia" é, em graus variáveis, submissa e
leniente com o poder, em parte por precisar das significativas verbas de
publicidade disponibilizadas pelos governos e em parte por estar eivada de
elementos que tiram proveito do regime de toma lá dá cá. Veja o que ocorre na
Venezuela, na Argentina, no Equador, e outros antros dominados pelo
"sucialismo" endêmico. Chegam a ser muito piores do que Pindorama…
A marionete central do Foro de
São Paulo é o ex-presidente apedeuta eneadáctilo e os teóricos gramscistas
desse circo de horrores acreditam que o populismo demagógico e o
distributivismo de esmolas pelo Estado são o caminho para se manterem aferrados
ao poder indefinidamente.
Quem fala mal deste ex-pelego
retirante pernambucano - do qual procuro me abster de citá-lo com a frequência
com que muitos o fazem apenas para não promovê-lo - entra em conflito com a
chamada "esquerda tupiniquim", também conhecida como
"sinistra", e não encontra guarida nos meios de comunicação oficiais,
que não ousam contrariar a fonte de suas divisas, mas também a de seu
endividamento progressivo e constante.
Assim como a Venezuela teve a
sua "solução natural" e a solução da trágica experiência "del
socialismo del siglo XXI" começa a assomar no horizonte político desse
vizinho do norte, espera-se que a "via neoplásica" também se faça
presente por aqui, uma vez que as esperanças de o Ministério Público enquadrar
e denunciar a quadrilhagem petista é tênue e, mesmo que isso venha a ser feito,
a possibilidade de o "poder judiciário" vir a punir toda a gangue
parece uma miragem...
Assim esse
"sucialismo" (socialismo de súcia, de compadrio, de propinagem, de
quadrilheiros) tem a tendência conhecida de solapar o desenvolvimento político
e econômico (e portanto social) dos países que vitima, levando a situação a um
estado de degeneração que começa a se fazer sentir em todos eles.
Se tivermos sorte de que possa
surgir novos líderes da oposição que consigam entusiasmar a fraca inteligência
nacional na proposição de algo contrário a esbórnia corrupta que está a nos
imobilizar e até a nosfazer retroceder, é possível que possamos ter mudanças
importantes sem derramamento de sangue, como tem sido, até agora, a vocação
brasileira.
Caso contrário o agravamento
progressivo da degeneração socialista levará fatalmente ao caso oposto, como
aliás, ocorreu com as principais nações-potências do mundo.
Quem viver, verá!
Francisco Vianna, 27-03-2013
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