quarta-feira, 26 de junho de 2013

"Este Governo é como um piquete de bombeiros a acorrer a uma casa em chamas"

AOS QUE DIZEM «O GOVERNO, O GOVERNO»
Emigrar? Não é vontade, é necessidade. Terei, porventura, nos próximos meses de deixar Portugal para trás. E elegi este Governo. Este Governo é como um piquete de bombeiros a acorrer a uma casa em chamas. A casa em chamas é o Estado Português Falido. O fogo é a dívida externa descontrolada assumida e atirada para a frente. Pirómanos haviam sido Sócrates, os Governos Socialistas e a demagogia populista-socialista de distribuir e distribuir olhando escrupulosamente ao quem-eles-mesmos sem olhar ao como nem ao até quando. Estou desempregado e elegi este Governo. Passo fome, passo mal, não consumo, não há de facto dinheiro, sinto-me humilhado pela presença da Troyka, por isso emigrarei, se tiver de ser, e elegi este Governo. Não se pode olhar para o piquete de bombeiros e acusá-los de piromania sem que isso não soe a pura e maliciosa má-fé. Mesmo piquetes de bombeiros erram, no seu voluntarismo, mas são piquetes de bombeiros. Estão ali para salvar. É o que tentam fazer. Aos que dizem «o Governo, o Governo», passem a olhar por vocês abaixo e digam «Eu, eu, eu». Eu-eu porque toleraram mentirosos por décadas que hoje aparecem pela Esquerda, certamente atestado de beleza e bom comportamento. Toleraram que uma casta de lustrosos pantomineiros mentirosos falissem o Estado. Toleraram a Corrupção de Estado e os seus desabridos defensores por décadas sempre com as liberdades a atafulhar as mandíbulas ávidas, os soares, os júdice, toda a corte de frequentadores dos privilégios, prebendas, cargos por favor. E agora que há pelo menos uma tentativa de fazer as coisas impopulares mas necessárias para que Portugal seja viável dentro do Euro, criticam. Critiquem-se a vocês mesmos, pá, e atirem-se à vida mas é, pá.

Poiares Maduro, foto: AD

Poiares Maduro é um académico, um docente. Prestigiado. Qualquer professor, por formação, só fala do que sabe e aposta-se todo no que transmite, pois o que transmite não é só retórica nem exclusivamente racionalidade, empirismo e experimentalismo sistematizados, mas muito mais que isso. Por esta razão é que Portugal só ganhará com o Ministro Poiares Maduro: sintomático a caça que a intelectualite decadente socratista lhe dá. Sinal de que a teme. O País precisa de ânimo e de aderir com a Razão e as Vísceras ao que está a ser bem feito, refocando nas pessoas o que a Esquerda pavlovianamente imputa aos Governos. Portugal terá certamente alguma coisa a aprender com Poiares Maduro. Aliás, prestigia-se desde logo por ter este Ministro disponível para um diálogo aberto. A simplicidade cristalina do que tenha a transmitir-nos, em nome da verdade e da realidade, só poderá ajudar-nos. Se isto, esta nova fase, for ou parecer propaganda, lamentamos. Habituem-se.


A Greve Geral de amanhã (27) não será geral, como sempre. Será um tiro no pé coxo da economia, na economia heróica dos que lutam por si mesmos e dependem de si mesmos; um tiro obsoleto no pé rombo nas depauperadas empresas públicas de transporte. Enquanto tiro-no-pé nacional, sim, a Greve Parcial será um sucesso. Antecipo desde já os meus parabéns pelo coito oportunista ao ralenti-amorti entre o Fóssil Arménio Carlos e o Arqueológico Carlos Silva. Era só um a espingardar. Agora são dois.

Títulos e Textos: Joaquim Carlos, em “PALAVROSSAVRVS REX”, 26-06-2013

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