sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Portugal ressurge das medidas de austeridade fiscal adotadas

Cesar Maia

Foto: Reuters
(A) PIB. O PIB português avançou 1,4% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2014, Este crescimento deve-se a um abrandamento das importações (influenciado pela descida do preço do petróleo) e a uma aceleração das exportações. O crescimento do PIB português no primeiro trimestre é maior do que na média na Zona Euro. Portugal teve melhor resultado do que Alemanha, Itália, França ou Grécia, embora tenha ficado ainda longe de economias que arrancaram definitivamente, como Espanha, Holanda ou Eslováquia (todas cresceram acima de 2,5%). Também os 28 países da UE viram o seu PIB reforçado em 1,4%.
   
(B) Desemprego. Portugal está com 12,4% da força de trabalho desempregada, contra 14,3% há um ano. É o valor mais baixo desde julho de 2011. Em maio de 2015, a população desempregada situou-se em 635 mil pessoas, tendo diminuído 3,3% face ao mês anterior (21,6 mil), à semelhança do que se tem vindo a observar desde fevereiro de 2015. Mas continua ocorrendo uma evasão do país dos mais qualificados, que buscam emprego mais remunerado sobretudo na França e na Alemanha.
   
(C) Inflação. Em agosto de 2015, a variação do IPC situou-se em 0,7%, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à registrada no mês anterior. Permanece debaixo do firme controle governamental, favorecendo o poder de compra dos portugueses.
   
(D) Turismo, grande gerador de mão de obra, deverá registrar "novos máximos" em 2015. O de Portugal está crescendo o dobro do ritmo de Espanha, muito perto dos dois dígitos, de 8,5 a 9%, o que corresponde um crescimento acumulado de cerca de 30% nos últimos dois anos. Para tanto, muito tem concorrido a redução do turismo europeu para a África do Norte, por causa dos recentes ataques terroristas, particularmente no Marrocos.

(E) Balança comercial. Entre dezembro e fevereiro, as exportações cresceram 2,1% enquanto as importações diminuíram 3,5%, elevando a taxa de cobertura para 84,5% e diminuindo o déficit em 735,5 bilhões de euros.
Título e Texto: Cesar Maia, 18-9-2015

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