domingo, 29 de dezembro de 2013

Viver pela metade

Last Kiss (Último beijo), © Adam Martinakis
Nelson Teixeira
Ao toque dos anjos, Deus, regendo a orquestra divina, transformava palavras em orações. E no silêncio do ambiente celeste, amigos nos inspiravam com frases de encantamento de que tudo tem seus encantos e algumas desilusões, o ato de separar-se era o viver pela metade e que o alcance da felicidade somente se completa com a união dos encantos de dividir um abraço, sorrir para o mundo, alegrar-se da vida dos amigos que conquistamos ao longo da caminhada de luz.  

Quantos vivem a vida pela metade? Os que se deixam comprometer com seus caprichos ou arraigados aos perniciosos sentimentos do egoísmo, as necessidades do próximo são secundariamente desprezadas, decorrendo daí o egoísmo latente da alma que, desatenta não valoriza a outra metade. Calcada nos valores materiais, vive o ser numa região onde o desânimo toma conta do cérebro e das zonas de felicidade.

Deus, em sua infinita sabedoria, propôs aos compromissados com o matrimônio inúmeras oportunidades para fazer da vida conjugal um santuário sublimado na tolerância, nos votos de fé, fortalecendo-os para lutas inúmeras, pois assim é a Vida.

Entretanto, descuidados das leis do amor, tal, qual alguém que perde alguma coisa, não conseguindo encontrá-la, causando espasmos mentais, mortificando a essência do viver em pleno convívio com a família, com os companheiros de trabalho, achando o mundo sem graça.

Talvez tenha chegado o momento de contemplar a natureza, extraindo dela o que de mais belo se nos oferece, alguns exemplos são oportunos: nuvens que passam, levando infinitas angústias, desesperanças, ou talvez relembrar os caminhos dolorosos do Cristo, espelhando-se na mansidão e na confiança própria do maior exemplo de pedagogia do universo. Sem o alimento da alma, a religião que te agrada consiga retirar de tua mente os miasmas indesejáveis que teimosamente torturam o coração que perdeu a oportunidade de compartilhar o magnetismo de um abraço ou o calor de algumas palavras de amor que proporcionam esperança e fé.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 29-12-2013

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