É comum sentirmos simpatia,
afinidade, indiferença, antipatia e até aversão por pessoas que acabamos de
conhecer, mas em uma segunda oportunidade isso pode se inverter e nos
simpatizarmos com quem causara má impressão e vice-versa.
Na relação matrimonial, a
pessoa com quem vivemos por anos e com ela caminhamos, sorrimos, choramos, partilhamos
segredos e que até dias atrás dizia nos amar, hoje pode já não nos querer e
procurar em outra, algo que entende não possuirmos.
Tudo isso provoca dúvidas,
angústias, lágrimas e nos faz procurar explicações que só serão encontradas
quando buscadas em cada detalhe dos comportamentos passados, arquivados nas
milhares de gavetas, das centenas de cômodas, dos diversos quartos de nossa
memória.
Apesar das pessoas normalmente
serem muito insistentes em seus questionamentos – principalmente quando queremos
ficar quietos e repetimos: “Não é nada…” -, naquele momento buscamos o maior
silêncio possível, para podermos mergulhar em pensamentos.
Essa análise introspectiva
provavelmente nos permitiria encontrar, nas passagens ali arquivadas, uma
justificativa lógica que nos fizesse entender porque o que pensávamos ser amor
– que só deveria dar prazeres e alegrias -, hoje só nos provoca dissabores e
tristezas.
Só após esse mergulho em
nossas profundezas estaremos prontos para discutir o assunto com outra pessoa,
que entendemos ser a melhor para nos ouvir, que já tenha passado por situação
semelhante, seja madura, experiente, confiável, e não por aquela que, mesmo com
boas intenções, não foi escolhida para nossas confidências.
Ela provavelmente nos mostrará
que o parceiro é quem está perdendo, que somos muito superiores a ele e
merecemos alguém melhor. Que bastaria olharmos para os lados e veríamos que são
raros os que possuem nossa saúde, educação, família, padrão social, econômico,
cultural e consequentemente, mais possibilidades de sermos felizes e gerarmos
felicidade.
Todos trazem, em suas
histórias, alegrias, tristezas, esperanças, frustrações, amigos, desafetos,
sonhos, decepções, lágrimas, sorrisos, encontros, desencontros, paixões –
retribuídas ou não -, o que não significa sermos piores que alguém, mas que
vivemos, pois só quem não viveu plenamente não sentiu todas essas
variáveis.
Os que realmente vivem – e não
só passam pela vida -, podem tropeçar e cair diversas vezes, mas se levantam e,
mesmo na solidão, estão sempre prontos para continuar sua caminhada, para um
recomeço em busca daquele horizonte de onde certamente enxergarão um novo
mundo, com mais campos, lagos, flores e cores.
Por isso continuam sua viagem
sem medo, confiando em sua capacidade de superar todas as dificuldades que lhes
forem apresentadas. Sabem que mesmo sem buscá-lo, em algum local o amor os
abordará e que o encontrado sempre será melhor que o procurado.
O poeta e escritor rondoniense
Nazareno Vieira de Souza, usando o pseudônimo de Augusto Branco disse: “Onde
não puderes amar, não te demores”. Portanto, não chame de amor quem te faz
lamentar ao invés de te fazer sorrir e não permita que entre os bilhões de
habitantes da terra, uma única pessoa possa lhe fazer infeliz.
Você certamente será mais feliz longe de quem não te ama.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal, 13-12-2013
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